I see that you've come so far
To be right where you are
How old is your soul?
(Jason Mraz - I won't give up)
O Jason Mraz, numa canção que podia ser do Tony Carreira mas que tem um vídeo lindo, propõe-se estoicamente a não desistir.
Eu cá, naqueles dias de alma velha, que acha que está no mundo há mais tempo do que verdadeiramente está, acho que as relações para o resto da vida vão desaparecer. Estaremos antes condenados a trocar, trocar e trocar na busca da pecinha certa, às vezes na completa ilusão de que haverá alguém que irá encaixar totalmente em nós. Passo a vida a defender aqui que isto das relações é simples, e costumo "propagandear-me" como uma pessoa com jeitinho para as relações, mas na verdade... há que assumir, também é complicado! Porque antes de chegar à parte dita "simples" há um grande quê de insondável, de mares nunca dantes navegados.
É mesmo verdade. Porque se fosse tudo assim tão fácil e simples e linear e decifrável, era fácil fazer brotar relações em qualquer circunstância!
Queres ter uma relação? Boa! Eu também. Vamos lá trabalhar, fazer isto crescer! Faz-me umas massagens e diz-me coisas bonitas enquanto olhamos para a lua...
Claro que já repeti e insisto que o trabalho é preciso. Mas a verdade-verdadinha é que antes do trabalho é preciso um completo não-sei-o-quê! Uma conjugação secreta de ingredientes que não se estuda nos livros, não se aprende na Cosmopolitan e que faz com que as coisas naturalmente aconteçam. Aconteçam como sonhamos sem ser preciso pedir: devias declarar-te mais, devias enviar 20 mensagens ao dia, não devias usar saias. Está bem. Pedinchar às vezes é fofinho, reclamar pode ser necessário, mas quando uma relação se enche de devias, quando começamos a querer ensinar ao outro como sentir, em vez de aproveitar o que sentimos, alguma coisa não se está a conjecturar na direcção certa. E é difícil. Porque uma coisa é facilitar o encaixe, outra é forçá-lo.
É mesmo verdade. Porque se fosse tudo assim tão fácil e simples e linear e decifrável, era fácil fazer brotar relações em qualquer circunstância!
Queres ter uma relação? Boa! Eu também. Vamos lá trabalhar, fazer isto crescer! Faz-me umas massagens e diz-me coisas bonitas enquanto olhamos para a lua...
Claro que já repeti e insisto que o trabalho é preciso. Mas a verdade-verdadinha é que antes do trabalho é preciso um completo não-sei-o-quê! Uma conjugação secreta de ingredientes que não se estuda nos livros, não se aprende na Cosmopolitan e que faz com que as coisas naturalmente aconteçam. Aconteçam como sonhamos sem ser preciso pedir: devias declarar-te mais, devias enviar 20 mensagens ao dia, não devias usar saias. Está bem. Pedinchar às vezes é fofinho, reclamar pode ser necessário, mas quando uma relação se enche de devias, quando começamos a querer ensinar ao outro como sentir, em vez de aproveitar o que sentimos, alguma coisa não se está a conjecturar na direcção certa. E é difícil. Porque uma coisa é facilitar o encaixe, outra é forçá-lo.
Fantástico! Não poderia estar mais de acordo!
ResponderEliminarP.
Tão verdadeiro, porque é mesmo assim :)
ResponderEliminarAdorei a última parte :) Precisamente porque desconfio que ando a assistir a algo bem de perto.
ResponderEliminarFiquei contente por teres gostado do comentário que deixei da última vez que por aqui passei. Acredita que foi espontâneo! Pelas tuas palavras transmites muita garra, o que acaba por ser inspirador.
Bjinhoo
Tens toda a razão. A questão é que mesmo sem devias as pessoas mudam nas relações. Elas marcam-nos.
ResponderEliminarAcabei de ler isto e só pensava «tens toda a razão!», porque a verdade é que se temos de estar a ensinar o outro como é que as coisas devem ser é porque não devemos ser feitos à medida...porque quando é a sério parece que tudo fica simplificado e mesmo quando dá trabalho não nos importamos de o ter...
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