sábado, 27 de abril de 2013

Chegou o grande momento...

Imaginei-me num quase-desmaio, porque desmaiar de verdade nunca aconteceu e eu achei improvável desmaiar; imaginei-me num repente mais empolgado, de dedo em riste, a pedir o livro de reclamações, porque somos todos muito críticos, mas não no sítio certo; imaginei-me até a proclamar inflamada "Se é consigo eu não vou, vou já embora!" e todo um rol de mini-dramas que couberam numa viagem de carro de casa à clínica de análises. Isto porque, da última vez que fui tirar sangue - só das coisas que mais detesto no mundo e universo incluído - e de ser picada vez à vez nos dois braços, com a tipa a repreender-me como se eu tivesse culpa de ter veias que não apareciam e ainda, a descrever, ao detalhe - a mim que olho para a luz para não ver seringas e sangues e pois claro que está visto que não dava para as drogas - que o sangue até esguichava para fora, mas não ia para a seringa, eu decidi que não havia de ser ela a tirar-me sangue.

E não foi. Não foi porque, lucky me, quando cheguei não estava lá ela. Não estava lá ela, mas estava uma jovem criatura a quem anunciei, pendurada num balcão em que não precisava de me pendurar de todo para ser vista e ouvida, que me sentia muito mal a tirar sangue. M-u-i-t-o m-a-l m-e-s-m-o (para o caso de dúvidas restarem).

A senhora/menina/mulher tratou-me com o carinho de quem trata uma criatura 10 anos mais nova do que eu (ou mais) e das duas uma, ou achou que eu era uma criatura de tal idade pela aparência jovial ou achou que as atitudes se tratam conforme se exibem e eu, com o medo de uma miúda, merecia o tratamento de uma pequena miúda. E assim foi, deitadinha na maca, lá ela me apertou o braço e esperou pacientemente, enquanto me esfregava um algodão no braço, que uma veia decidisse aparecer. Assim que apareceu foi de uma vez só.

Ia embora e a entrar, com ar de quem estava pronta para me devorar viva, apareceu A OUTRA! Pensei cá para mim "Querias, bitc.... Ahhhh, espera que sou uma rapariga educada. Querias, mas fica para a próxima!".

2 comentários:

  1. Era bem mais difícil tirar sangue há uns anos atrás. Não por ver sangue, mas porque me dá ideia que quando era mais pequeno as enfermeiras eram mais ríspidas. Se bem que também sermos mais irrequietos em pequenos não facilita lá muito a tarefa a elas...

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