quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Às 10 da manhã pensei que tinha o dia destruído

Isto porque houve de tudo neste piqueno ser que sou eu, assim de súbito, e sem que qualquer previsão antecipada o anunciasse: nuvens, trovoada e chuva! No fim ficou uma pequena trombinha que, uma hora depois, eu era capaz de jurar que ia durar até ao Natal: 

1) para dar nas vistas no Natal;
2) para que as pessoas vejam que não é Natal porque sim mas que têm de fazer Natal everyday;
e 3) mais do que todos os outros motivos porque fiquei telhuda e pronto.

E tudo foi intensificado porque, e como se já não tivesse temperos suficientes, nesse momento de intempérie, que era suposto durar 10 minutos e não o dia inteiro, lembrei-me de pensar em quem me faz falta. Em quem me faz falta para poder rosnar no pré, durante e pós as tais intempéries porque, nestes momentos, sou uma rapariga complicaaada e não gosto de incomodar toda a malta com os meus males e normalmente elejo apenas um fiel depositário da minha confiança para sofrer os efeitos da maior telha à face da terra (sortudo, portanto!) e para todo o resto do mundo sou uma criatura a quem nada afecta. Ao constatar que, neste momento, não há o tal fiel depositário da minha confiança o que é que aconteceu? Chuva. E já chorei tanto hoje... Ainda bem que existes tu, querido belógue, e que eu posso fazer de conta que não estou a queixar-me perante, quiçá, centenas de pessoas e posso dizer parvalheira a toda a hora...

Nevermind... Agora que comecei o chorrilho de desgraças há que acabar. Senti que, para mim, se não chegar entretanto, o fim do mundo podia ser hoje. E apeteceu-me mandar tudo à fava. E senti-me incapaz. E esperneei mentalmente que o dia estava perdido e que não ia conseguir fazer mais nada. Consegui. Agora as águas estão mais calmas. Não estou a pular de entusiasmo, mas estou viva e já mandei umas bocas e brinquei com as pessoas... 
Por fora, estou quase normal apesar de ainda guardar um mutismo selectivo e doído. 
Por dentro, por entre muitas inspirações e expirações e sorrisos forçados - porque diz que às vezes o nosso cérebro é estúpido e mesmo movimentos faciais forçados disfarçados de sorriso são capazes de conduzir a bela da dopamina - prometo a mim mesma, hei-de safar-me desta. 

Ainda não sei bem quando, mas hei-de safar-me.

7 comentários:

  1. todas temos momentos assim, querida. eu de vez em quando também desce sobre mim uma telha do tamanha do mundo, e sou bruta, e ralho, e falo mal, e às vezes choro. somos mulheres, temos de ser um bocadinho inconstantes e frágeis psicologicamente ;p eheh
    claro que quem sofre são os fieis depositários, o meu então está sempre a levar por tabela, mas olha que as mães também são muito boas nesta tarefa. as minhas telhas são tão grandes que tenho de dividir as consequências pelos dois x) eheh
    amanhã é um novo dia * forcinha

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  2. Sim, há dias assim, mas amanhã é um novo dia e vais ver que o sol já brilha. O céu até pode estar cinzento, mas estou certa que dentro de ti o sol vai voltar a brilhar, ou não fosses tu uma guerreira e uma grande mulher, com trovoadas, chuva, nevoeiro e tudo o mais...
    Quanto ao desabafo no blogue, estou contigo, ainda bem que temos o nosso blogue, onde podemos escrever sobro o chorrilho de coisas que nos vai na alma... e depois passa e passa mesmo. Bjs :D:D

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  3. Há dias em que fico exatamente como tu. Há dias em que não estamos bem e pronto. Há dias em que achamos não aguentar mais. Mas esses dias só fazem os outros serem muito mais especiais :)

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  4. Ai de ti, claro que te vais safar dessa, que conversa MJ :) um dia começa mal, acaba mais ou menos e amanhã é perfeito!

    beijoca*

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  5. Todas as "quedas" têm um intuito, por muito que não o consigamos ver. As tuas mostram-te que com fiel depositário, com o blog ou até mesmo alguma chuva, tu ultrapassas-as.
    Lembra-te que o que não têm solução, solucionado está e, como eu costumo dizer, com aquilo que temos fazemos o melhor que conseguimos.

    E tu consegues tantas coisas cheias de tanto Mary Jane...

    Um abraço forte!

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  6. Hermione,
    Querida, querida, querida, digo eu :) Já és um ombro tão próximo aqui na comment box que quando faltam os teus mimos eu até estranho. Neste post precisamente tinhas de ser a primeira. Mulheres ou homens acho que estas pequenas crises fazem parte da condição humana e enquanto passam no dia seguinte e não andamos uma vida de trombas não estamos nada mal, não é?

    Gaja Maria,
    estive cinzento comó caraças, foi um dia de muita corrida em que mal me sentei no gabinete, mas all in all, estevesse bem e cá dentro já existiam alguns raios de sol, sim :)

    Vou escrever estas palavras em tamanho XL e olhar sempre para elas estilo mantra "ou não fosses tu uma guerreira e uma grande mulher"

    V*,
    ora aí está uma moral que poderia ser mary janística, é tal e qual isso. São estes dias que correm mal que nos mostram que afinal todos os outros são bons dias e correm bem.

    aNa Martins,
    mega hug :D Porque tu sabes tornar dias impossíveis em dias perfeitos.

    S.o.l.,
    aiii, já te escrevi uma coisa e estas palavras que deixaste vêm dar tanta razão ao que escrevi. Estás um espectáculo mulher, que dose vitamínica de optimismo.

    Jo,
    :)

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