quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eat, pray, love: eu já vi

Pronto. É só isto. Eu já vi o filme da moda, aquele que toda a gente quer ir ver, aquele que todos dizem que desaponta em relação ao livro... Pois eu não li o livro e estava, portanto, despojada de expectativas. Fui vê-lo porque eu podia e porque toda a gente quer ir ver, e dar notícias em primeira mão faz de mim uma blogger do mundo (mentirinha, claro que não foi por isto que fui pagar um bilhete de cinema)!

O filme é loooongo (daquele longo que nos apercebemos que realmente é longo), mas é giro q.b.! Não é o filme da minha vida, nem sequer o filme do ano. Isto porque apesar de ter uma história até bonita, no fim de tudo acho que é um bocadinho vazio.  Apesar de tanto conteúdo que parece ter, no fim só acabei com uma ligeira vontade de comer, rezar e aproveitar a vida... Isto até parece muito e bem, mas a questão é o "só", foi uma sensação curta! E eu adoro chorar baba e ranho nos filmes, reagir muito e, neste caso, digamos que reagi muito pouco!

Há quem diga que é a Julia Roberts que está vazia, eu não sei, não li o livro para conseguir comparar! O que vale é que é uma história recheada de belos cenários que fizeram as delícias do meu ego-turista... Imaginei-me constantemente nos diversos cenários, nas várias aventuras e isso fez com que o meu bilhete valesse a pena.

Julia Roberts

No fim fui rezar até à Zara a jurar que não ia cair em tentação, mas como a minha última compra foi em Julho, meditei e achei que estava mais do que na hora de me mimar e trouxe umas calças e um casaco lindinhos!

P.S. --» A Julia Roberts tem uma beleza mesmo... Hmmm... Como é que eu hei-de dizer? Flexível? Plástica? Digo isto porque tão depressa estou a dizer "Que horror, parece que tem uma veia prestes a estourar-lhe na testa", como estou a pensar "Que linda! Tem mesmo uma beleza única e exótica!"
P.S. 2 --» Levem alguma coisa para a sala para comer durante o filme. Terão muito mais prazer a ver o filme assim, garanto-vos.
P.S. 3 --» O Bardem a falar Português (do Brasil). Ahahaha.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hot 'n cold: quando uma pessoa se sente ultrapassada

Uma pessoa sente-se ultrapassada quando na elaboração de um plano de Educação para os Afectos sabe que curtir é uma expressão que já não se usa. Agora é Hot and Cold. E esta, hein? Só me falta perceber como é que esta expressão funciona...Será que agora a criançada diz: a Maria e o Manuel estiveram no Hot and Cold; nós não namoramos, estamos no Hot and Cold?!; queres Hot and Coldar?! É certamente uma expressão muito geográfica, porque nunca ouvi falar de ninguém que a usasse para além destes catraios de uma dada turma para quem esta expressão, pelos vistos, tem uso corrente. 

mandye.tumblr.com

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fotolog: como tudo começou

Antes do facebook, eu fui do tempo do Hi5. Antes do Hi5 (que alegria, lembrei-me eu no outro dia!) eu fui do tempo do Fotolog. O primeirinho de todos, a grande rede social do meu secundário! Passei umas quantas horas a deambular entre páginas e páginas do fotolog, a descobrir a vida dos outros, sem expor a minha. Até que a praga me atacou e criei uma página no fotolog. O meu pobre fotolog deve ter aguentado 1 mês, se tanto.

Hoje tentei dirigir-me ao meu velhote fotolog na tentativa de o fazer sumir do mapa, porque sei lá eu quantas fotos em poses super adolescentes e indignas para publicação eu não terei por lá! Porém, a minha página foi tão importante que nem do nome do utilizador, nem da password me consigo lembrar! Ainda assim lembrava-me do endereço da página do meu R. e lá fui eu, ver-nos a nós. E encontrei-nos, sobretudo a partir do momento em que começamos a namorar, post-sim, post-não. Encontrei também aqueles comentários com uma ortografia menos própria dignos de me causarem ataques de urticária e que tornavam ainda mais pirosos os comentários já por si pirosos: Xperuh q 'tejam xp axim xuntinhux. Procurei-me nas páginas de amigos do meu R. e não me encontrei. Conclusão: afinal não cedi à pressão social e, aparentemente, nunca tive fotolog.

Ou será que tive? Não sei. Sei que foi também no fotolog que assisti com cara de poucos amigos às tuas primeiras declarações electrónicas após a presencial. Tu bem dizias "Sei que vais ficar chateada..." e tinhas razão. Mas foi chatice que durou pouco, muito menos do que o tempo que já somamos juntos! Aliás durou tão pouco como a minha birrinha de hoje que desapareceu mal entraste com um ramo de 6 rosas vermelhas na mão e com um sorriso de orelha a orelha:



- Seis rosas vermelhas?
- Sim, preferi a mais do que a menos. A prever o futuro...

(Mary Jane assume-se muito apaixonada, mas só hoje)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para sempre, nem que seja até ao próximo mês

Cá para mim ainda é Primavera, ou então sou eu que não estou habituada a andar a passear pela rua ao domingo. A cada canto mais recôndito por onde circulava lá estavam eles: parzinhos muito jovens, muito chegadinhos.

Hoje de manhã então estive numa escola secundária, a minha  querida antiga escola secundária, e do alto da minha janela conseguia ver para um dos cantinhos recônditos eleitos pelos namorados. E lá estavam eles... Tentei controlar-me e coagir-me de que não era nada digno estar a analisar ritos de acasalamento, sem consentimento prévio, mas não saí do sítio e lá observei o menino e a menina: durante 20 segundos o menino tinha as mãos pousadas na cintura da menina e nos restantes 40 segundos as mãos deslizavam para o rabo da mesma. Acrescente-se que durante 20 segundos os meninos conversavam e durante 40 segundos faziam respiração boca a boca... E isto repetia-se... Ver tanto amor amoleceu-me, porque lembro-me de mim e do meu pequeno-grande R.. Lembro-me que namorámos secretamente durante 2 meses (sendo que publicamente o namoro estende-se até hoje) em cantos recônditos da mesma escola e jurávamos para nós próprios que aquele sítio era tranquilo e que ninguém ia ver!

Apesar de tudo, adoro ver estes casais jovens, porque imagino-os a  provar daquela paixão insaciável de uma relação que se confunde connosco mesmos e que parece que nos vai escapar se não aproveitamos tudo, tudo, tudo! Imagino-os também a chorar as primeiras lágrimas e, claro, a fazer planos para ficar juntos para sempre,  planos nos quais se incluem a casa que vão comprar, os filhos que vão ter e os nomes dos respectivos, mesmo que , muitas vezes, se combine um "para sempre" que é só até ao próximo mês...

Edit: Só queria esclarecer que eu também não sou nada fã das pessoas que se lambem descaradamente no metro (ou em locais semelhantes) mesmo em cima de nós, mas agora os que estão nos cantinhos escondidos são tão inocentes (ou eu quero pensar que sim!).

Conhecem este filme, "The Sunshine of the Spotless Mind"? É lindo, lindo, lindo! Se não conhecem vão já compensar-se de tão grave falha. 

domingo, 26 de setembro de 2010

Desta vez, falo da arte de revolucionar vidas

A letra desta música (aqui direcciono-vos para uma cover de que também gosto muito) é terrivelmente inspiradora para mim. Se por um lado é triste, por outro dá-me vontade de revolucionar vidas e por isso vai ser sem dúvida uma música para ouvir vezes sem conta durante o meu ano de estágio. Isto quando tiver pela frente pessoas com uma história de vida semelhante para contar (tão dura que me faça desejar que seja apenas a letra de uma canção) ou, simplesmente, para que eu que ainda me sinto pequenina, muito menina e pouco doutora me possa sentir capaz de despir vidas, acreditando sempre que quem não tem nada, também não tem nada a perder e que recomeçar do 0 pode ser uma experiência altamente estimulante se agarrarmos bem o volante e se não deixarmos que nos conduzam a nós sem saber para onde vamos.



You got a fast car
I want a ticket to anywhere
Maybe we can make a deal
Maybe together we can get somewhere
Any place is better
Starting from zero got nothing to lose
Maybe we'll make something

Me myself I got nothing to prove

You see my old man's got a problem
He live with the bottle that's the way it is
He says his body's too old for working
I say his body's too young to look like his
My mama went off and left him
She wanted more from life than what he could give
I said somebody's got to take care of him

(...)

You got a fast car
And I got a job that pays all our bills
You stay out drinking late at the bar
See more of your friends than you do your kids
I'd always hoped for better
Thought maybe together you and me would find it
I got no plans I ain't going nowhere
So take your fast car and keep on driving

sábado, 25 de setembro de 2010

O deleite e a arte de não-fazer-nada!


Lembro-me que quando era substancialmente mais nova reclamava muitas vezes durante as férias com a minha avó como se fosse o maior drama do mundo "Oh, não sei o que fazer... Não tenho nada para fazer! O que é que eu faço?".  E mesmo sabendo que a minha avó responderia invariavelmente o mesmo, "Olha, caça moscas!", para logo a seguir largar aquela tão quente e familiar gargalhada, não resistia em perguntar e ficar de braços estendidos sobre a mesa da cozinha enquanto murmurava "Que seca..." e engendrava o que havia de fazer.

Graças a esta época de treino intensivo a engendrar planos de férias, hoje adoro férias e nunca me canso. Arranjo sempre o que fazer! Tudo bem que as férias de faculdade agora só são cerca 1 mês e meio, mas é, na mesma, tempo  em excesso para muitos. Para mim é tempo de menos. Tempo de menos para coisas tão simples como estar estendida no sofá ou para, como os meninos queridos da imagem, estar estendida na relva ao fim-da-tarde sem fazer nada, só a fazer bolinhas de sabão. Eu acuso-me: adoro não-fazer-nada! O dolce fare niente  é meu amigo intímo. Assim, sendo este o último fim-de-semana (embora já esteja em modo estágio e tese há algum tempo) mais livre que tenho, com algum tempo para não-fazer-nada, estou a agarrá-lo sôfregamente.

Acredito que quanto mais cresço, mais gosto de férias porque à medida que fui crescendo a minha dedicação à escola também cresceu em intensidade. Passo muito tempo a fazer tudo-muito-bem e cada vez são menos as oportunidades que tenho para me dedicar à arte de não-fazer-nada! Se no secundário estava sempre ocupada porque dedicava muito tempo à escola, ao teatro, à dança, à associação de estudantes, etc, etc, etc, na faculdade sou completamente absorvida pela faculdade, ponto final. E há saídas ou festas uma vez por semana que o pessoal tem de ventilar, vá. Com isto chego ao fim de um ano de rastos e inteiramente apaixonada pelo não-fazer-nada, ou, pelo menos, pelo meu não-fazer-nada que é fazer tudo aquilo que me dá na gana durante o ano e que acabo por não fazer, porque é prioritário fazer o que deu a alguém na gana que eu faça!

Um bom dia de não-fazer-nada para todos!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reflexão de sexta-feira 24

Eu jurei que não ia fazer com que o meu blog fosse um prolongamento do meu ofício, mas de vez em quando é inevitável. Aturem-me hoje que amanhã eu trago outra cantiga!

Quando estamos doentes, não achamos que é uma fraqueza procurar um médico.
Hugh Laurie ou Dr. House
Quando queremos emagrecer, não achamos que é uma fraqueza procurar um nutricionista.
Quando queremos abdicar do nutricionista procuramos imagens assim
 (http://www.flickr.com/photos/mariakallin/4343984260/in/faves-50049138@N06/)
Quando queremos decorar a casa não achamos que é uma fraqueza procurar um decorador.
http://www.flickr.com/photos/decor8/5016809817/
Quando precisamos de apoio psicológico, será fraqueza procurar um psicólogo? 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Umas quantas histórias de crime para contar...

Hoje concretizei um sonho de infância. Estive, durante a tarde, em Vila D'Este, Vila Nova de Gaia, o local onde fantasiava morar em criança. Não só fantasiava eu, como fantasiava a minha irmã, os meus primos e provavelmente metade das crianças que por lá passaram quando aquilo era um bloco de apartamentos amorosos azuis bebé e cor-de-rosinha, tão idílicos! Hoje do azul bebé e do rosa pouco sobra. Restam sobretudo paredes muito gastas e umas quantas histórias de crime para contar.

Vila D'Este
O projecto Olhos no Futuro está a recuperar estes edifícios, mas hoje eles estão longe de ser o meu lar de sonho. Quando eu era pequena a minha avó alinhava na nossa fantasia e prometia comprar um bloco para cada neto, e nós acreditávamos, porque em criança acreditamos que as pessoas de quem gostamos podem sempre tudo! Mas ela nunca nos mostrou Vila D'Este para lá da vista que tínhamos de dentro do carro em plena auto-estrada e eu nunca percebi bem porquê. Até que cresci. E já não espero por um apartamento em Vila D'Este, porque hoje eu conheço a Vila D'Este com os olhos que a minha avó conhece. Sei de tiros e zaragatas constantes e pouco mais. Devia querer salvar Vila D'Este, até porque sei que em Vila D'Este de certeza que existe muito mais, mas ainda sou muito pequenina.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

5 factos sobre o dia de hoje

Foi-me pedido que apontasse 5 factos sobre mim. Estes são factos porque são verdades, verdadinhas, coisas que aconteceram/fiz hoje e que são uma descrição perfeita da Mary Jane. Não percam.

1- Acordei às 9 horas e pareceu-me mentira que fossem 9 horas. Mesmo tendo eu fechado a pestana na noite anterior às 00:20. Parece que ainda não recuperei das 07:40, o meu horário de despertar de segunda, quarta e quinta-feira, e amanhã já o repito! Assusta só de escrever. E eu sei que há quem acorde às 6 da manhã, mas eu o ano passado o mais cedo que tinha de acordar era às 08:30. Faz muita diferença. Principalmente depois de verificar no amigo google maps que de carro só levava 15 minutos a chegar ao meu destino e não a horinha inteira que levo com transportes! Consolo-me a mim própria dizendo que o google maps é um mentireiro e que geralmente é preciso mais e que seria hora de ponta e afins.

2- Fiz 4 entrevistas a estudantes do ensino secundário muito amorosos e adoro o facto de eles me conseguirem surpreender sempre.

3- Vi na RTP1 uma senhora de 90 anos cheia de vitalidade que usava o skype e tinha página no facebook. Fiquei fascinada.

4- Fiz os passes mensais para os transportes. Finalmente vou deixar de desembolsar 4,30€ diários, para investir a módica quantia de 27€ por mês. Sinceramente até me parece que são rosas! Vejam lá: continuando a desembolsar 4,30€ diários ao fim do mês totalizaria cerca de 90€, o que é imediatamente equivalente a ficar com a carteira depenada.

5- Dado o meu estado de (des)atenção constante e cabeça na lua, hoje aconteceu-me uma coisa que podia acontecer-me todos os dias, mas, felizmente, até aqui nunca tinha acontecido. Saí do elevador, parei em frente à porta a murmurar mentalmente o típico, 1 - Onde é que eu pus a chave?; 2- Esqueci-me da chave!; 3- Perdi a chave!, quando cheguei ao passo 4 que equivale a um "Ah, está aqui!" e apercebi-me que na porta dizia "1º Esquerdo". Virei costas, carreguei rapidamente para abrir a porta do elevador e dirigi-me bem-disposta para o meu 3º esquerdo a imaginar a paródia que tinha sido se eu não seguisse religiosamente os típicos 4 passos antes de abrir a porta de casa e começasse a tentar abrir a porta imediatamente.  A verdade é que funciono impecavelmente bem! Tudo está previsto no meu incrível sistema.

 
Desafio da Andreiazita.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O que eu dava por um carro!

Ai o que eu dava por ter agora um carro! Estes primeiros dias de estágio foram suficientes para eu estar a rogar 20000 pragas a mim própria. Nunca quis tirar a carta de condução ao longo do período lectivo, porque já tinha mais do que fazer na faculdade, quanto mais andar para aí em aulas de código e a tentar conduzir, arte para a qual, sinceramente, julgo não ter sido talhada! Também nunca quis tirar a carta nas férias porque já não podia ver livros à frente e tinha a mania (e ainda tenho!) que o código é mais um livro para estudar quando me quero é livrar deles.

Isto é só para vocês pensarem que eu sou loira e que o meu carro vai ser, obviamente, um BMW.

Ainda mais pragas me rogo porque apesar disto tudo sinto que se voltasse atrás não mudava nada. Pior, pior é pensar que o ano passado morava tão pertinho da faculdade que sair de casa com 15 minutos de antecedência era suficiente para chegar a horas. Hoje saí de casa às 8 e esperei 20 minutos por um autocarro que devia passar de 10 em 10 minutos. Cheguei ao estágio às 9, à hora devida, mas só pensava que podia ter ficado a dormir mais 15 minutos e que não teria sido necessário vir no caminho a rezar para mim própria que nem uma auto-claque (Acorda, acorda! Genica, genica! Está um dia fabuloso!). Com jeitinho, ao longo do ano, pode ser que eu estique para sair de casa às 8.15. Esta semana ainda vou experimentar a regra das 8, mas na próxima puxo para as 8.05... Assim só para ver, porque como sabem prezo muito o meu sono.

Antes de terminar uma notinha muito importante: só espero que, no Inverno, quando chover daquela chuva de me deixar tipo pintinho, que o meu R. fofinho ou que a mana querida levem um carrito para a minha cidade de estudante e agora também de estágio e me levem imaculada ao meu centro de acção. Mais não seja porque é ofensivo para as pessoas que irei atender chegar toda molhada, não é verdade?

P.S. --» Ainda não encontrei o meu Ídolo na edição actual. Estou a ficar extremamente entediada com este facto.

domingo, 19 de setembro de 2010

Fui ver o Rui maltinha!

Ontem foi dia de concerto. Fui ver o Rui - o Veloso, claro está - essa pequena lenda da música portuguesa. Durante o concerto concluí que, de facto, ainda há músicos a sério. Daqueles que vão para o palco brincar com a guitarra e até é porreiro que estejamos lá, mas o gozo é mesmo deles; daqueles que podem ir com um bigodaço à Zé Povinho sem que ninguém se sinta menos apaixonado por eles ou que leve a mal a falta de charme; daqueles que podem já não estar em forma, porque a música já tem corpo suficiente, não precisando o artista de emprestar o próprio corpo para abrilhantar a canção; daqueles que podem não se preocupar com o que vão vestir ou sequer por combinar  a roupa que trazem vestida, porque fazem música, não vendem um produto. O Rui Veloso é isto tudo, não o protótipo de um ídolo moderno talhado pela SIC.

Ver o Rui Veloso é ter momentos únicos, como ver várias gerações aos pulos e de braços no ar, e, de repente, perceber que não somos assim tão diferentes entre nós, e que os 15, 20, 30, 40, 50, 60 anos podem encontrar-se enquanto se ouve uma música. Afinal todos nós já tivemos a fase de Não há estrelas no céu pelo que todos nós somos capazes de a cantar com a mesma intensidade. Também, é bem verdade que dos anos 80 para cá já se nota uma evoluçãozita no que toca a estilo musical: as músicas dos 80 são rock and roll, as músicas mais recentes são quanto muito pop and roll ou doces baladas.

Concluindo, o Rui Veloso é um homem do Norte e quando cantou o Porto Sentido eu arrepiei-me até à "espinha"!

Rui Veloso

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

À escolha do freguês

Estimado leitor,

o Mundo Cá Dentro trabalha todos os dias para chegar até si nos mais variados formatos. Assim sendo, hoje tem à sua disposição dois posts. Escolha o que preferir ou o que mais se adequar ao seu estado de humor.

A gerência.

[Post positivo que é o que nós queremos e temos paciência para ler]
As mulheres e as malas (ou bolsas ou carteiras) são mesmo um caso sério.  Ainda no ano passado (já sabem que funciono por ano lectivo) eu achava que era a maior, com a minha pequena bolsinha de tiracolo onde cabia apenas o batom de cieiro, o telemóvel, o falecido porta-moedas (queriduxo da minha vida, nunca mais vou ter um como tu!), a chave de casa e, no Inverno, com tudo muito bem apertadinho ainda dava para pôr um pacote de lencinhos - kit de sobrevivência para estados gripais. E sempre que comprava malas tinha de ser das pequeninas!

Acontece que agora a minha grande mala amarela, com o quadrúplo do espaço, anda sempre cheia. E eu achava mesmo que não precisava de mais espaço! Mulheres aí fora,  está comprovado: quanto mais espaço temos, mais espaço usamos, nem que seja para coisinhas: papeizinhos, canetinhas, caderninhos, necessairezinhos, estojinhos e inhos e inhos e inhos.  Agora já digo que quero outra mala grande: elegante, mas gira q.b..

O que nós não gostamos é de ver bolsas vazias. Diz que nós somos um pouco supersticiosas e quem sabe se o facto de a grande bolsa estar vazia não faz com que a carteira que interessa (a do dinheiro) siga a tendência. Portanto agora a moral é a seguinte: carteiras e bolsas querem-se sempre cheias e, afinal, parece que grandes. Já posso reescrever este post e dizer que nasci para malas.

[Post negativo e que nós não temos paciência para ler]
Estou muito frustrada. Voltei a ficar sem as coisas como eu queria no estágio :) Esta primeira semana, ainda muito calma quanto a trabalho, dado que ainda não fiz nenhum atendimento por assim dizer, está a ser uma montanha russa em termos emocionais e eu estou farta deste sobe e desce. Quem é que disse que os estágios em Psicologia eram experiências altruístas? São experiências egoístas. Queremos sempre fazer o que é interessante para nós. E pronto, era só isto. Já produzi a minha breve descarga emocional do dia :) A seguir a esta descarga é um penso rápido e acabou o assunto:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Todos temos uma história para contar...

personally.tumblr.com   


Esta está a ser a minha grande aprendizagem da semana. Antes de ir estagiar eu tinha a certeza que sim, que toda a gente tinha uma história para contar e que todos somos espectaculares independentemente da cor, raça, estatuto socio-económico ou ideologia política e representei a minha paixão pelo ser humano por este blogoplaneta fora. 

Pois falo, falo e na minha primeira reunião de estágio quando eu soube que ia atender sobretudo beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) eu fiquei em pânico. Fiquei em pânico porque achei que ia atender sempre o mesmo "tipo" de pessoas (afinal as pessoas têm tipos?) e dar resposta sempre ao mesmo "tipo" de problemáticas! Assim. Tal e qual. Tudo como se a Psicologia fosse uma qualquer equação matemática. E eu pensava: ai que são pessoas tão pouco diferenciadas; ai que nunca vou conseguir fazer o tipo de consulta que sempre sonhei fazer, ai que o problema deles muitas vezes é não ter sequer comida em casa e o que é que eu posso fazer? Vou pôr comida lá a casa? Não posso fazer nada! Para quê mexer em necessidades psicológicas quando as necessidades básicas não estão satisfeitas? Ai que a minha experiência de estágio vai ser tão limitadora e incompleta!

Na verdade, a tempo penso eu, tenho-me apercebido que eu é que sou a limitada e um tanto ou quanto imatura. Cheguei a essa conclusão quando o meu amigo B., sempre certeiro, me pergunta: mas olha lá, tu queres fazer Psicologia Estética, é? E eu parti o meu verniz. Eu queria fazer Psicologia Estética. Eu Mary Jane afinal não sou adepta da humanidade, mas da humanidade que me interessa. Eu não sou adepta do mundo, mas do mundo cor-de-rosa que eu pinto.  Após esta brilhante reflexão, facilitada pelo B., caí em mim: que bicharoco estou a ser eu? Agora, só espero que os beneficiários do RSI a cada consulta me dêem valentes tapas psicológicos por não ter acreditado neles! E tenho a certeza que vão dar...

P.S. --» Ajudem-me! Tenho que fazer  boletins informativos para os utentes. É suposto sair um boletim por mês. Nesse boletim explicamos uma problemática, damos pistas para o diagnóstico e orientamos acerca de tratamento  e damos possíveis contactos úteis. Se fossem vocês o que gostavam de ver surgir no boletim do mês de Outubro?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Usem protector solar - não queiram ver

Não, não vejam este vídeo: é mais um, do youtube, entre tantos outros. Mas não vejam sobretudo porque é uma chatice ter que abrir mais uma janela para ver um vídeo extremamente aconselhado por esta entidade (in)competente, Mary Jane, cujo nome não se encontra em qualquer registo civil, mas isso são pormenores. Poupem-se e poupem o vosso tempo: liguem a televisão, façam o trabalho de casa, vão até à rua dar uma voltinha, façam exercício. Mas ver este vídeo? Não, deixem para uma noite de insónia...

Dizem que o fruto proibido é o mais apetecido. Esta conversa chegou para vos convencer a ir ver o dito cujo? Se não chegou, voltemos à estratégia tradicional. Encarem este vídeo como um presente meu, vejam porque mesmo não concordando com tudo, vale a pena. Consultem o P.S. 2 para saber a que se deve tamanha benesse da minha parte.


P.S. --» As coisas em relação ao meu estágio alteraram-se ligeiramente, a meu favor :)
P.S. 2 --» Especialmente para quem é alérgico a festejos alegóricos tenho a declarar que hoje o blog faz 2 meses. Parabéns a nós, família!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

9 razões para a banana ser o meu fruto de eleição

Hoje venho falar-vos da banana-banana. Qualquer confusão com outras espécies de banana é puro deslumbramento e ilusão do autor de tal concepção.

1 - A primeira razão pela qual a banana é um fruto que eu gosto e o fruto que eu mais como é o facto de ser fácil de descascar (ai que corro o risco de ser elevada à próxima Carolina Patrocínio de Portugal!) . A casca desliza que é uma maravilha.

2 - A banana é fácil de transportar, batendo outros frutos. Por exemplo, o melão é fácil de comer, mas já imaginaram o que era andar de melão na carteira e respectivo facalhão para a hora de o cortar? Tudo bem que podia cortar previamente, colocar num tupperware e levar, mas já viram como o trabalho redobra em relação ao que temos de ter com a bananinha?

3 - A banana é mais mole do que a maçã ou frutos associados igualmente transportáveis e fáceis de ingerir em qualquer lugar.

4 - Acho o amarelo uma cor especial desde pequenina (dizia que era a cor de sol).

5 - A banana cai bem a qualquer hora do dia. Não está cá com coisas de horas impróprias para ser comida.

6 - A banana combina lindamente com sobremesas ou batidos.

7 - A banana tem magnésio e é um óptimo anti-depressivo natural. E tem mais uns quantos efeitos benéficos que quando eu era uma pessoa mais culta, sabia.

8 - A banana não é um fruto esquisito ou de tendências: gosta de se apresentar ao povo seja Verão ou seja Inverno.

9 - A última razão é este senhor, que tem um aspecto saudavelzinho e, aparentemente, convive harmoniosamente com as bananas. 

photo-a-tete.tumblr.com

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Três assuntos espectaculares

O post de hoje divide-se em três assuntos: a) Ídolos; b) Presságio pré-estágio; c) O estágio. Como prometi, há um micro-post: o assunto c) (=P)

a) Ídolos (nem pensem em saltar, eu sei que toda a gente já falou disto, mas ainda não falei eu!)

Durante os próximos tempos é segurinho que à segunda-feira levem com Ídolos ou eu não me chame Mary Jane. Na edição anterior dos Ídolos era conhecida por outro nome, dada uma pequena colaboração que fiz com um blog da berra. Alguém me viu por aí? Quanto a ontem, gostava de ter visto um bocadinho menos de palhaçadas do João e da Claúdia, um bocadinho menos de amuletos e um bocadinho menos de papás dos meninos, para ouvir mais vozes. Quanto às rising stars, o Gerson é o que para mim tem mais pinta para a coisa. A Maria, a militar e a Carolina também estiveram bem, pronto.

b) Presságio pré-estágio

Há alguém por aí que perceba destes assuntos, hum? Preciso de ajuda urgentemente de alguém que perceba de tarot, runas ou afins para dizer se algo de mau me está destinado. Mal cheguei ao Porto, minha segunda base, cheia de malas, sacos e saquinhos (carregamento que quem me via julgava que vinha para um mês quando no fim-de-semana quero estar de volta à primeira base), as coisas começaram a dar-me sinais. Não é que dois iogurtezinhos resolveram estoirar e fazer do meu saco de "comes" uma pequena bodega? Fiquei toda iogurtada! Pior: a água estava desligada e eu já suava a tentar mover a alavanca que não se mexia, permanecia ali vermelha e inalterada como que a zombar de mim. Pânico: vou para a primeira reunião de estágio  a cheirar a iogurte. * Como se já não bastasse, vou dormir à meia-noite e meia, habituada ao rico ritmo de férias que corresponde a um deitar por volta das 2. Pois, Mary Jane rebolou da esquerda para direita e vice-versa durante minutos, horas, até que finalmente adormeceu a horas substancialmente impróprias. Eu que ainda há dias proclamava que devemos mesmo levar com o chato da vida em vez de emborcarmos comprimidos só pensava "Ai se tivesse aqui um comprimidinho para dormir, caía logo que era uma maravilha no bucho!".

c) O estágio

Muita expectativa. Reunião agradável, tirando o facto de eu ter cedido em relação à minha opção quanto a local de estágio quando tinha condições para ficar onde me apetecesse se invocasse a lista seriada. Mas como eu sou burra, muito burra ou melhor (que burra parece mal) santa, muito santa e achei que chamar médias ao barulho era extremamente foleiro lá encolhi eu os ombros, como ninguém se chegava à frente, e não fiquei com o que queria. Fiquei meia entalada o resto da reunião, mas pode ser que desentale entretanto :)

E pronto, vou tentar rir da minha vida assim como aqui a pequena Zooey Deschanel ;)
* Eu lavei-me e não fui a cheirar a iogurte, dada a genial intervenção do R..Obviamente não disse logo porque tirava todo o dramatismo e piada à situação.

domingo, 12 de setembro de 2010

No acelerar e no elipticar é que está o ganho!

Eu ainda funciono por anos lectivos. Portanto, para mim um ano novo começa verdadeiramente amanhã. Feliz ano novo para quem também vai começar e os mesmos votos para quem já começou ou irá começar em breve! O meu principal pensamento neste momento é o da imagem abaixo - substituir o medo do desconhecido por curiosidade. E a curiosidade bate aos pontos o medo do desconhecido, porreiro, pá ;)

atouchofsparkkle.tumblr.com

Ora, sendo um novo ano é da praxe construir uma pequena lista com objectivos e desejos. Tirando o facto de que espero que o estágio e a tese me corram espectacularmente bem, vou limitar-me a dois outros grandes objectivos  (mais vale fixar-me em dois do que em 20 que poderia escrever e, rapidamente, esquecer).

1)  Acelerar o meu ritmo

E este para quem me conhece é muito sério. Na bela camisola que usei durante a Queima das Fitas deste ano está lá bem desenhado pelas minhas amigas um magnífico caracol para me representar, para além de outros escritos mais ou menos honrosos. No infantário o meu símbolo era a tartaruga e duvido que qualquer associação entre estes pequenos bicharocos lentos e a minha pessoa tenha sido, em qualquer momento da minha vida, mero acaso. Faço sempre as coisas bem feitinhas, mas demoro uma eternidade a fazer todas as tarefas desde as mais cognitivas (trabalhos para a faculdade), às mais corriqueiras (é bem possível dar por mim a fazer festinhas à cama em vez de, eficientemente, a fazê-la). Acho que sendo mais rápida, em tudo, posso rentabilizar em muito o meu tempo e perder a mania de que não tenho tempo para nada.

Sou um caracol lindinho como este, 'tá?

2) Exercitar-me

Apesar de ter o peso certo e não querer emagrecer nem 1 grama, tenho que me pôr a mexer, porque a minha resistência física já não é o que era. Em termos simples: não estou em forma. O meu grande exercício nestes 4 anos de faculdade foi andar a pé de casa até aos transportes públicos, o que me permitia cumprir um mínimo de 30 minutos de caminhada diários (divididos em duas metades de 15 minutos), e isto, claramente, é a minha tentativa de dizer a mim própria que fiz exercício, quando na verdade não fiz. As minhas amigas não sabem para onde iam os croissants que ingeria diariamente e, sinceramente, nem eu :)

A minha mania (não é mania, até é verdade, mas esta mania pode mudar se me acelerar!) de que sou a Miss Ocupada nunca me permitiu ingressar numa actividade desportiva com horários regulares. No meu primeiro ano da faculdade ainda ia à dança, que pratiquei vários anos antes de entrar, mas o facto de só conseguir ir ao fim-de-semana (quando regressava à minha morada oficial) e perder as aulas da semana, não conseguindo manter o meu rendimento habitual, tirou-me do sério e era uma vez a dança... Ainda experimentei a musculação - actividade com horários mais flexíveis - mas só sobrevivi um mês, não porque achasse cansativo, porque de facto achava muito mais fácil e tranquilo do que estar uma hora na dança aos pinotes, a esticar pernas e braços até aos píncaros, sempre em grande ritmo. O mal da musculação é que para mim é uma grande seca! Acontece que este ano não tenho desculpas, o meu pai trouxe uma elíptica cá para casa que já se encontra devidamente instalada em frente à televisão para tornar a seca mais tolerável. Já prometi a mim mesma que vou elipticar muito!

E vocês, quais vão ser as vossas grandes metas?

P.S. --» Este será possivelmente o último dos meus macro-posts durante um bom tempo. Rejubilem porque com o início oficial do novo ano lectivo, por questões de gestão de tempo, vou provavelmente aderir aos micro-posts e dar-vos bem menos que fazer :)

sábado, 11 de setembro de 2010

Ontem fui até Moçambique...

...até Moçambique, no Porto, e descobri como sítios tão distantes se podem tornar  deliciosamente próximos. Fomos com o objectivo de jantar e despedir-nos de um colega de curso, o A., que é professor universitário em Moçambique. 

http://www.behance.net/Gallery/Life-is-Beautiful-Mozambique/323690 --» uma galeria que vale muito a pena espreitar!

Em relação ao jantar,  fiz um esforço enorme por gostar, mas não fiquei fã. Os sabores são muito intensos, demasiado doces para uma refeição de faca e garfo e os picantes abundam! Foi lindo ver o R. a ferver e a beber quanto podia para aliviar a sensação de garganta a arder logo após as primeiras gulosas dentadas na entrada! Por sorte, como grande parte dos molhos picantes vinham em separado foi possível escapar-lhes em doses maciças. O primeiro prato foi frango com amendoim. Eu de frango, só gosto de frango de churrasco e no frango de churrasco, só gosto de peitos. Esquesitinha, eu sei! A seguir veio camarão com caril, que sabia a castanhas doces e tinha um colorido lindo, mas ainda assim não me conquistou totalmente.

O que me conquistou e arrebatou sem igual foi o espírito de missão e altruísmo que eles têm, a um ponto que eu nunca hei-de ter.  Eu, neste momento, estou a investir num curso superior, fundamentalmente porque, além de gostar, quero ter dinheiro para que eu e os meus descendentes um dia possamos viver bem. Não sou hipócrita e digo a toda a gente que um dia quero ser rica, mas nunca disse a ninguém: um dia quero fazer deste um país rico para que todos possamos viver bem

Isto é precisamente o que eles querem. O M. está cá em Portugal juntamente com o A. para obter o grau de Mestre, mas fiquei a saber que o grau de Mestre não faz com que ele tenha um salário melhor, pois já ganha o equivalente. No entanto, ele acha importante formar-se melhor,  mesmo que isso implique uma longa temporada longe do país e da família, para, enquanto professor, poder formar melhor. Além disso, dizia-me que acha importante acabar com o sistema de cunhas e facilitismo para os "importantes", aparentemente ainda mais insinuante do que cá  (mas tripliquem o que há cá!), quando ele poderia ser dos principais beneficiários. 

Poderia continuar a discorrer sobre como fui transportada para Moçambique, mas contar é muito insuficiente, tem de se viver, por isso só queria sublinhar a união que se vive naquele espaço: estava ali como se estivesse em casa, porque ninguém permitiu que fosse de outra maneira. Até tive direito a cantar os parabéns à F., que acabara de conhecer, acompanhada de champanhe e duas generosas fatias de bolo!

[Foi bom também olhar para o R., que nem o A. conhecia, e vê-lo envolvido a conversar com toda a gente e apaixonar-me mais um bocadinho. Adoro apaixonar-me por aquilo que ele faz, no geral, e não apenas pelo que faz por mim.]

P.S. --» Histeria. Amanhã começa o Ídolos! Sou fã. Desde a 1ª edição. Como fã que se preze já esgotei o stock de vídeos do site da SIC.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

10 coisas que eu não devia escrever no blog

[post lamechas e não recomendado a cardíacos e a pessoas cuja análise deste post possa fazer perigar a minha reputação]

1) Quero que aprendas a cozinhar um prato novo (como há tanto tempo revelas vontade) e que nos prepares um jantar, com direito a luz da vela e tudo o que possas imaginar. Isto é como quem diz: quero renovar certas tendências, escapar à rotina enquanto posso e esquecer a vida de sofá.



2) Quero um pequeno almoço de princesa, como ando a reclamar desde que nos conhecemos enquanto "nós".




3) Quero o nosso ninho, sem teias de aranha, sem pó, sem a pouca graça que tem tido.

4) Quero ver episódios de How I met your mother, enrolada em ti.

5) Quero dizer-te que senti a tua falta.

6) Quero ir almoçar àquele sítio que há tanto tempo te ando a pedir.

7) Quero que o nosso ano de finalistas seja o melhor das nossas vidas, até porque não sei o que vem a seguir.

8) Quero, eu própria, reclamar menos e fazer mais.

9) Quero conquistar e ser conquistada e acreditar que 5 anos e meio depois ainda temos os mesmos planos e sonhos estúpidos e que os podemos partilhar, tão lunáticos quanto antes. Isto é como quem diz, quero voltar a ter trabalho e voltar a dar-te que fazer. Quero voltar a escrever sobre ti, sobre nós, sem usar a cabeça.

10) Quero as pequenas coisas que fazem de nós uma grande coisa, mas fundamentalmente quero ter a nossa certeza, sem que tenhas que fazer nada do que está nesta lista. Quero poder voltar a dizer que somos nós, sem tempo, sem mundo, sem fim. Quero continuar no nosso pequeno aquário porque o oceano ainda é grande demais para mim... E acredito em ti, porque desde sempre foste um bom pescador.
Love is passion, obsession, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived.  ~ Meet Joe Black

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pequena obsessão meteorológica

Hoje é dia de vos contar um pequeno segredo: já sabem que amo sol e que não gosto de chuva, mas, na verdade, eu sou uma verdadeira caçadora de sol e foge-da-chuva. 

Concretizando, caçadora de sol, porque não há dia em que não vá ao famoso site do Instituto Nacional de Meteorologia ver se há sol ou se está para vir sol. Se está sol, óptimo, quero saber quanto sol está! Está muito sol, se está acima de 26 graus. Está um sol satisfatório se está entre os 20 e os 26 graus. Claro que no Inverno qualquer raiozinho me enche as medidas! Por outro lado quando não está sol, mas anuncia-se sol, fico logo mais animada! Com jeitinho se tiver acedido ao site de manhã ainda volto lá à noite, só para confirmar que a previsão de sol continua lá e que ainda não fugiu. Normalmente, nesta época do ano, consultar a meteorologia deixa-me com sentimentos positivos tirando o facto de, por exemplo, hoje ter pensado "Caramba, devia era estar no Algarve!". Nada de grava, dado que logo a seguir compensei com um "Estou apaixonada com a temperatura apontada para a minha localidade para Domingo, 12". Resta mencionar que normalmente anuncio ao meu R. com 7 dias de antecedência os piores cenários meteorológicos, para que depois me sinta compensada se vier um cenário melhor.

Quanto ao foge da chuva, já sabem que não faço ideia do que é isso do prazer de ficar na cama a ouvir a chuva. Quer dizer, se vocês acham isso, vão caçar passarinhos que deve ser melhor e ainda não descobriram os verdadeiros prazeres desta vida! Mas pior, pior é dizer "Eu gosto do cheiro da chuva". Eu gosto do sol mas não gosto do cheiro do sol! Porque o sol não cheira, nem a chuva! Quanto muito podem dizer "Cheira-me a chuva!", quando acham que vão chover. Quanto muito podem dizer que gostam do cheiro da terra molhada, mas isso não é cheiro da chuva, é cheiro da terra molhada.!E, se querem terra molhada, peguem num regador e reguem aí um canto qualquer. Garanto que a terra cheira tão bem no Verão quanto no Inverno! Mas, sobretudo, caracterizo-me como uma foge-da-chuva porque no Inverno o site que anteriormente referi não me chega: tenho de ir aos sites internacionais ver a previsão de duas em duas horas e tento sair de casa quando tenho a certeza que o céu está desimpedido! Gostar de chuva é para quem anda de carro...

500daysofamanda.tumblr.com
P.S. --» Como eu sou uma paz de alma, se gostarem de chuva, eu gosto de vocês na mesma. Com jeitinho até vos convoco para me virem trocar de roupa quando eu para ir de um lado ao outro da rua chegar a casa ensopada! Ensopada é quase sopa... Hmm, adoro sopa, já vos tinha dito?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Manteiga com pão - a solução

Sabem que mais? Eu prometo que não faço mais posts a opinar sobre coisas que mais tarde me possa vir a arrepender, mas, em Portugal, receitam-se anti-depressivos a mais. E não sou só eu que penso isto! Ainda há dias conversava com uma farmacêutica sobre o assunto... Uma pessoa está uns dias mais triste e pensa "Ai que eu estou com uma «dêprê» de caixão à cova". Ou noutros casos, vai ao médico e desabafa "Ando um bocadinho triste" e pumba, não há problema nenhum, pega lá um anti-depressivozinho. Não que eu seja contra anti-depressivos, porque acho que há casos em que são mesmo necessários, mas vamos saber e aceitar que às vezes possamos estar mais tristes ou mais nervosos, está bem? Fundamentalmente porque é importante para o nosso crescimento (em qualquer idade) aprender a desintristecer, ou então em vez de estar a crescer e a evoluir enquanto pessoas saudáveis, estamos a "emburrar-nos" que é como quem diz, a ficar cada vez mais burros e toscos, porque não resolvemos, camuflamos. Muitas vezes só com anti-depressivos pomos palas nos olhos e apagamos temporariamente a realidade.

Não se leia com isto que estou a desvalorizar a depressão, ou não fosse eu quase-psicóloga e não soubesse que ela anda aí e bem real, mas vamos desdramatizar o que é só tristeza, que dói sim, mas é feita para engolir e digerir o melhor possível. E não vale a pena coisas complicadas, não é preciso conversas profundas sobre a vida. Quando estão com a neura procurem as coisas simples na vossa vida. Podem fazer tanta diferença! Eu, por exemplo, hoje estava com a neura! Com a neura porque tinha que tratar algumas fotos da conferência da semana passada e enviar, tinha que contactar estudantes para marcar entrevistas para amanhã e não estava a conseguir os números e o tempo estava a esgotar-se e ainda não tinha conseguido falar com ninguém! E, se quisesse, ainda arranjava mais uns quantos motivos que justificassem a minha neura. Mas a minha neura desapareceu e ficou pequenina-pequenina, enquanto que eu fiquei ali enorme à beira dela quando me deliciei com um lanche de manteiga com pão! Manteiga com pão... Foi a minha solução. Quais são as vossas?
 
Ora o docinho eu passo, não é preciso está bem? 


Edit: Uma das entrevistadas para a minha tese (importante!) respondeu à SMS que lhe enviei com o ajustamento de detalhes para amanhã com um "Sim, princesa.". Amanhã vai estar a perguntar-me se não quero ir ao cinema, à praia ou tomar café com ela. É nestes momentos que eu percebo que tenho que passar de adulteza a adulta urgentemente. Pode ser que um dia ouça um "Sim, Dra."! Claro que fora da profissão posso ser princesa para sempre :D

terça-feira, 7 de setembro de 2010

As profissões giras, os gregos e a leiteira

Às vezes eu acho que fui uma criança altamente criativa. Noutras ocasiões eu acho que era uma criança pouco criativa e demasiado consciente da realidade. Eu nunca quis ter profissões giras, pelo menos profissões tão giras como as crianças que me rodeiam.

O meu primo P., por volta dos seus 5 anos disse à minha tia G. que quando fosse grande queria ser pintor. A mãe, surpreendida, louvou tal opção do filho por um carreira artística, até que quando perguntou o que é que ele ia gostar mais de pintar, ele respondeu imediatamente "Paredes!". O P. não queria pintar quadros, mas sim paredes.

O J., por volta da mesma idade, disse à mãe que queria ser leitor. Tal como a minha tia Graça, a mãe dele à partida também imaginou assim uma profissão voltada para a cultura de alto gabarito - talvez o filho gostasse de declamar poesia ou estivesse muito entusiasmado para ir para a escola. Até que o filho disse que não era bem isso, que gostava era de ser "daqueles senhores que fazem assim (gesto de espremer) para tirar o leite às vacas".

A M., que tem 3 anos, não pode ouvir falar de escola, tanto que quando lhe perguntamos se a escolinha dela está quase a começar ela rejeita imediatamente a ideia e diz "Não, é só daqui a 1 minuto". Quando for grande, ela já sabe, quer ser cowboy. Talvez mais cowgirl...

Eu, como bem sabem, só quis ser coisas normaizinhas. Aos 5 anos quando me perguntaram se queria ir para  a escolinha, eu que tal como a M. não gostava muito da ideia disse prontamente que não e quando me perguntaram porquê, eu afirmei: "Vou ter que estudar muito e não vou ter tempo para brincar". As pessoas bem me disseram que não e que estudar era só dali a muito tempo. Mas eu sabia perfeitamente o que estava a dizer e no que é que me ia meter, sabia que na vida há muito mais tempo para trabalhar do que para brincar e a partir desse momento de cada vez que tive que estudar muito, lembrei-me da minha sabedoria aos 5 anos e de todas as pessoas que amorosamente me tentaram ludibriar.

Já agora, um apartezinho, a história do leitor lembra-me Leiteira (os iogurtes). Sempre que vejo este nome ocorre-me a imagem de uma vaca. Quanto ao sabor, prefiro de longe os Gregos. Assim sendo, podemos dizer que tecnicamente do meu ponto vista os Gregos (os de morango, que para natural basto eu!) dão 2 a 0 à Leiteira, pelo sabor e pelo nome. Pelo menos quando penso em Gregos não me ocorre uma vaca, mas sim um Adónis qualquer.

Gregos Danone










P.S. --» Soindes uns queridos! Fizestes a minha vontade e já posso orgulhosamente divulgar que tenho 100 seguidores :)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A adulteza: da tesoura de bebé ao corta-unhas...

Hoje a mamã faz anos e a tese já me dá que fazer, portanto não vou estar aqui com grandes epopeias. Quero apenas dizer que eu, tal como a mamã,  também estou a crescer. Isto porque passar da tesoura de bebé ao corta-unhas é um passo insignificante para qualquer comum mortal, mas um passo gigante para a Mary Jane. Hoje, pela primeira vez na vida, peguei naquela pecinha metálica feia chamada corta-unhas e cortei as unhas das mãos e dos pés todinhas. Foi uma limpeza. Já tinha cortado uma vez por outra as unhas das mãos com corta-unhas, em desespero de causa quando a minha tesourinha não estava à mão, mas mãos e pés de forma determinada quando a tesourinha estava à mão é fenomenal!


Tesoura de bebé - a minha é assim uma belezinha parecida com esta

Nada se compara a cortar as unhas com a tesoura de bebé, existente há anos e anos, cor-de-rosinha que só ela,  silenciosa que só ela, que nunca enferrujou, que nunca me magoou. Agora o corta-unhas é feio, é barulhento (TÁC, TÁC, TÁC!), mas é adulto e eu já tenho idade para ser adulta, embora ainda não faça bem ideia do que isso é. Felizmente os investigadores inventaram o termo adultez para definir a idade entre os 20 e tais e os 30, quando já não somos adolescentes de 15, 16 anos, mas também ainda não nos sentimos adultos. Inventaram esta definição, mas esqueceram-se de inventar a palavra com que as pessoas se devem definir. Serei eu uma adulteza?

Edit: A minha primeira comentadora, a Fi, estragou tudo ;). Afinal parece que limar as unhas é que é de adulto. Acho que me posso ficar pela adulteza...

P.S. --» Estou quase a chegar aos 100 seguidores. Multipliquem-se meus amores para ver a menina feliz que hoje está a chover e eu não gosto de chuva. E chove daquela chuva que molha muito e que se ouve cá dentro e que eu não consigo ignorar mesmo que queira! Vou ali sorrir para a chuva a ver se aparece o sol ;) Só para informar...

domingo, 5 de setembro de 2010

Kaiser - o mimalha


Olá! Eu sou o Kaiser. Normalmente não uso estas gaiteirices ao pescoço, mas desta vez lá acharam que ficava mais fotogénico assim e eu aguentei-me uns instantes. Sou fiel, dedicado e bem mais calmo do que o hiperactivo do Duke.

O Duke chateia-me tanto e mordisca-me tanto que comecei a rosnar-lhe ameaçadoramente. Isto era só a minha forma de ralhar, mas os donos nunca percebiam porque quem ouvia era eu. Claro que o meu plano não era comer o Duke - esse pequeno fedelho que veio roubar o meu protagonismo - mas pô-lo no lugar dele. Entretanto aprendi uma nova estratégia para repreender o Duke sem que reparassem. Basicamente é um rosnar não sonoro: levanto silenciosamente os beiços de forma a exibir bem os meus dentinhos fuzilantes e transmitir uma mensagem explicita ao Duke. Quando descobriram esta minha técnica riram-se, por isso suponho que posso prosseguir. 

Estão sempre a tentar fazer com que eu e o Duke sejamos uma espécie de irmãos como a foto seguinte comprova, mas eu não acho tanta piada à situação, porque nunca se sabe o que podemos esperar desse cão - tão depressa se encosta muito sossegado como logo a seguir está a trincar-me as orelhas! Logo a mim que sofro de otites crónicas, o safado (para não dizer outra coisa!).

Nós, horrivelmente trajados para a fotografia e indesejavelmente unidos pelas mãos da C.
Será ainda importante referir que adoro comer a comida que não é suposto que eu coma. Sou obrigado a comer a raçãozinha, mas adoro mesmo é a comida que os vejo comer. Por isso adoro o fim-de-semana, dia em que posso entrar na hora das refeições e fico num canto desocupado da mesa de olhos fixos à espera que me atirem cascas de maçã. Além disso, é também ao fim-de-semana que me dão restos de arroz, que adoro.

Acima de tudo sou muito protector. Se está alguém lá fora que não conheço rosno muito, mas sou o melhor amigo a partir do momento em que me dizem "É amigo". Sou um apaixonado por companhia e por mimos de tal forma que se está gente à minha volta e não me dão atenção mio muito, pouso a pata no colo das pessoas e faço olhinhos de à lá gato das botas do Shrek!!!