Vou começar a arrancar algumas histórias do baú. Esta veio do baú do ano de 2005.
"Feia" é a tua forma favorita de me chamar. De me chamar com os lábios fugitivos, contorcidos e apertados, e de olhos quase a sair das tuas órbitas e prontos a abraçar a minha órbita. Segues depois, desengonçado, voltando-te apenas para me dirigir um sorriso cúmplice e traquina e um olhar de soslaio. Mas eu adoro. Adoro quando estás frente a frente comigo, só tu e eu, e mal consegues articular uma sequência de palavras, mal consegues terminar uma frase, mal consegues dizer o que se passa contigo... E hoje, eu prometo. Não vou amuar quando me chamares feia, e fugires apaixonado, talvez com medo de nem mais uma palavra conseguires pronunciar; com medo de quebrar o tempo e ficar... Ficar aqui, comigo. Sempre. E hoje, eu também sei que me chamas feia como que não querendo que mais ninguém olhe para mim, para que mais ninguém queira sequer mais um bocadinho, qual pedra preciosa, trevo da sorte ou amuleto secreto escondido no canto de um bolso empoeirado. Empoeirado, mas o mais rico: o mais importante, o mais protegido, o mais sagrado.
"Feia" é a tua forma favorita de me chamar. De me chamar com os lábios fugitivos, contorcidos e apertados, e de olhos quase a sair das tuas órbitas e prontos a abraçar a minha órbita. Segues depois, desengonçado, voltando-te apenas para me dirigir um sorriso cúmplice e traquina e um olhar de soslaio. Mas eu adoro. Adoro quando estás frente a frente comigo, só tu e eu, e mal consegues articular uma sequência de palavras, mal consegues terminar uma frase, mal consegues dizer o que se passa contigo... E hoje, eu prometo. Não vou amuar quando me chamares feia, e fugires apaixonado, talvez com medo de nem mais uma palavra conseguires pronunciar; com medo de quebrar o tempo e ficar... Ficar aqui, comigo. Sempre. E hoje, eu também sei que me chamas feia como que não querendo que mais ninguém olhe para mim, para que mais ninguém queira sequer mais um bocadinho, qual pedra preciosa, trevo da sorte ou amuleto secreto escondido no canto de um bolso empoeirado. Empoeirado, mas o mais rico: o mais importante, o mais protegido, o mais sagrado.
Gostei da história, "ele" chama-te feia porque quer chamar-te o contrário??:)
ResponderEliminarTão queridos :D
ResponderEliminarum feia tao querido, nunca podia ter má conotação!
ResponderEliminaradorei o texto, mesmo mesmo! E esse sentido de feia é do mais doce que há :)
ResponderEliminarbeijinhos
Também tenho esse hábito, a par de chamar gordo. As palavras "habituais" cansam, sem contar que ficamos sempre sem jeito para as dizer e até sai com um ar estranho.
ResponderEliminarO texto está lindo ;)
Same here... "menina feia" é o que ele me chama, mas sempre com um sorriso lindo e aqueles olhos azuis a brilharem. e eu derreto-me :)
ResponderEliminarEsse baú fica onde? Num caderno perdido num sótão? Numa carta guardado num caixa longe do pó? No teu coração?
ResponderEliminaroh que fofinho :)
ResponderEliminar(uma seguidora que não tem dito grande coisa mas gosta de te ler)
www.inconsequentemente-mi.blogspot.com
ADORO ler-te!!!!!!
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