domingo, 31 de julho de 2011

Silly Week: afinal parece que vou hoje...

Estava eu no meu sono de beleza, quando sou despertada pelo sucurrar do meu pai:

- M., acorda, afinal o teu tio quer ir hoje.
- Está bem. Mas para que é que me vieste acordar agora?
- Ele precisa de falar contigo.
- Está bem, mas deixa-me dormir mais um bocadinho.

Pois, queria eu. Depois de ter aberto a pestana ('tana, 'tana) com esta novidade je não dormiu pas mais nada. Estou um bocadinho parva e com tiques estranhos, mas é que ainda não acredito que vou ter, finalmente, a minha silly week, sem tese, nem relatório de estágio. A propósito disto há quem me diga que vai ser muuuuiiiito pior começar depois de uma semana de boa vida, que mais valia fazer metade, metade, não parar de trabalhar para não perder o ritmo ou para não carpir muito quando tiver de o recomeçar! Eu cá acho que se não parasse nunca mais apanhava o ritmo!



Pretendo ainda assim vir dar um ar da minha graça todos os dias, com uma piquena diferença, julgo eu. Nos próximos tempos o blog far-se-à principalmente de fotos: há que descansar os neurónios.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Feira Medieval em terras de Santa Maria

Eu fui. Eu vou. Eu gosto.
Gosto da dinâmica, da música que se faz soar, das coisas diferentes que estão à venda,  dos cheiros, do colorido, dos espectáculos, mais ensaiados ou mais improvisados,  da comida, dos copos (mesmo que se tenha de pagar caução para evitar que se fuja com eles) , mas recordo particularmente os instintos malévolos com que fico quando, fortuitamente, encontro lá alguém da minha cidade de estudante que diz "Oi, estão aqui? Esta é a MINHA terra." e essa pessoa é de cascos de rolha, mora quase em Espinho, só que naquela altura é bonito dizer que é dali. Está bem, é a terra dela. Dela que nunca soube que se chamava Vila da Feira sequer, dela que nunca viveu, dela que nunca sentiu o que era a verdadeira paixão pela terra sem que fossem precisas feiras medievais para a sentir. A Vila da Feira nem sequer é a minha terra, mas por herança, tenho a certeza que é muito mais minha do que dela.
A Vila da Feira era e é do meu avô paterno. É da memória do meu avô,  é do sorriso aberto e sincero de quando ele dizia "Eu sou feliz, nada me falta!" e é de todas as vezes que ele cantava:
- Vila da Feira, ó terra querida
tu és a vida do trovador
teus verdes campos
e teu castelo
altivo e belo
falam de amor.


E como escrevemos há uns tempos, quando deixou de estar cá fisicamente, o castelo da Feira também é do meu avô. 
É dele todas as vezes que nos levou lá e contou as histórias sobre príncipes, princesas e mouros.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobre o meu namorado...

Poucas vezes falo aqui dele. Mas é a única pessoa da vida-não-blogosférica que sabe do blog.
Às vezes acho que ele já nem vem ver o blog, que se terá esquecido, não por mal, mas porque há tanta coisa para fazer todos os dias que eu própria não lhe falo do blog e acharia natural que se esquecesse. Mas depois surpreendo-me por ver que lê sempre e que faz parte da rotina diária espreitar as novidades e que até pergunta "Já fizeste um post novo?" quando vê que está a demorar. Hoje ele comentou o post de ontem, um comentário simples, mas que me fez sorrir de uma ponta à outra:

"Nem parece que tens um futuro jurista como namorado. Não tinhas o apartamento alugado, mas sim arrendado =P."

 
Sim, é isto, não vos contei nada de profundamente entusiasmante. Nem sequer foi uma declaração de amor típica, nem o anúncio da chegada de uma carrinha cheia de rosas amanhã, mas, para mim, o inesperado deste comentário, chegou para me fazer sorrir. E às vezes as pequenas coisas chegam para me deixar de alma cheia. Exijo muito, mas, na verdade, é a simplicidade que me conquista.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tenho o meu apartamento de estudante espalhado pela minha casa de não-estudante...

...pela minha casa de sempre (de sempre não que mudei de casa uma vez na minha história!), a dos meus pais.

Quer dizer, não tenho propriamente o meu apartamento (que nem sequer era meu, era alugado!), mas é quase. 

Este fim-de-semana fiquei sem o meu apartamento de estudante. Graças a isso tirei fotografias àquilo que nunca costumo tirar: à casa. À casa sem pessoas e as pessoas é que estão sempre nas minhas fotografias, não os espaços, nem as paisagens.

Como tenho estado a trabalhar, ainda nem consegui sentir o verdadeiro impacto, até porque parece que a qualquer momento poderei voltar! A verdade é que ao mesmo tempo há esta sensação estranha de ter o meu apartamento de estudante espalhado pela minha casa de não-estudante. Tenho montes de malas cheias de "tralha" (coisas bonitas e boas mas como neste momento me atrapalham, apelido-as de "tralha") para arrumar. Aos bocadinhos... 


Ver o meu apartamento de não-estudante aqui  lembra-me que, em breve, provavelmente, muita coisa vai mudar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Está a chegar a hora de dormir...

....e eu só penso: e se estão lá mais centopeias?

Picadas de centopeias e de miriápodes


Algumas das centopeias de maior tamanho podem picar e provocar grande dor, além de inchaço e de vermelhidão à volta da picada. Os gânglios linfáticos que rodeiam a zona picada inflamam-se, mas, em geral, não são provocados danos nem infecções no tecido. Os sintomas raramente duram mais de 48 horas.

Estou a suar... e tal não se deve à temperatura atmosférica.

Acabei de desempenhar um acto heróico: matei uma centopeia. Uma centopeia gigante que arrastava as milhentas patas por entre as almofadas decorativas da minha cama. Eu não tenho medo de aranhas, salvo alguma assim mais estranha que apareça, pego nelas com as mãos se for preciso. Eu pego em cobras. Eu pego nas mais diversas aves de rapina. Mas hoje, quando vi tal ser na minha cama, achei que o melhor a fazer era... pegar no telefone e ligar ao meu pai:

- Papá, está uma centopeia em cima da minha cama!
- O que é que queres que te faça? Que vá aí a casa matar? Mata que isso é perigoso.
- Não consigo.
- Estás a brincar comigo. Vai buscar um bocado de papel higiénico e pega nisso.
- Não consigo.
- Então vai buscar o mata moscas.
- E ficam as minhas almofadas todas sujas?
- Depois mandas para lavar.

Desliguei o telefone. E fui matar a centopeia: foi o meu pai que mandou.

Esta sou eu depois de ter passado uma manhã inteira com pratas na cabeça, estilo Lady Gaga. Diferenças? Para já aparentemente muito poucas, mas diz que abre com o sol! Não ia pôr uma centopeia!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sonhei que tinha ido à Rússia

Com o R., mas que não tínhamos planeado a viagem e não sabíamos o que fazer. A meio  (de uma daquelas nossas viagens de 4 dias) vim a Portugal buscar o meu cartão de cidadão que era preciso para qualquer coisa. Estive em Portugal, sem saber como cá cheguei, e pedi à minha irmã para trocar as minhas botas pelas sapatilhas dela porque as botas estavam a matar-me e não tinha levado mais nada na mala. Depois, no mesmo dia, voltei para a Rússia, sem saber bem como, e percebi que ia ter de andar por lá sozinha a passear porque afinal  não estava numa viagem romântica. O R. estava lá para uma formação com um colega e só nos encontrávamos ao fim do dia.


Ah, já agora, achei que a Rússia era feia, muito escura e tinha gente com cara de má, mas... tinha uma farmácia portuguesa! E gente que sabia falar português por todo o lado.

Moral da história: Se alguém temer a racionalidade dos seus sonhos, rejubile com a irracionalidade dos meus. Andei cá e lá da Rússia como quem anda de bicicleta, fui buscar o cartão de cidadão depois de já ter feito duas viagens de avião, etc, etc, etc

domingo, 24 de julho de 2011

Ana Malhoa: uma (des)ilusão de infância

Já que ultimamente tenho viajado cabe revelar-vos o meu ídolo de infância: Ana Malhoa.  Gostava tanto das músicas, do cenário do programa, até da vozinha e tiques enervantes  que sonhava profundamente com o dia em que a própria seria a grande entertainer na minha própria festa de aniversário. Não esqueço também o ar de desdém com que a mãe dizia que não gostava dela porque ela apresentava programas para crianças despida. Eu não achava nada que ela estivesse despida. Até queria ter roupa igual à dela e pompoms iguais aos das assistentes. 



Hoje, bem vistas as coisas, a Floribella (não a Lucy) era a criaturinha (enquanto figura vá) mais própria para crianças que já passou na televisão portuguesa.


sábado, 23 de julho de 2011

Quem já jogou Sims?

Eu jogava, nos tempos em que as minhas férias de Verão eram um dolce fare niente

Ontem vi uma menina a jogar Sims 3 e contei-lhe como tinha sido fanática do 1 e do 2. Brincar com aqueles bonequinhos com cristais verdes, tipo alien, em cima da cabeça encantava-me: era exactamente o jogo que na escola primária dizia às minhas amigas que queria que existisse (sempre uma visionária esta Mary Jane!). Além de brincar com os bonequinhos estava a tornar-me uma verdadeira designer de interiores. Ia buscar milhentos acessórios à net e o meu principal entretenimento era fazer as casas mais cool do bairro, mas interrompi a minha carreira precocemente, não tendo chegado a explorar as minhas proezas no The Sims 3. É que, tal como respondi à menina que estava a jogar quando ela me perguntou pela razão, entretanto a minha vida tornou-se demasiado séria para poder jogar Sims! Então agora...! 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Querem saber? Querem saber? Querem saber?

Não tenho o relatório de estágio pronto e "caminha" a passos muito lentos (de bebé ou de formiga, quem já jogou?) e enerva-me o meu estado de letargia que me leva a escrever de 20 formas diferentes o mesmo parágrafo porque acho que nunca está bem ou porque nunca consigo prestar atenção suficiente para garantir que tudo está coerente e que não há repetições desnecessárias... 

Mas... lembram-se dos momentos de desespero com a primeira versão que tinha de entregar da minha tese? Aquela que entreguei no final de Junho! Recebi o primeiro feedback hoje, via e-mail. Um e-mail breve e sucinto, bem ao estilo da minha orientadora, mas com uma mensagem capaz de me deixar aos pulinhos! Resumindo: sou uma dramática. E muito fácil de contentar: basta ver investimentos recompensados. Beijinhos em todos vocês.


P.S. --» A tese ainda não é um caminho fechado. Há anotações para eu ver e muito que quero discutir com a minha orientadora, antes da versão final, mas o caminho certamente já não será tão longo :)

Em Português e vale a pena...


Sou assumidamente daquelas pessoas que não conseguem dissociar música e letra e as músicas deste álbum fazem-me viajar e construir guiões para uma peça de teatro de um palco que não sei se alguma vez voltarei a pisar. Apesar de considerar que o vídeo, tão simples, tira algum potencial a uma música com uma intensidade tão dramática, gosto.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há uma coisa que eu nunca soube o que era...

 (É longo, mas não sabem o que perdem se não lerem!)
Medo do dentista. Tive uma colega que entrava em pânico só de antecipar  esta visita. E sei que há quem tome calmantes antes de lá ir. A cadeira do dentista deve ter sido dos sítios onde (fisicamente) mais sofri na vida e mesmo assim nunca tive medo. E porque é que nunca o tive? Porque tenho um dentista que, especialmente com clientes de tenra idade, antes de qualquer procedimento que encetava , preocupava-se com a relação que poderia ou não desenvolver com estes, certamente sabedor que isto seria um facilitador de todo o processo e da adesão aos tratamentos.



Era um conversador nato. E super cuidadoso. Desde logo deu instruções para levantar um braço sempre que estivesse em sofrimento. Na idade em que tinha medo de picas nunca soube que ele me dava picas, porque fazia que me estava a beliscar a bochecha. E por detrás da máscara, os olhos sorriam sempre que era uma coisa maluca, bem como se multiplicavam as expressões "Ah, valentona!". Ora, na primeira consulta avisou a minha mãe: eu só serei dentista dela se ela me aceitar e nessa mesma consulta só conversamos e brincamos enquanto ele me convidou a sentar na cadeira, a experimentar bochechar,  explicando que me ia pedir isto algumas vezes, e enquanto me foi demonstrando alguns instrumentos (é pá não sei como se chamam em termos técnicos!).

E aceitei-o. Aceitei mesmo que tenha chorado muitas vezes naquela cadeira, mesmo que um dia tenha recusado o aparelho e ele, mais duro do que alguma vez foi, tenha tido que dizer: se não queres, tiro já tudo. Eu percebi que ele estava chateado. Mas que só estava assim, porque gostava de mim e estava realmente interessado em mim. Às vezes também tive que ser má para ser boa com os meus clientes. É isto que se quer, seres humanos, mais do que técnicos desumanizados. E com este senhor aprendi, ainda que em retrospectiva, imenso para a minha prática clínica. O senhor não era psicólogo, mas foram memórias simples como esta que também me foram construindo este ano, enquanto psicóloga.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estado do dia

A mana licenciou-se primeiro do que eu, não há direito!

Resultado: estou feliz, comovida e realizada por via indirecta.

E pronto, por hoje é tudo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Agenda: you're my boss

Neste "período sabático" (porque não posso chamar ao meu estado férias), ser assim uma espécie de chefe de mim própria está a ser, no mínimo, desafiante. Chego à conclusão que sou perita em estar no meu posto de trabalho - sentada ao computador - com horas certas para abrir e horas certas para fechar. É certinho, não falha. Agora o que faço nos entretantos, sendo que um computador pode ser um espaço infinito, é que é outra história! Resultado: hoje voltei a pegar na agenda e apontar por pontos o que eu tenho de fazer em cada dia (é a agenda que me faz funcionar durante o ano, sem ela eu era o caos!).


Se é verdade que a agenda aumenta o meu stress (porque já me encarreguei de contar os dias que faltam para a entrega numa espécie de contagem decrescente), a verdade é que aumenta a minha produtividade. E se quero uma semaninha de dolce fare niente em Agosto, bem que a agenda vai ter de me controlar. É a chamada ansiedade estimulante que se tornou necessária. Via os dias a passar e o trabalho, apesar de já ir em 32 das almejadas  50 páginas, parece ter rendido pouco e satisfazer pouco. Está uma amálgama incompreensível de retalhos e reflexões soltas. Vou ter que me sentar (não que já não estivesse sentada!) e agora montar o puzzle. Não vai ser agradável...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Rosie Huntington... ou quão estranho é ter nome de doença

Não me perguntem, é bem bonitinha, mas não faço ideia de quem é a moça. Acho que fez o Transformers 3 e cruzei-me com ela por acaso. Não tive curiosidade para descobrir muito mais porque fiquei focada no nome!


Eu sei que a doença de Huntington se chama Huntington porque... o senhor que a descreveu em primeiro lugar se chamava assim! Mas caramba, ainda bem que, em português, que me lembre, nunca vi um nome de doença que correspondesse a um apelido. Pode ser de mim, que sou esquisita, mas nascer com um nome como Ana Alzheimer era já de si um peso do caraças.

domingo, 17 de julho de 2011

O drama de escrever em câmara lenta

A Ju escreveu que em muitas cadeiras tem apenas um minuto para responder a cada pergunta e que nem sempre as perguntas são de escolha múltipla.
Eu, muito sentadinha na minha cadeira revirei os olhos e pensei "O quê?!". Estava tramada se estudasse na mesma faculdade que a Ju, porque se a responder a perguntas de escolha múltipla costumava ser rápida se dominasse a matéria (Então? ainda está tudo a fazer? Será que me esqueci de alguma coisa?), escrever é uma coisa que faço em câmara lenta, por mais que queira acelerar o processo.
Bem me lembro dos exames em que todo o povo usava folhas de rascunho, menos eu. Todo o mundo começava a pedir novas folhas e eu suava (já?!). Bem me lembro também dos exames em que a última questão era sempre a minha pior porque não a acabava decentemente e aí ficava chateada com a minha mão, com os meus dedos, com o meu braço, com o que quer que fosse que me impedisse de acelerar este processo. Pensei como resolver o problema. Não era falta de prática, fartava-me de escrever nas aulas... Seria da preensão da caneta? Sempre segurei a caneta com demasiada força. Seria pelo facto de ter uma escrita em que cada letra tem a sua independência (numa palavra escrevo uma letrinha de cada vez e elas não têm ligação entre si)? A resolução do problema ficou pela reflexão.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

We love Mundo Cá Dentro, don't cha?

"Idiota" (com aspas Maria para não parecer mal!)

1 ano, 285 seguidores, 293 mensagens, mais de 40000 visitas. Vocês definem-me, nos meus múltiplos contornos, fazem o Mundo Cá Dentro e inspiram-me todos os dias. Obrigada!

Se aguentei e se me aguentaram 1 ano, preparem-se para mais!

Larry - totalmente prevísivel - Crowne

Já viram o trailer? O trailer até é simpático, não é? Mexeu comigo! Pensei: ora aqui está certamente uma coisa engraçada para inspirar e descontrair. 
Acontece que o trailer é tudo o que precisam de ver.  Passo a explicar porquê: este é dos casos em que o trailer contém o melhor do filme e vendo o trailer, sabemos o filme todo, literalmente. Ir ver o filme depois de ver o trailer é assistir a uma sequência de eventos totalmente previsiveis. Tudo bem que fui à procura de um feel good movie. Mas à excepção de umas breves gargalhadas o filme não mexeu minimamente comigo - não saí de lá a levitar e  a pensar como é bom viver, e nos pequenos projectos que quero implementar na minha vida, etc, etc, etc - e não gosto disso.

Julia Roberts e Tom Hanks - desta dupla também esperava muito mais

P.S. --» Mais logo há post comemorativo!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Suber Bock, Super Rock: ai que eu não vou!

Amanhã vou perder aquela que seria a minha oportunidade de me estrear em festivais de Verão, portanto aqui vai a minha auto-terapia anti-ressabiamento. Quem precisar que se sirva também.

1. Comer terra e pó nunca foi o meu género.
2. Abrir a tenda e dar com o meu nariz literalmente no nariz do vizinho não me parece uma experiência agradável.
3. Ouvir gajos a gritar de 5 em 5 minutos "alvorada" sem ficar com imediatos instintos assassinos? Hmmm... Talvez não consiga. E sou demasiado boa pessoa para experimentar este tipo de instintos.
4. Esfregar as minhas "partes íntimas" num choveiro de àgua fria comunitário parece-me estranho.
5. Vocês sabem: não dormir as minhas 8 horas é caso para me deixar com um humor de cão. Não dormir as minhas 8 horas várias noites seguidas é caso para que o meu mau humor perturbe quem estiver num raio de 10 metros de mim, e era chato...
6. A probabilidade de sofrer picadas de mosquito em casa é substancialmente menor do que ali no meio daquela pseudo-selva. 
7. O meu pai fala dos festivais como se fosse uma das experências mais assombrosas pelas quais uma pessoa pode passar "Festivais?! Tu sabes o que é isso?!?!?!? É só droga!". E os pais têm quase sempre razão. 

Portanto, I rest my case. O melhor mesmo é ficar em casinha.


P.S. --» Não se esqueçam. Até amanhã (leiam o post de ontem) enviem uma palavra que me caracterize segundo o que conhecem através deste blog ou dos comentários aos vossos :D 
P.S. 2 --» The Kooks... Ai, ai...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Egocêntrica q.b.: uma palavra que me caracterize

Para um post comemorativo do 1º aniversário do Mundo Cá Dentro (6ª feira), peço a vossa colaboração. Nos comentários peço apenas uma palavra, uma palavra que segundo o que conhecem da leitura deste blog ou dos comentários aos vossos me caracterize. Depois, eu prometo que faço uma coisa engraçada com os resultados.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dia das obscenidades

Prometi ao danadinho que o dia das obscenidades cá no blog era a segunda-feira, portanto, vou ter que cumprir.

É obsceno.

Vai uma rapariga toda airosa, no salto alto das suas novas socas a atravessar a estrada no auge do estilo quando um pé balança para um lado, um pé balança para o outro, prova de equilibrismo, e.... respira de alívio.
Quase que caía.
É obsceno o preço que dei pelas minhas socas, em saldo. Eu que nem gosto de socas perdi-me de amores por elas e fui traída. Fui traída ali nos paralelos a atravessar a estrada em frente ao Tribunal Criminal do Porto (viram-me? Não? Então já não me apanham!). É obsceno o preço que dei pelas minhas socas, especiamente considerando que elas não são TT (todo-o-terreno), como os belos dos meus saltos mais altos, que ainda só uma pessoa quis ver. Assim, vim o caminho todo até ao local onde me encontro agora a trabalhar agarrada ao R.. Agarrada ao R. enquanto repinava:

Vai mais devagar, não imaginas o esforço que estou a fazer para me equilibrar! Estou a suar em bica...

Mas eu não estou a andar depressa, tu é que me estás a empurrar.

Eu não estou a empurrar, eu estou a SEGURAR-ME!

domingo, 10 de julho de 2011

A primeira aula da faculdade

Uma das experiências mais traumatizantes pela qual passei na faculdade aconteceu logo na primeira aula. Na primeira aula com o professor M.. Eis os vários motivos do trauma:

1. Entrou no auditório com ar de "Coitadinho de mim, não me batam!" (questão: aquele gajo é psicólogo?);

2. Tinha um ambiente de trabalho absolutamente caótico, cheio de ícones, coisa que eu criticava profundamente (não queiram ver o meu ambiente de trabalho de hoje);

3. Fazia no quadro "esquemas" que mais pareciam um plano secreto de ataque, com nomes e setas espalhadas - setas que cruzavam (i.e., riscavam) todos os outros nomes; setas que iam e vinham e , quase de um momento para o outro, lembrava-se de apagar tudo, sem pré-aviso;

4. Repetia "Se não perceberam, digam" com o ar mais desorientado do mundo (se tu não percebeste, como é que queres que nós percebamos?);

5. Projectou um teste diagnóstico de escolha múltipla na primeira aula para resolvermos numa folha daquelas de correcção automática e eu não conseguia ver o raio da projecção. Convencida de que se tratava de mais uma bizarria daquele professor cochichei a um colega "Xiii, isto não se vê nada.", ao que o colega, entre risos, devolveu "Deve ser problema teu, eu vejo perfeitamente!". Vai Mary Jane então lançada a descer os belos lanços de escadas do auditório (não, não caí!), aloja-se na primeira fila e constata: "Txiiii, que diferença!". E  descobre que, provavelmente, é míope. E que provavelmente já era há algum tempo, mas que isto foi passando despercebido pelo facto de no secundário se sentar sempre na carteira da frente. Sou realmente míope. Uso lentes de contacto desde o primeiro ano da faculdade.

http://www.flickr.com/photos/amanda-beun/5695006805/in/photostream

sábado, 9 de julho de 2011

A pertinência do e-mail

Sabem? Achei que este blog, prestes a comemorar um ano de existência, já tem barbas suficientes para hmmm... reunir um clube de fãs interessados em obter o meu e-mail... Ele esteve no perfil, desde sempre. Mas à falta de e-mails a prestar adoração à minha pessoa decidi tornar o e-mail mais visível (perceberam a dica?). Esta é a parte simples da história.

A outra parte da história é que o e-mail do estaminé vem dar resposta a uma fantasia recalcada. Já toparam a pinta do e-mail: maryjaneinthesun@gmail.com?

Na minha infância-adolescência (secretamente) sempre desejei ter um e-mail daqueles giros, chamativos, originais, capazes de funcionar como um alter-ego, como as minhas amigas tinham. Acontece que foi o técnico de informática que fez o meu primeiro e-mail. E fez este e-mail quando eu tinha uns 10 anos e a única coisa que sabia  fazer com um computador era  ligar e desligar. Ora, o profissional, competente e certamente conhecedor das últimas tendências, ainda fez umas sugestões, nomeadamente almofada (?!?!?!?!), mas estando eu com o indivíduo a assistir a esta escolha tão fulcral que poderia revelar aspectos ocultos da minha identidade achei que o melhor era criar um e-mail assim o mais clean possível, o meu nome e apelido e pronto. Depois podia escolher um nickname qualquer. Uns anos mais tarde agradeci a mim própria por ter tido sempre um e-mail clean. Afinal, quando cheguei à fase em que ter alter-egos destes era só uma coisa pirosa, nunca corei e pensei para mim própria Raios!* Tenho mesmo de mudar de e-mail quando numa situação mais ou menos séria, ou numa situação de flirt tive que dar um e-mail do género: borboletasexy17, anjonegro_23, naughty_girl.18, amazonasdodeserto3000, algodão_doce2. O maryjaneinthesun é outra história: nunca vou precisar de o dizer alto a ninguém, só tenho de o escrever... A gente que é pouco séria: bloggers ( ;) ).

* para quem ainda é novo por aqui, eu não digo palavrões

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mergulhar a máquina fotográfica: o meu Aquapac

Contorci-me toda, com o primeiro pequeno mini-mergulho. Auscultei e perguntei: Estás bem, querida? Parecia bem... Dei-lhe então um mergulho mais profundo. Fechei os olhos, pois nem queria calcular o estrago, mas felizmente, tudo parecia continuar bem... Nem um pingo! 

Foi assim a minha primeira experiência com a minha NikonD80 e o Aquapac. Muitas experiências falhadas, porque não é fácil espreitar para uma máquina fotográfica enfiada dentro de um saco plástico, mas é sem dúvida um brinquedo novo a explorar este Verão. Fica a dica para os aficcionados!




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Larguei os olhos da cara!

Hoje larguei os olhos da cara por umas socas, um bikini e dois vestidos. Não ouso dizer quanto tudo me custou. Quanto tudo me custou em promoção! Portanto, sem mais a acrescentar, declaro oficialmente encerradas as compras de Verão. Mais: Banco de Areia, Koralline, Sahoco, Cantão, vocês desgraçam-me. Mas a culpa é toda minha porque vocês tinham bem escarrapachado o nome (i.e., o preço), mas lá diz o ditado quem vê caras não vê corações. Neste caso, eu só vi corações imaginários às rodinhas à vossa volta e não vos vi a cara. Fraca...


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um blazer impõe outro respeito

Ainda para mais se conjugado com umas calças à senhora, uma camisa semi-formal e um salto médio. Hoje, em todos os locais onde fui, dirigiram-se sempre a mim com um você. 
Um você tão diferente do típico tu. Do típico tu-miúda...
Isto desde a senhora na confeitaria que sinto que só faltou fazer uma vénia quando terminou de me servir à rapariga que ou era da minha idade ou pouco mais nova e que quando a incentivei a entrar no autocarro, à minha frente, respondeu "Não, vá, vá...".


Moral da história: querem vénias dignas de realeza? Comecem a usar um blazer e calças à senhora a acompanhar. Quanto aos senhores: um fato relativamente elegante e uma gravata também costumam funcionar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dias de aniversário são uma combinação multivítaminca explosiva

Sinto-me rainha do mundo, eu tinha avisado! Rebolo com as imensas mensagens no facebook, no blog, no telemóvel e com as chamadas.




Gosto de todas (mensagens e chamadas). Desde as mais breves com Parabéns aquelas que fazem o meu ego escalar 10 metros.

As mulheres, os saltos altos (e é hoje!)

Aí vai M. J. lançar-se em mais uma reflexão profunda.
Diria eu: tenho vários pares de salto alto. A maioria deles com um salto médio ou de cunha.
Esqueçam. Se têm destes não vale, não conta. São salto médio - vão estudar moda, como eu fui, queridos. Os verdadeiros saltos altos são aqueles meteóricos, que nos deixam 2 andares mais altas e de salto finíssimo. Tenho um único par deste espécime e reconheço o seu poder. Reconheço a forma como dizem sem que eu tenha necessidade de o expressar "Cheguei!" e reconheço a forma como transmitiriam mensagens eventualmente não desejadas se os usasse no dia-a-dia. Mas isto talvez pense porque ainda não me habituei suficientemente a eles.

O que as outras mulheres não sabem é que de cada vez que subo, desço umas escadas ou atravesso uma estrada de paralelos peço por tudo para não me espetar. De cada vez que caminho a direito numa estrada, passeio ou qualquer outra superfície lisinha peço por tudo para parecer que estou a desfilar na passerelle com a leveza de quem calça umas sapatilhas. Sapatos de salto alto são de outro nível e de outra exigência!

O que os homens não compreendem é que este tipo de saltos não é desnecessário. E não, não era 1000 vezes preferível andar de ténis ou sapatilhas porque... Ora cogitem bem... Nenhum ténis ou sapatilha funcionaria tão bem como arma de arremesso para golpes defensivos de qualquer donzela.


E pronto, este é o post através do qual me podem congratular pelas minhas 23 primaveras. E para que me possam congratular devidamente, quem dá mais para que eu mostre os meus poderosíssimos saltos mais altos? Atenção que os meus saltos altos são TT (todo-o-terreno)! Revelo porquê depois de receber a proposta mais apetecível para os deixar aqui!

domingo, 3 de julho de 2011

Mary Jane e as reflexões profundas

Ontem fui ver a Ressaca, parte II, para descontrair. E tudo o que envolve despedidas de solteiro(a) é coisa para me deixar sempre em processos de reflexão profundíssimos do que eu espero que seja a minha. Há despedidas de solteiro(a) que me assustam verdadeiramente. As coisas que deixam a maioria das pessoas em histeria e no cúmulo da diversão eram coisas para me deixar à beira de um ataque de nervos ou de tédio ou que porcaria é esta?  E não digo isto com base nas despedidas de solteiro que vejo em filmes, mas com base nas história de despedidas de solteiro das irmãs mais velhas das minhas amigas que vão passando por mim. Há coisas em relação às quais sou muito pudica. Ora vejamos:

- Ter um homem semi-nu ou em nu integral que nunca vi na vida e com um ar oleado e estranho a roçar-se em mim? Passo.
- Comer biscoitinhos em forma de pilinha? Passo. 
- Beber por um biberão em forma de pilinha? Passo.
- Usar um colar em forma de pila? Passo.
Resultado: ou me drogam, como no filme, ou se na minha imaginada despedida de solteira alguém ousa fazer uma destas coisas, vai sair tudo furado.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sabem aquele dia?

Sabem aquele dia em que parece que qualquer coisa em nós renasce? Que sentimos uma pontinha de vitalidade diferente daquele que sentimos os outros todos? Em que nos sentimos o centro do mundo? Em que acordamos e só queremos saber o que aí vem? Quem é que se vai lembrar? Quem é que vai ligar? Quem é que vai aparecer? Pronto, esse dia para mim vai acontecer terça-feira! :D Não é espectacular?

Este palavreado todo foi só porque podia não parecer muito bem vir só aqui dizer: atenção pessoal, faço anos na terça-feira e adoro isso, portanto venham cá todos congratular a menina.
Sei que podia pôr simplesmente no dia um Parabéns a mim, mas, vocês sabem, há que manter o nível: ser complicadinha e diferente.