domingo, 26 de maio de 2013

Os homens, não da minha vida, mas na minha vida IV

Ele é o A.. Gosto dele. Gosto mesmo. Talvez goste ainda mais da perceção que tenho de que ele acha que um dia não tenho nenhum sítio onde cair que não seja o colo dele e como parece apenas esperar que o dia do meu sossego emocional e da minha procura por sabe-se lá o quê cheguem e que eu própria, então, chegue ao fim onde devia ter estado sempre: ao lado dele e dos espécimes com quem ele habita. Gosto que ainda assim me dê espaço, que brinque, mas que não me esteja sempre a apontar o colo.

Por outro lado acho que ele é completamente lunático. Não sabe nada de mim. Como é que podemos gostar de alguém de quem não sabemos nada? E tem idade para andar a mudar fraldas e ainda anda por aí a brincar ao faz de conta, não querendo sequer pensar em fraldas. E faz-me festas na cara da mesma forma que faz aos bichos.

Não podia haver ligação mais improvável, penso eu, e acho que ele acha que fomos talhados pelo universo porque eu até...

a) não fumo;
b) sou magra;
c) tenho um trabalho e não consigo estar sem fazer nada;
d) sou mentalmente estimulante.
e) não tenho mais de 25 anos mas para ele é como se tivesse.

Já disse que sou magra, graça genética, porque de resto sou um desastre com cremes e cenas, como o que me apetece e não faço assim taaaannnto exercício físico; que tenho trabalho até fim do próximo mês e depois sabe-se lá; e que de facto não tenho mais de 25 anos e sou tão moody como uma adolescente, mas tudo parece servir ao raio do homem! Tudo porque a lista de requisitos é básica e fácil de preencher, digo eu, já que apesar das lacunas que lhe apresento, ele diz que me encaixo lá. Difícil, diz ele, é sobretudo conjugar o mentalmente estimulante com as outras características, e eu, na verdade, sinto-me um bocadinho mais especial quando ele diz isso e apetece-me instantaneamente encostar-lhe a cabeça ao ombro...

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