domingo, 16 de outubro de 2011

Eu não podia ser mais feliz...

-Qual (ou quais) foram os dias ou momentos mais felizes da tua vida?
-Quando pensas numa grande alegria, que imagem/cena/situação surge no teu pensamento? 

Esta resposta, em simultâneo à Daniela Pereira e à Sophia, vai desanimar alguns ou fazer sorrir quem com esta sensação se identifique. Não aconteceu nada de especial no momento que reconheço como aquele que foi o mais feliz da minha vida, mas senti todos os meus poros a gritar "Eu não podia ser mais feliz". Foi uma sensação estranha, quase inexplicável (não existia nenhuma razão particular para ela), mas espectacular. Foi um momento quase de despersonalização em que me desliguei de mim. Nada das usuais questões existenciais ou preocupações emergentes! Havia leveza, uma leveza imensa... O que é que me fez sentir tudo isto? Estar deitada ao comprido nas traseiras de uma gaivota assim igual a esta abaixo, mas em amarelo:

Estar deitada sob o balanço do mar e a olhar para um céu azul limpo e ser isto tudo o que via, e o que ouvia serem apenas vozes longínquas, conjugou-se numa qualquer fórmula secreta de felicidade. Por isso, recomendo vivamente retiros no meio da natureza, mas escolhidos de acordo com as vossas preferências: não vão para um campo verdejante superpopulado de abelhas, pois a não ser que simpatizem com elas, a paz de espírito já era.
Também, nada é garantido e acho que, na verdade, não há receitas para repetir este momento. Digo isto porque é óbvio que já tentei repetir a experiência, mas nunca mais teve o mesmo efeito. Acontece e pronto. Simples, sem porque sim, nem porque não, mas com esse sentimento tão bom e tão único "Eu não podia ser mais feliz". Reconheço que tive uma sensação semelhante uma outra vez na vida: quando era bem mais pequenina e estava na rua, à noite, a brincar à apanhada.

8 comentários:

  1. adorava também estar à noite na rua e jogar às escondidas com os meus vizinhos, e pensar "eu não podia ser mais feliz", com uma familia fantastica e com vizinhos sempre prontos a brincar :) lá está são estas pequenas coisas que fazem toda a diferença!
    beijinhos

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  2. Não me desanimou nada a tua resposta :) acho que é uma vantagem que tu tens, esta de apreciares pequenas coisas. A felicidade não está sempre em grandes acontecimentos. O episódio de brincar às apanhadas até me fez sentir uma certa melancolia... ;)

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  3. em que é que posso ajudar/ser útil? (em resposta ao teu comentário) ;)

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  4. já tive alguns momentos desses, em que achei que era impossível ser mais feliz do que sou, mas tenho que dizer que nenhum deles foi deitada numa gaivota :)

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  5. Não sendo o tipo de resposta que, à partida, se espera, não fiquei desiludida, antes pelo contrário. Até porque não te sei dizer um, mas vários momentos em que senti isso que descreves e não há nada melhor. Quando brinco com os meus cães esse sentimento é recorrente. E até recordo uma ocasião em que a minha mãe lamentava o meu desemprego, ficando toda surpreendida quando eu lhe disse que me sentia, sinceramente, feliz, com todas as coisas que me rodeavam. Quem dá valor às pequenas coisas é assim, e ainda bem ;)

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  6. A sensação que nós fazemos parte do universo, somos um todo.
    Gosto mt deste video: decidi partilhar ctg :
    http://www.ted.com/talks/thandie_newton_embracing_otherness_embracing_myself.html

    não tens a obrigação de ver :) está á vontade!

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  7. Os meus maiores momentos de felicidade também são os de fascínio. A Natureza é muito boa nisso!
    E é claro que repetindo as conjugações, já não te traria o mesmo sentimento pois é um momento único. Vais voltar a sentir noutra ocasião quando menos esperares =)

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