Este não vai ser um post com votos tradicionais de alegria e bacalhau na mesa - embora também os faça. É mais um post sincero pois é escrito de acordo com o que eu sinto, que às vezes não é exactamente a sinceridade que é, mas é a sinceridade do meu coração, a sinceridade que vai cá dentro, aquela que prometi - desde o início do blog - ter aqui.
Pronto, largadas as piroseiras iniciais venho contar que passei parte de sexta e o sábado todo dedicada a um presente personalizado para o amigo secreto, neste caso amiga, que me calhou no jogo entre amigos. Deu-me algum fôlego, como deram os vossos mimos.
Há 10 anos que não tinha um Natal solteira e, se querem saber, não, não gosto muito. Lembro-me bem de andar a distribuir prendas o dia inteiro - tantas das quais personalizadas, num ritual igualmente personalizado - e recordo sobretudo a expectativa de dar, a espectacularidade de dar, a surpresa na reacção do outro. Passada a fase de acreditar no Pai Natal esta era a minha magia.
Pensei que podia trocar as voltas à história e descobrir que se passasse o mesmo tempo dedicada a alguém ou a alguma coisa a magia natalícia podia renascer em mim, mas no sábado à noite - por muito que a pessoa se mostrasse surpreendida - por muitas que fossem as mãos e olhares curiosos a deambular pela minha surpresa, por muito que tenha sido engraçado, que tenha rido muito e sido feliz naquele momento, ficou, em mim, no final de tudo, uma sensação de estranheza. Sensação de estranheza que, pacificamente, concluí que não tem que ser má: fala apenas da diferença. Talvez esteja a racionalizar a coisa, mas a verdade é que não foi a mesma coisa - por muito que mais uma vez tenha tentado repetir uma receita que julgava infalível - porque não tinha de ser. A magia de Natal este ano é outra e pronto. Não é por faltar uma pessoa ou outra - que nem falta, simplesmente já não está - que vou injustamente deixar de gostar do Natal este ano. Em primeiro lugar porque estão presentes tantas pessoas que me são importantes e das quais, eu sei, sentiria mais falta. Portanto hoje, vou aceitar que o pensamento me fuja ocasionalmente - já se sabe, estas datas são tramadas! - mas, sobretudo, vou sentar-me tranquilamente a aproveitar sorrisos, filmes de animação e os momentos de humor familiares que nesta quadra, felizmente, abundam.
Adoro sapateira com tostas como entrada no natal :D
ResponderEliminarGrande testamento (li na diagonal, confesso).
ResponderEliminarFeliz natal para vocês :).
O meu pensamento foge sempre nestes dias, por um motivo ou por outro. Mas o Natal continua a ser das minhas épocas preferidas.
ResponderEliminarFeliz Natal!
Acho que fazes bem, deixa esses pensamentos para tantos outros dias e hoje vive intensamente a alegria do natal ao lado de quem está contigo! Bjinhos***
ResponderEliminarEu adoro dar, adoro preparar surpresas, é essa a minha magia, este ano não tive tanto entusiasmo, faltou-me qualquer coisa sei lá. mas hoje sinto-me particularmente nostalgica, mas em breve, quando todos se juntarem em casa estará tudo calmo. A magia está no nosso coração, não há palavras lamechas.. há sim sentimentos.
ResponderEliminarQuerida, um dia feliz sim! :D
acredito que seja muito difícil Mary, mas tens de te esforçar para continuar a gostar da magia do natal, apenas tens de a procurar noutras coisas... beijinho, feliz natal *
ResponderEliminarBernardo,
ResponderEliminarmas alguém perguntou qual era a entrada favorita? :P
Manuel,
possa, se era um testamento tinha coisas sérias, era para ler tudo :)
Carolina.,
gosto disso :)
Jovem,
já está a alegria toda vivida e comida lololol. Estou com um enjoo tal de tanta mistura de doçaria...
aNa,
mandaste embora a nostalgia e ficaste só com os sentimentos bons, right? Se não vou já aí com o chicote. Beijoca :)
Hermione,
é um bocado difícil, há coisas bem mais chatas :) E claro que continuo a gostar do Natal e tenho a certeza que virão aí natais cada vez mais cheios!
Aproveitar os bons momentos, é isso mesmo :)
ResponderEliminarJo,
ResponderEliminartu praticaste o aproveitamento dos bons momentos? ;)