segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Summer que há em mim - Parte 2

Caríssimos, 

já todos se aperceberam certamente do calor que se faz sentir hoje. Não me queixo do calor, porque sou amiga do Sol. Sou tão amiga que até ando sempre atrás dele - consulto a meteorologia obsessivamente para ver quando é que os próximos dias quentes se aproximam. Assim sendo, não me queixo do calor! Verão que se preze é mesmo assim. Combate-se o calor com muita água e uns belos mergulhos que é o que não tarda nada vou fazer. Para já, e com o cérebro em estado de derretimento, vou continuar a contar-vos pormenores sobre a Summer que há em mim. Qualquer coisinha que vos assuste, culpem o calor, não me culpem a mim.

Quando estava no 9º ano tive o meu primeiro namorado, o B. - namorado esse que hoje é um excelente amigo e orgulho-me que seja alguém que me diz seja o que for sem preconceitos ou sem complexos de me ferir - acreditem em mim, é bom que na nossa vida exista sempre alguém assim. Conclui-se, pois, que sem precisar de me ensaiar nos anos anteriores em beijos de língua cheguei onde queria. 
Acontece que no 10º ano, numa escola em que não estava o meu namorado, vi-me alvo das atenções masculinas como nunca. Julgo que para tudo isto contribuísse o facto de aparentar estar livre e desimpedida. Ironia das ironias, as atenções masculinas dirigiram-se a mim no período da minha vida em que me encontrava mais débil fisicamente - tinha acabado de ser operada aos dois joelhos. Assim, depois das Férias de Natal e de mais duas semanas de cama sem ir às aulas, passava os meus dias sentada na mesma sala de aula, assim como os intervalos eram passados dentro dessa mesma sala - ou seja não estava propriamente nas melhores condições para me armar em sedutora, aliás, não fazia nada por isso (pensava eu, pensava eu - não percam os próximos capítulos é o que vos digo). Será que os homens também têm dentro deles um instinto de cuidadores que fez com que subitamente se sentissem todos atraído por mim? Ou por outro lado será que foi o meu estado débil e frágil que fez com que fosse aos olhos deles uma presa mais fácil? De facto, seria hipócrita se não admitisse que todos os mimos que me dedicaram, que todas as vezes que me levaram ao colo da sala para o carro, não me souberam maravilhosamente bem. Sentia-me o centro das atenções e gostava mesmo disso. Sentia-me verdadeiramente uma princesa (por mais piroso que isto seja...). Apesar de me sentir assim, na minha ingenuidade, achava que vocês eram só uns rapazes amorosos e simpáticos. Isto até começar a somar 2 + 2.
O T. começou por ser o mais flagrante. Tomou a iniciativa de vir de uma carteira do fundo da sala para aquela que ficava exactamente atrás de mim e começou a ficar durante os intervalos comigo. Conversávamos muito. Ele começou por argumentar que veio para o meu lado (não fosse eu pensar coisas) porque estava interessado em estudar como é que os "crânios" funcionavam. Prometeu que faria este estudo e que depois se ia embora. Mas nunca mais foi. 
O T. era um filósofo, poeta e músico. Esta conjunção resultou num primeiro teste de filosofia verdadeiramente assustador, tão extravagante que a professora não pode aceitar tão bem como ele queria as suas respostas. Ficou frustrado, eu consolei-o. Confesso que adorei Filosofia, mas, no fundo, acho que todos desejamos poder filosofar muito mais do que os testes nos deixam e estes, salvo excepções em que se tem professores fantásticos, acabam por ser uma desilusão por não nos permitirem discorrer tão longamente quanto desejaríamos. E digo isto eu que tive uma nota fabulosa a Filosofia, porque desde cedo percebi que o segredo para ter boas notas é perceber o que os professores querem e fazê-lo - cada professor tem o seu estilo, temos que o perceber e aplicar =P Sou muito prática. Bom, voltando ao T., o T. fazia as delícias de várias meninas lá na escola, era alto, tinha cabelo escuro e olhos azuis e, como se faz adivinhar pelo que já fui dizendo, tinha conversas profundas (filosóficas), escrevia e tocava guitarra, além de que também cantava - basicamente era um poeta com quem não era difícil simpatizar.

                                                                           (... to be continued)

Hoje conheceram o B. e o T., mas ainda há o P. e  o R.. Muito pouco se faz ainda adivinhar acerca da Summer que há em mim, portanto, se têm paciência para ler e se estão a gostar, mantenham-se ligados!

14 comentários:

  1. Adorei mais este bocadinho de história *-* fico à espera de mais! :D

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  2. os Action Man servem para mudar as lâmpadas, para violentar eventuais predadores ou para loucuras temporárias. preciso mais do que isso ..

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  3. Uau. Estou a sentir-me ultrapassada.
    O meu primeiro namorado foi aos 16 anos, no 11ºano. E durou, durou...

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  4. Ahahah xD esta historia promete mesmo! Obrigadissima por passares pelo meu cantinho :) Vou ficar atenta a esta aventura que descreves!

    p.S.: Eu tambem adoro escrever escrever escrever nos testes de filosofia! Graças à minha prof. que tinha paciencia para os corrigir e sempre tive muito boas notas a essa disciplina. :) Mas agora ja nao a volto a ter. Agora fico-me pelas conversas como o T. ;)

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  5. Já vi ambos os filmes e gostei bastante! Já viste o Whatever Works? Vi.o na primeira versão de Home Cinema Week que fiz e gostei imenso.

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  6. Bem, ando rendida a esta mini-série! Que tal uma edição em papel?! =P

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  7. o mesmo de sempre: muito obrigada por aguentares esta leitura e por gostares;

    Mara: eu acreditava que o Ken era um vaidoso e que o Action Men é que era o verdadeiro homem de mi bida!

    C'est la vie: Já fiz um esclarecimento pessoal :)

    Rita da Maçaroca, eu é que agradeço pelo facto de retribuíres a visita e de conseguires ler TAMANHO texto.

    'Stracciatella: Já vou tratar de arranjar esse! Muito, muito obrigada.

    MissBlueBuble: Reconheço as minhas limitações e sei que as minhas divagações só valem este pequeno, mas muito prezado, blog :)

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  8. Que fixe, sempre adorei estas história, fico á espera de mais...

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  9. Agora tou curiosa, quero saber o resto!

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  10. Jane: amanhã, em princípio, virá mais :)

    'Ferreira: Ainda bem ;)

    Olhos Dourados: Por acaso eram e são. Felizmente ainda somos todos amigos :)

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  11. É interessante conhecer a evolução dos teus romances e desromances :)

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  12. Acredita que vou voltar pra saber mais :b

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  13. Menina do Chuveiro e Carina, só vi os vossos comentários hoje. Entretanto não ganhei fôlego para escrever mais porque achei que isto estava a ficar meio novelesco, mas vou pensar em continuar, prometo :)

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