O meu coração está a bater devagar e eu não gosto disso.
Tenho saudades dos jogos, da conquista, do não sei se gostas de mim, mas eu gosto muito de ti e quero mostrar-to. Daquela sensação: não preciso de mais nada na vida, só de ti.
Tenho a certeza que estou muito bem contigo, que até gostamos das mesmas canções, dos mesmos filmes, dos mesmos programas, mas às vezes é só uma certeza muito confortável. Uma certeza que não tenho a certeza se é A CERTEZA, porque às vezes é uma certeza de sofá e tu sabes, tão bem, que não gosto de certezas de sofá.
É uma certeza de sofá porque tenho a certeza que tenho algo cómodo onde pousar a cabeça e o corpo. Tenho a certeza que estás lá, sempre. Sempre por e para mim nos dias de maior euforia e nos dias de maior cansaço. Mas eu quero uma certeza para lá do sofá, que me faça acreditar que os dias podem ser diferentes e que tu és diferente.
Tenho saudades dos dias em que quando nos chateávamos a tua atitude não era um tanto-faz-amanhã-já-está-tudo-bem. Agora quando nos chateamos só leio em ti distância e indiferença. Posso estar completamente enganada, mas sinto que se fosse embora, se por algum momento estivéssemos zangados e eu deixasse de fazer o costume - deixasse de tentar conversar e falar contigo ou de correr até ti porque não gosto de adormecer connosco chateados - tu deixavas que morrêssemos. Que morrêssemos na praia. Sem porque sim, sem porque não, só porque estás demasiado cansado, só porque acreditas que já apanhaste o peixe todo e já não acreditas que mesmo contra marés bravas sabes muito bem nadar.
"Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes."
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes."
Eugénio de Andrade
nem te reconheço neste post. Não é muito normal falares sobre "coisas mais tuas". Costumas ser bem reservada quanto à tua relação. Mas é bom conhecer outras partes de ti. às vezes também me sinto um pouco assim, acho que é normal em relações longas. Desde que se tenha a certeza de que é isto que queremos para nós, o resto acaba por se encaixar nos seus lugares, com muito ou pouco esforço para que tal aconteça.
ResponderEliminarP.S. quando ao comentário, não tem mal. é só para não estranhares que não o publique.
quando se tem uma relação estável e duradoura é normal, um certo dia, ter-se esse sentimento. de acomodação, de deixa andar, de dar tudo como certo. também eu já me senti assim, mas foi passando, porque apesar de haver dias em que se fica em casa de fato de treino e a vegetar em frente à tv e dias em que se fazem coisas extraordinárias, todos eles são maravilhosos porque estamos juntos. acredito que o amor por si só não é capaz de manter uma relação, mas é um dos grandes pilares... basta dar-lhe um empurrãozinho, por vezes até uma boa e longa conversa :) beijinho e força!
ResponderEliminarIsso não é um pouquinho de insegurança?
ResponderEliminarÉ engraçado que toda a gente busca a estabilidade mas quando a tem, sente falta da instabilidade.
Queres adrenalina? Faz bungee-jump. eheheh
como eu te compreendo linda, passo pelo mesmo...:s
ResponderEliminarPode ser só uma fase, aquela fase do comodismo em que achamos que tudo está certo e não é preciso mudar muito...
tem uma conversa com ele, diz o que sentes, vai com certeza fortalecer a relação;)
Mary Jane, compreendo cada sentimento nas tuas palavras. Compreendo a tua situação. Tenho sempre receio da rotina que leva ao comodismo. :s
ResponderEliminartou a passar mais ou menos o mesmo e percebo-te perfeitamente.
ResponderEliminarÉ como se dessemos mais do que o outro, é como se tivessemos no barco a remar sozinhas sem saber se o outro iria fazer o mesmo.
Não sei o que deves fazer, porque eu também não sei. Gostava de te poder ajudar, se calhar o melhor é falares com ele. ou se afastarem por uns momentos. mesmo que te custe agora, irás ter a certeza no futuro.
eu percebo perfeitamente a parte de se chatearem e tu é que vais falar com ele, pq nao gostas de estar mal. eu tambem sou assim. e às vezesnao vejo o outro lado, o querer do outro.
o comentario ja esta longo.
beijinhos e alguma coisa tou aqui *
ter medo, significa que tens algo a perder. e isso demonstra consciência,o que te permite mudar e melhorar.
ResponderEliminarnada na vida é garantido, até a nossa própria vida não é garantida.
um coment para o esquisito mas é o que saiu.
Um dia senti todos esses sentimentos em mim... prolongaram-se no tempo e o desfecho foi como pensamos não poder acontecer, depois de tantas juras de amor eterno... Sê sempre sincera e verdadeira, com os outros, mas, acima de tudo, contigo... Todas as relações passam por essa fase... Depois, necessitam de a ultrapassar... para que não morram. E eu tenho a certeza que a vais - a vão - ultrapassar!! :)
ResponderEliminarUm beijinho!
eu não gosto nada quando uma coisa é tomada como garantida, tal como tu, gosto do processo de conquista!
ResponderEliminarO texto que escreveste podia ter sido escrito por mim. Estou na mesma situação e ando a ficar irritada com isso x) *
ResponderEliminarE eu percebo tão bem este post...
ResponderEliminarInfelizmente passado algum tempo de mantermos uma relação o amor está bem mais forte mas aquela paixão avassaladora vai diminuindo... :) Mas o amor é eterno, e essa paixão efémera!!
ResponderEliminarSei bem ao que te referes!
ResponderEliminarAliás eu e o meu mané chateámo-nos à séria, o que levou a 6 meses de separação, precisamente porque sentimos essa paixão que intensificava as coisas a esvair. Mas agora que aprendemos a gerir essa sensação de vazio sabemos valorizar o conforto de saber que temos algo estável. É conforto sim, um pouco de sofá, mas até que sabe bem...
O amor, aquele que dura uma vida, acredito que seja assim. :)
Esse é o meu poema favorito, desde que me lembro de ter um poema favorito!
ResponderEliminaroh, mary jane, nem imaginas como me deixaste ao ler isto :' sou da opinião de que o amor por si só não chega, mas é suficiente para tentar arranjar tudo o resto! é normal haver isto nas relações, eu acho.. mas chega a um ponto que bate no fundo e cabe ao casal tentar mudar isso antes que seja tarde demais :) espero que seja só uma fase! se há amor de ambas as partes, isso vai passar :)
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