quinta-feira, 12 de abril de 2012

Queridas mulheres... (hoje para nós)

Por muito que já tenha sido ferida e por muito que já tenha ferido não compreendo aquele discurso de que os homens são todos uns brutos e uns broncos. Tenho reflectido sobre isto e das três, uma (ou então todas mesmo!). 

1) é uma estratégia adaptativa para ultrapassar desgostos amorosos, quando na verdade reconhecem outras coisas positivas;
2) as mulheres que rodeiam os outros homens não lhes dão espaço para ser o que realmente são, não os deixando confortáveis para ser além da superfície, porque, como costumo defender, acredito que somos com cada pessoa o que elas nos inspiram a ser;
3) eu tenho muita sorte e conheço exemplares masculinos raros.

Os homens que tive o privilégio de conhecer melhor até hoje são homens que se emocionam, tanto ou mais que nós, que se apaixonam, muito para além de qualquer natural pulsão sexual,  que sabem beijar a mão e a testa, que não têm medo do compromisso e que estão lá, sempre que é preciso. Claro que no meio disto tudo pode vir a descobrir-se que ainda gostam de coisas estranhas como Wrestling, que gostam mais de brincar com o comando do que de ver televisão, que disparam palavrões no trânsito com a fúria de quem poderia matar e que uma derrota do clube de futebol pode estragar um dia. Mas tudo isto é tão natural como ter um armário cheio e achar que não se tem nada, como sentir que um verniz de uma cor poderosa serve para redobrar a confiança ou como achar que podemos sempre precisar daquela coisa em que só pegamos uma vez por mês e que nos acrescenta 2kg à mala.

7 comentários:

  1. Concordo tanto contigo! Também não gosto nada desse discurso de que os homens são todos iguais, e cada vez que o oiço acho sempre que existe muita mágoa por trás dessas palavras. Ou má pontaria, talvez seja mais isso. Também tenho tido o privilégio de conhecer bons exemplos. Existem homens que não prestam, tal como existem mulheres que não valem um chavo, não há que generalizar. Sinceramente, ao longo da minha vida, tenho-me desiludido muito mais com elas do que com eles.

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  2. eu acho que é uma forma de nos protegermos e sofrermos menos quando algum homem nos dá um qualquer desgosto. é mais fácil pensar que são uns broncos e parvos e, portanto, é da natureza deles fazerem-nos sofrer, do que acreditar que são boas pessoas que simplesmente deixaram de gostar de nós ou que nós é que também contribuímos para que as coisas não correram bem.

    Eu tenho a sorte de conhecer alguns homens "em condições", mas olha que também conheço muitos broncos! :)

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  3. acho que pouca gente conseguiria descrever a situação de forma tão simples e clara, usando uma brilhante comparação com as nossas "birras"...

    então o resultado do jogo de futebol pode ser tão determinante como comprarmos ou não uma coisa (daquelas bem parvas que não vai ter grande utilidade).

    Não somos assim tão diferentes, é preciso é saber ver...

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  4. é que é mesmo isto! detesto quando dizem 'os homens são todos iguais'. não é verdade, e todas estamos fartas de o saber, só continuamos com esta história para nos sentirmos menos magoadas.

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  5. É tão verdade! É que eu tenho visto por aí muitas mulheres a deitarem abaixo esse lema de que os homens são todos iguais! Há homens fantásticos, como há mulheres fantásticas, como há reles versões de ambos os sexos.

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  6. Esta Mary Jane, sempre assertiva, sempre certa, sempre bonita (:

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