quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

1/4 de século: happily on the way to you

Estou - e ainda que reconheça que há estados que em mim só duram até à semana seguinte - finalmente sem pressa. 2013 lembra-me quase diariamente que estou prestes a completar 1/4 de século. Mas lembra-mo sem angústia nenhuma. Assim, ao contrário do ano passado em que me pareceu não ter qualquer motivo para me festejar, este ano estou com vontade de me comemorar muito.

Sinto-me em paz, feliz, tranquila... Capaz de olhar à minha volta e acalmar o pedaço de mim que grita por taquicardia ao cruzar do meu olhar com outro, por palavras impensáveis, pelo beijo que se sente que não é só mais um e pela sensação de aconchego num abraço que não se troca por nenhum outro.  Estou, enfim, capaz de acalmar o pedaço de mim que grita por romance como se fosse algo intrinsecamente indivisível da minha vida. Provavelmente é mesmo. Mas se não aconteceu ainda foi porque não tinha que acontecer. Se há dias dizia que não sei o que quero, hoje, e porque nada melhor do que me desdizer a mim própria, digo que talvez até saiba muito bem... E por isso é que ainda não foi: quando for, vou estar, como em tantas outras situações exigentes da minha vida, firme e segura. Por isso estou capaz de olhar para a minha idade cronológica e pensar que sim, não há problema, até tenho tempo para chegar onde quero e os bons partidos não necessitam de estar todos tomados já: Olha para ti, gaiata, és um bom partido e estás solteira. Claro que olhar à minha volta também ajuda a relativizar. A E. tem 35 e não tem namorado. A T. tem 40 e tal e também não tem. Depois quase que ouso pensar demoradamente naqueles momentos em que a E. diz, com os olhos rapidamente a ficar embaciados, que adorava mas tem a certeza que não vai ter filhos - sei que tal como eu sonho chegar aos 35 acoplada a um homem e já com uma criança nos braços, ela provavelmente também o sonharia. - e pensar na T. e no E. que vão casar e nas vezes em que diziam que eu e o ex-ele seriamos os primeiros da nossa geração. Mas resolvo. Resolvo quando penso na minha avó a dizer os últimos são os primeiros e, mesmo que velha caduca, sei que hei-de ser a primeiríssima de alguém e encontrar o meu ultimíssimo.

28 comentários:

  1. Sinto-me igual. Sinto-me muito parecida contigo no que toca ao "desespero" de te romance na minha vida. Como se não soubesse viver sem amor, sem aquela paixão maior do que nós próprios. Prefiro acreditar que alguém está-nos a fazer passar por um teste e que vamos ser as melhores a ficar para o final :)

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    1. Acho que o que do meu lado melhorou foi perceber que estou em processo essencial para o saber viver cada vez melhor :)

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  2. Estás QUASE?

    Mete mais tabaco nessa cena.

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  3. Gosto de pessoas assim, de bem com a vida. :) Apesar dessa falta de romance, pareces estar bem... mas reconheço que o romance dá a pimenta à vida.

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    1. Pode ser coisa do dia, mas hoje sinto-me mesmo mesmo feliz :)

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  4. A idade é só um número e não prediz nada. Chegar as 25 sem namorado não é um drama, nem nunca o há-de ser em idade nenhuma. Acredito que o amor surge em qualquer idade e em qualquer altura da nossa vida, quando menos esperamos. E uma pessoa maravilhosa como tu há-de encontrar a sua metade, também ela maravilhosa, quando assim tiver que ser. Sem pressas, sem dramas. Porque só assim faz sentido.

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    1. Que vontade de te dar um abraço XL e uma beija! É bom ver que continuas a acreditar tanto em mim :)

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  5. O tempo em que se está sozinho também serve para nos conhecermos e amarmos mais a nós próprios. É uma espécie de preparação para o grande romance que está para chegar!:p Mas o mais importante é mesmo essa serenidade que sentes - sem pressas de que chegue mas com a sensação de que, se chegar, vais estar preparada para o aceitar. E quem sabe, a pessoa que te está destinada (se existe tal coisa como o destino), não está neste momento a sentir-se preparada também! ;)

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    1. É isso mesmo, a serenidade :) Quanto às preparações se for em breve óptimo, se for mais tarde sinto que não será isso a fazer com que deixe de apreciar tanto como estou a apreciar este momento da minha vida!

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  6. Se há coisa que eu já aprendi é que não há uma idade para nada, e a vida muda muito depressa. Aquilo que queremos aos 25, podemos já não querer aos 26 (quanto mais aos 30 ou aos 40!). E não há uma idade certa para viver as coisas, nem nunca somos demasiado novos ou velhos. Relax:)

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    1. Se há coisa que eu aprendo contigo é que em qualquer idade serás sempre a maior Ana da blogosfera :D

      Aprecio tanto a tua ligeireza!

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  7. o segredo é mesmo esse. estarmos e paz connosco próprias e com o que nos rodeia. depois sim, temos o coração pronto a amar, e quando for altura disso saberás. sem pressões.

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    1. :) Não sei se é o segredo, mas sinto-me num equilíbrio bom!

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  8. Para já, viva a geração de 1988! (em que eu também me enquadro, mas isso há algum tempo que te apercebeste...)

    E quanto ao resto, não há pressa, e é quase sempre quando menos se espera...boa sorte!

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    1. Não desejes sorte que a coisa fica a soar-me ou a competição - e ainda hoje escrevi que não gosto - ou a uma coisa que só os abençoados atingem!

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  9. Por vezes também sinto falta de romance na minha vida. Digo, não é falta do romance propriamente dito (ou talvez seja), penso ser falta de ter alguém do meu lado que acredite em mim quando eu própria desamino um pouco. A verdade é que desde que fiquei solteira novamente que aprendi a gostar de mim como nunca tinha gostado, e seria incapaz de trocar isso por alguma coisa na minha vida. Tornei-me muito mais segura e independente. Principalmente tornei-me uma pessoa com fé em mim. E isso é amor, amos por mim próprio. Se eu não gostar de mim, quem gostará? Acredito que quando me voltar a apaixonar será muito mais intenso e verdadeiro, uma vez que me sinto bem comigo e poderei fazer alguém sentir o mesmo.

    Beijo

    C.

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    1. Disso confesso que não sinto falta, até porque acho que sempre me soube acreditar em mim. Mas por outro lado do mimo sim sinto falta, porque às vezes também caio e também choro e aquela figura que estava lá a limpar-nos as lágrimas mesmo após a maior das patetices é uma coisa muito agradável.

      A mim ficar solteira não me trouxe o gostar de mim como nunca gostei - porque até acho que gostava e gosto bastante :) - mas uma maior independência. Assumo que em alguns aspectos estava completamente dependente. E adorei a tua conclusão do comentário!

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  10. Mary Jane, 25 anos são a flor da idade! Não acho, mesmo, de todo, que seja um drama não teres namorado ou ainda não teres encontrado a tua metade! Pensa que ela anda por aí e mais dia, menos dia, encontram-se :)

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  11. Para ser completamente sincera acho este post profundamente infantil. Tenho mais ou menos a mesma idade que tu e tanto me faz se conheço pessoas com mais 10, 15, 20 anos do que eu e solteiras! Com se um relação definisse a vida de alguém! Como se 25 anos fosse tarde para te apaixonares! Na adolescência perceberia este tipo de dúvidas existenciais melodramáticas, mas na idade adulta acho simplesmente patético.
    I.M.

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    1. Gostei da sinceridade deste comentário e até concordo com ele! Acho que serei melodramática para sempre e o blog é o meu espaço por excelência para dar asas ao meu melodramatismo! Um melodramatismo que é tão saudável que no dia-a-dia em nada me afecta e que na maior parte das vezes me ajuda a rir de mim própria. Não é tarde nem cedo para me apaixonar, já me apaixonei e gosto bastante da versão de mim apaixonada. De vez em quando é que o saudosismo e os sentimentos que naturalmente afloram com a escrita resultam nisto! Não sei se és visita regular ou não, mas se fores certamente perceberás como grande parte do que escrevo tem um tom jucoso :)

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  12. 25 é um número engraçado. Os meus 25 marcaram o início de uma grande aventura minha que ficará como das melhores da minha vida. É uma idade que guardo com carinho mesmo não tendo sido assim à tanto tempo. Também estava sozinho na altura mas sinceramente não me importei nem um bocado. Estava feliz!

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    1. Não tenho nada de incrível previsto para acontecer aos 25, mas como ainda falta, não se sabe :)

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  13. Quando tinha 25 anos não pensava muito nisso. Ou melhor, às vezes pensava, e questionava-me se já não estaria velha para essas coisas. Agora aos 30 vejo que aos 25 era tão pequenina e aos 30 ainda tenho muito para viver. ;))))

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    1. Gosto dos teus 30 :) Gosto dos meus daqui a muitos meses 25... Veja-me grande ou pequenina quero sorrir quando olhar para trás!

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