As partes íntimas do meu vizinho.

"Eu tinha vergonha se fosse eu, cruzes!"

Isto foi o que uma das compinchas da minha morada de estudante me disse quando terminou de descrever um episódio surreal com que se deparou hoje de manhã.

Ora vamos rebobinar. 

Hoje às 7.30 da matina não havia água. Coitadinhas de nós, dissemos mal da nossa sorte, mas desenrascamo-nos com garrafas de água para o essencial. Pois que o nosso vizinho da frente decidiu ir apurar a situação e foi para o hall de entrada comum às nossas duas portinhas de toalha a tapar as partes íntimas. Toalha curta que deixava algumas entidades descobertas. Não, não! Não é nada disso suas mentes perversas. As minhas coleguinhas não estiveram a espreitar pela fechadura. As minhas coleguinhas iam placidamente a sair de casa quando se depararam com a cena anteriormente descrita. Resultado: uma delas mal abre a porta vê uma personagem em toalha a correr, dá um berro de susto e recolhe. A outra espreita para ver o que se passa, mantém-se alerta e vê a personagem deixar cair a toalha mesmo antes de fechar a porta. Não hesita em comentar, "É branco que nem cal!", enquanto ele, ao que parece, espreitava pelo monóculo (ou qualquer coisa com nome semelhante) pelo ruído que elas ouviram. A partir daí esforçaram-se para não rir à gargalhada. Afinal, quem é que se lembra de ir para o hall de toalhinha à cinta? Depois claro que é personagem principal de um blog!