Na maior parte das vezes quando me perguntam se sou feliz, eu respondo que sim. E se calhar hoje respondo mais convictamente que sim do que em alturas em que me pensei mais inteira e completa. O que mudou? Talvez o facto de ter começado a encarar a felicidade como um trabalho. Não acredito em grandes bafejos de sorte, se bem que às vezes talvez os tenha, mas vou acreditando, embora hoje comece a ser cada vez mais difícil, em bafejos de mérito. E se calhar ser feliz também é uma coisa que, mais do que cair dos céus, se tem de merecer... porque ser feliz é algo que basicamente pode ser "treinado". E podendo ser treinado significa também que comecei a encarar este "ser feliz" como uma atitude perante a vida.
Ser feliz não é estar feliz - não são aqueles momentos maravilhosos de gargalhada espontânea - mas talvez ser, de uma forma mais constante, seja mais importante do que estes momentos maravilhosos em que se está. Claro que todas estas teorias são facilmente rebatidas por alguém que esteja a passar por uma maré gigante de azar, mas mesmo nas alturas em que me senti sem saída eu não deixei de trabalhar pela felicidade e acho que é o contrário que define quem deixa de ser feliz, a desistência, a assumpção de uma impotência total. A desistência é a desesperança. E aprendi que a esperança é das coisas mais importantes que podemos ter. Aliás, uma vez até li que o suicídio é uma doença de esperança. E a verdade é que enquanto esperamos alguma coisa fazemos, não desistimos. E é assim que eu tenho acordado: com esperança. Sei que hoje não tenho tudo o que quero (ou o que acho que quero - pode ser diferente), mas acredito que um dia terei. Assim, faço por ser feliz todos os dias. Para não cobrar a minha felicidade a ninguém, para não "responsabilizar" a minha felicidade a ninguém. Se alguém ma der estou grata, mas ninguém ma deve. É um dever meu. Por isso esforço-me por ser feliz todos os dias: luto pela felicidade, persigo a felicidade, insisto na felicidade. E dou-me ao direito de estar triste às vezes, porque se não estivesse triste às vezes, não saberia que sou feliz no resto do tempo.
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oh Mary, que post tão bonito. é assim mesmo que eu penso, eu tenho a obrigação de ser feliz. por mim e pelos outros, porque no fundo nada nos falta, temos pão na mesa e saúde e muito amor entre todos. se isso é suficiente para estarmos felizes todos os dias? se calhar não. se calhar há momentos em que esperneio e quero sempre mais e mais, mas também acho que isso faz parte. no entanto, tento sempre agarrar-me ao pensamento de que tenho tudo para ser feliz. e sou uma menina muiiito feliz :)
ResponderEliminarConcordo, eu acho que a felicidade de constrói com passos que vamos dando ao longo da vida...talvez por isso, às vezes estejamos tristes, pois tropeçamos ao andar...
ResponderEliminarSem dúvida alguma. A felicidade parte sempre de nós. Não podemos jamais em caso algum depositar a felicidade em alguém ou em alguma coisa, porque um dia nos decepciona, ou se parte etc. E concordo inteiramente, a felicidade é algo que se constrói, todos os dias um pouco mais. *
ResponderEliminarSer feliz não é estar feliz. E vice versa. É exactamente assim que penso! Gostei mesmo deste texto! :)
ResponderEliminarEu concordo contigo. Pode dar uma trabalheira desgraçada, mas não há nada que valha mais a pena do que estar e ser-se feliz. Eu sou, mas confesso que ultimamente não tenho estado muito. Mudei de país, estou longe da minha família e dos meus amigos, num sítio gélido. Mas estou a fazer de tudo para estar feliz aqui também. E tenho fé que vou conseguir estar.
ResponderEliminarAdorei Mary :) foram palavras lindas e cheias de verdade. Eu concordo inteiramente contigo e já há muito que sou feliz, todos os dias feliz em todos os momentos, com os meus altos e baixos...
ResponderEliminarBonito:)
ResponderEliminarEu acho que a felicidade é um estado da alma, é algo que vive (ou não) em nós, apesar dos tais maus momentos que se possam ter. Eu vivo feliz, sou feliz, e acho que até nos momentos menos bons eu procuro sempre uma compensação que me faça mais feliz ainda. Quando perco algo, não penso no vazio que fica, mas sim no espaço que ganho para algo novo ainda melhor. Se calhar, sou demasiado optimista, não sei.
Também concordo...temos de saber estar e ser feliz com o nosso dia a dia. E só devemos isso a nós próprios :)
ResponderEliminarTenho o gosto de poder dizer que sou feliz. Não me falta nada, tenho trabalho, um namorado maravilhoso, uma família super unida. Em 98& dos dias sinto-me realmente feliz.
ResponderEliminarQue texto bonito =) Gostei do que escreves-te e concordo, mas por vezes a felicidade não depende só de nós! Temos sempre de lutar por isso sim!
ResponderEliminarJá tinha pensado nisto... Eu acho necessárias das duas coisas. Os momentos de felicidade espontânea e a luta para se ser feliz.
ResponderEliminarCom os outros não sei como funciona, acredito que mude de pessoa para pessoa, mas eu preciso de me sentir realizada ao mesmo tempo que lute por algo. E no meio disso ter aquelas coisinhas que me satisfazem, fazem rir ou sorrir. Sinto-me incompleta sem uma coisa ou sem outra.
Eu tinha redigido respostas longas e belas a todas, mas o meu pc resolveu desconectar-se do cabo da electricidade e puft. Fiquei frustrada, portanto fica só um grande beijo e um largo abraço a toda esta comunidade da felicidade e auto-suficiência!
ResponderEliminarEste texto está simplesmente perfeito e fez-me perceber que sou feliz, mesmo que não esteja feliz! (:
ResponderEliminarmii,
ResponderEliminarperfeito é muito, mas ainda bem que gostaste e que te fez chegar a essa conclusão tão importante!
é que é mesmo isso! Perfeito
ResponderEliminarM,
ResponderEliminarse uma futura psi o diz, esta avaliação tem credibilidade.
Ámen!
ResponderEliminarBelo texto. Gostei muito!
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt