Há momentos em que a minha mãe tem lapsos mentais severos. Eis um breve exemplo de uma intervenção que fez dirigida à minha irmã.
- Já viste, ele acha que a mãe dele é a Mary Jane! Deve ser porque são parecidos... no cabelo!
O garoto passa a maior parte do tempo a dormir ao meu lado. É fedorento, mas acho que já me habituei ao cheiro. No primeiro dia em que chegou tirou a primeira soneca nas minhas pernas à chinês ali a perfilar uma caminha improvisada no chão, depois de eu ter percebido que embora tolo de sono não se deitava no chão (sentava-se e levantava-se) porque estava demasiado frio. Ferrou o galho aos primeiros 5 minutos perfeitamente enroscado e encaracoladinho nas minhas pernas e eu não me mexi durante uma hora sentada no chão frio para não acordar a criatura. Não estava a comer a ração, mas eu dou-lhe os meus dedos a lamber profundamente e vou enfiando os chocapics dele dissimuladamente um a um. Quando é passado para outros colos e eu estou presente não tira os olhos de mim. De resto, quando não está a dormir está a destruir coisas, designadamente as próprias gengivas que já estão todas ensaguentadas depois de tratar de destruir o parquinho que o meu pai fez artesanalmente com toda a dedicação. Logo ao primeiro dia arrastou cheio de talento o parquinho e esquivou-se por baixo. O meu pai foi buscar pesos ao ginásio. Já não se escapa, está a tratar de comer a madeira para escapar. À noite quando vou dormir deixo-o na caminha do parquinho. Ele sai da cama. Chora que se mata.
Eu vou embora.
Eu espreito.
Eu vou embora.
Eu espreito, ele vê-me, cala-se e fica de cabeça pendida para a esquerda.
Eu vou embora.
Eu espreito e fico de coração partido porque não vejo aquele rabinho a abanar freneticamente qual para-brisas em dia de muita chuva.
Eu espreito e fico de coração partido porque não vejo aquele rabinho a abanar freneticamente qual para-brisas em dia de muita chuva.
Eu vou embora mesmo.
Eu ouço-o a chorar desalmadamente.
Eu fico a sofrer com o raio do choro desalmado e só me apetece ir resgatá-lo para a minha cama.
Mas não. Este cão é macho. Este cão é Thor, o deus do trovão. E há-de ser cão para me defender, não para eu esconder na cama.
Custa tanto! Mas é assim que se educam! Aposto que é a criaturinha mais fofinha do mundo!
ResponderEliminarClaro que sim :D
ResponderEliminarDEixa-o crescer que vais ver !
Isso lembra-me os primeiros tempos com o meu Nero! :p
ResponderEliminarSe é o Thor então tens que ter cuidado com o martelo dele :P
ResponderEliminarGostei do nome do bichito...
ResponderEliminarMas ele é "fino", foi logo deitar-se nas tuas pernas... É de pequenino que se torce o pepino... Tenho a breve sensação que o bichito tá apaixonado por ti...
ehehehhehehhehe
Kiss**
P.S.- A mim também me custou habituar o meu, mas, depois eles acabam por perceber!**
Que fofinho! Ele só quer é miminhos pelo que leio ;)
ResponderEliminarOhh, que querido! (: Custa, mas tem de ser!
ResponderEliminarSe custa, mas tem que ser..
ResponderEliminarCarolina.,
ResponderEliminaruma das, uma das :P
Palavra Já Perdida,
enquanto isso não acontece desthorca-me :D
Jude,
acho que todo o cachorro tem um modo inicial de exploração do mundo sem limites que dá cabo dos nervos a uma pessoa.
Jedi,
martelo? Hum?
Pestinha,
bichão para ti :) Eu também estou madly in love por ele.
P.S. - Eu sei, já é o meu quarto :P
Jovem,
miminhos + destruição.
miii e Opinante,
e a vantagem é que enquanto isso crescemos os dois :)