domingo, 31 de outubro de 2010

Este não é um post fútil

Após uma semana desaparecida em combate, tenho a dizer que esta dádiva de 1 hora é uma coisa fantástica! Parece que o tempo esticou, esticou, esticou! Mesmo tendo milhentas coisas para fazer, sempre que olho para o relógio fico encantada com o facto de me parecer que hoje o dia corre mais devagar.

Claro que logo à noite vou estar a bater com a cabeça na parede arrependida desta minha ilusão, porque já ontem andava nas nuvens. Andava nas nuvens mas com os pés no chão! Resolvi dedicar a tarde (como se tivesse muuuiiito tempo) a procurar umas botas em toda a lojinha da cidade, mas pois que o preço das queridas oscilava entre os 120 e os 200 aéreos, quantia suficiente para me depenar para o resto do mês. A modos que bati o pé e recusei tal situação. O meu comportamento foi brilhante e, efectivamente, encontrei estas queridas da Coolway a 63 euros!



Rasas e confortáveis. A única diferença das minhas é que são num tom camel. Pareceu-me um negócio da China! E teria sido um negócio da China não fosse eu ter ficado deslumbrada por um piqueno casaco estilo aviador da Pepe Jeans que açambarquei logo a seguir.

Ah, e este não é um post fútil, queridos. Toda a mulher tem direito a isto pelo menos uma vez por mês.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eu denuncio-me, sou caranguejo...

Nem uma alminha acertou! Devo ser uma "carangueja" muito camuflada! 

Esta brincadeira dos signos surgiu porque na localidade onde estou a estagiar há o culto da "morada aberta". As pessoas acreditam não só nos signos, mas também, e muito, em bruxas! Tanto que em muitos, mas mesmo muitos, casos nós (psicólogos) somos o último recurso, o recurso depois da bruxa... Inclusivé, as ditas bruxas são nossas clientes e, tantas vezes, vêem mais pessoas no gabinete para além de quem está fisicamente presente (se bem que não estão lá no gabinete para fazer previsões, ou seja, segundo a minha orientadora não insinuam o assunto, de quando em quando lá fazem surgir casualmente umas coisitas).

Eu ainda não convivi com isto. Só fui avisada. E se falar de signos é engraçado, ainda não sei como vou encarar uma consulta com seres do outro mundo, mas veremos!  É que o que são coisitas para as senhoras da àrea, para mim são arco-íris nunca antes descobertos! A bem dizer, nunca reflecti muito sobre o assunto. A minha orientadora aconselhou-me a respeitar e nunca a contrariar... E claro que respeito, porque uma das bruxas do sítio é quem nos envia mais clientes. Trabalhamos, portanto, em ampla colaboração e numa equipa multidisciplinar.

grayskymorning.tumblr.com
Pessoalmente para já digo-me céptica e duvido muito disto, mas rapidamente dou por mim a pensar que se me dissessem alguma coisa que não gostasse ia ficar extremamente preocupada e perturbada. É isto e dizer que não sou supersticiosa e nunca mais ter usado um casaco porque nos únicos dois dias em que o usei, esses dias correram horrivelmente mal! :) Coisas da vida...

domingo, 24 de outubro de 2010

Há um leão em mim?

Não, BS of Life, ninguém acertou, mas vamos por partes! Para caracterizar os signos que me foram atribuídos vou recorrer à minha biblioteca caseira que é fora de gozo, a biblioteca caseira mais impressionante que eu conheço. Tudo porque a minha mãe engole livros (começa um e acaba outro) e o meu pai herdou imensos livros, além de que lê sobre tudo. Nesse tudo claro que estão incluídos desde os livros sobre animais até aos livros sobre fenómenos estranhos (um conjunto bem impressionante deles até).
 
A Borboleta foi a primeira a apostar Leão com base na minha cor-paixão (o amarelo). A Marta também acreditou no Leão, o signo sobre o qual me proponho a discorrer hoje. Leoas de signo, acusem-se e defendam-se!

O livro a que recorri ("Os signos do zodíaco" de Linda Goodman), definitivamente o livro mais engraçado sobre signos que o meu pai aqui tem (só li este, mas pronto, é engraçado), diz o seguinte sobre a mulher Leão (sim, porque também se define a criança, o homem Leão, o chefe Leão e o empregado Leão) :
"Há uma coisa que a mulher Leão provavelmente possui de que você não gostará. Um albúm de fotografias e recordações de todos os seus antigos namorados. Não adianta pedir-lhe que o queime porque a leoa é sentimental. (...) As probabilidades são de que seja ridiculamente popular e você terá bastante concorrência se pretende que ela desça a usar o seu nome para o resto da vida. (...) É mais provável que ela seja o líder social do seu grupo, dominando as mulheres menos proeminentes como uma rainha, mas com uma cordialidade tão desarmante e um sorriso tão bonito que ninguém se importa de facto. (...) A natureza parece ter mostrado uma certa parcialidade quando dotou a leoa com vivacidade, inteligência, graça, beleza e puro sex appeal suficientes para pelo menos três mulheres. (...) Por favor, seja original e criativo. Frases do género "Pões-me a cabeça a andar à roda" e "És mesmo fixe, querida" farão com que você seja imediatamente expulso do palácio e enviado para junto dos camponeses (...) a mulher Leão que é calorosamente amada e respeitada pode ser a mais amável e generosa das mulheres, com uma compaixão femina para com as crianças, os indefesos e os desamparados (...) Se for uma típica filha do Sol, é tão graciosa e ofuscante que a maioria das pessoas aceita alegremente que ela seja fora do vulgar. Para falar verdade, é mesmo. É inteligente, espirituosa, forte e eficiente e, no entanto, é também deliciosamente feminina "

E tem páginas e páginas sobre a senhorita Leão, mas para não me cansar a mim, nem a vocês, fico por aqui. Não me imagino Leão e não sou, de facto, Leão. Mas até podia ser se as características do Leão se assemelhassem às do Rei Leão da Disney, esse que foi [deixo pender uma lágrima inocente] definitivamente o filme da minha infância. Por outro lado, também já tive uma fulgurante juba (assim carinhosamente definida pela mana) que pelos vistos é símbolo incontornável dos leões de signo. E, claro, aceito de bom grado ficar com a parte do filha do sol :D
 
P.S. --» Este tema vai dar posts para mangas!

sábado, 23 de outubro de 2010

Constatação de sábado à tarde

Vocêzes ficaram "nem aí" para o meu tema fixe de sexta-feira. Eu sei que postei tarde e que era sexta-feira à noite e que as pessoas fixes saem à sexta-feira à noite e passeiam ao sábado, mas vá lááááá! Eu estou mortinha de curiosidade acerca da vossa opinião sobre a minha pessoa. Respondam lá ao post abaixo bloggers da minha vida [olhinhos à la gato das botas do Shrek: wink, wink] e tirem-me este beicinho quilométrico!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Tema fixe de sexta-feira

Quem nunca consultou os horóscopos no fim das revistas ou jornais denuncie-se já.

Lá dizia a Deseree:

Everyone has a sign.
Whether supernatural or divine.
Believe or not, if you're so inclined.
'Cos in this great big universe.
We're the stars on earth.

E depois veio a Beyoncé:

Every sign has it’s own mode
I was in love with a Sagittarius
See the emotions he put me through
From Capricorns to Aquarius
They all got their different minds
The affection of a Virgo
Which sign matches good with mine

filledwithstardust.tumblr.com
Antes de tecer as mais profundas e inesperadas reflexões sobre este tema, há um prémio melhor do que presunto para quem acertar no meu signo e der as melhores justificações!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Hermione que há em mim está ligeiramente inquieta...

Algo me diz que tenho "borgado" demais em vez de aproveitar o tempo para adiantar a tese e estar mais desafogada daqui a uns tempos. Perante estas questões existenciais consolo-me a mim própria dizendo que tenho feito as coisas na mesma e que os meus orientadores têm elogiado o meu ritmo. Mas, cá para nós que ninguém nos ouve, a verdade é que o ritmo do estágio ainda é muito moderado e mais verdade ainda é que com o tempo que tenho tido já poderia ter adiantado substancialmente a tese! 

nowheretohide.tumblr.com
Odeio trabalhar sobre pressão, mas isto de trabalhar sem datas (pelo menos sem datas obrigatórias ou com as datas obrigatórias suficiente longe da vista e do coração e de tudo!) incentiva à procrastinação. Mas eu, moça responsável como sou, embora ache maravilhoso trabalhar assim, culpo-me de cada vez que acho que ando a brincar mais do que a trabalhar e encho-me de vozes moralizadoras "Depois vais andar por aí a gritar que não tens tempo..." No entanto, moça zeladora da minha saúde mental como sou, atalho logo às vozes moralizadoras "Não fui eu que decidi que toda a gente havia de nascer em Outubro!". E é neste conflito de vozes que hoje hei-de arrastar-me até um convívio de aniversário,  a mais um jantar e convívio na segunda-feira e outro jantar e convívio na terça-feira. Outubro é definitivamente o mês em que toda a gente decidiu nascer, por isso é natural que a minha vida também pare um bocadinho em Outubro: tenho muitos (re)nascimentos para festejar!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Be Awesome - moral de vida

rinashhh.tumblr.com
É isto que eu vou fazer todos os dias,  pela minha avó. Superar-me por e para ela. E enquanto o diagnóstico continuar indefinido vou trabalhar para que este seja um diagnóstico cor-de-rosa. Vou mobilizar-me, vou agir, vou amar para que depois me digam que foi só uma grande nuvem de tristeza que andou por aí a atrapalhar a minha avó e a deixa-la mais confusa. 

Vou sobretudo repetir-lhe todos os dias que por mais inúteis que nos possamos sentir, que por muito que possamos sentir que já fizemos tudo o que tínhamos a fazer na vida, como diria a raposa do Principezinho: somos responsáveis por aqueles que cativamos. Ela cativa-me constantemente e esse é uma grande responsabilidade e um grande motivo de vida.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Hoje dói-me muito o coração #2

Hoje está um céu azul maravilhoso. E ainda bem. Se estivesse a chover era tudo mais difícil. 

Estou um bocado ansiosa. Tudo porque hoje vou saber o veredicto quanto à questão da minha avó, algures já exposta. Sinto-me pequenina, pequenina e incapaz de pensar positivo. Conselho de amiga: nunca pensem demasiado acerca das dificuldades que enfrentamos ou havemos de enfrentar na vida, ou então, c'um caneco! Ela fica mesmo difícil... Eu, Mary Jane, que ando para aí sempre a vender o meu peixe de que nós temos poder para escolher a felicidade, hoje digo-me a mim própria fundamentalmente isto:

thapiness.tumblr.com 
Claro que mesmo nos momentos down continuo a acreditar na qualidade do meu peixe, portanto não me deixem fregueses!

P.S. 1 --» Pela minha avó já fiz uma daquelas promessas loucas que só quem for crente entende. 
P.S. 2 --» Vendo bem as coisas acho que até quem não for crente vai entender, desde que um dia tenha amado: acreditamos em tudo, prometemos mundos e fundos, desde que seja para que a pessoa fique bem.

domingo, 17 de outubro de 2010

Procura-se com a máxima urgência

pessoa com disponibilidade, paciência, dinamismo e espiríto solidário para trabalho voluntário (praticamente escravo). Pretende-se que introduza um volume incomensurável de questionários da genial tese de Mary Jane num programa estatístico denominado SPSS para que a mesma possa disfrutar deste belo céu azul domingueiro. Mais se informa que o candidato poderá iniciar funções imediatamente, mas a data de cessação destas funções está, por agora, indeterminada. Se gostar muito de si, não o/a devolvo, adopto-o/a eternamente!

Agradecia que os candidatos se alistassem o mais brevemente na caixa de comentários.

Mil obrigadas.

snowflakesandheartbeats.tumblr.com


sábado, 16 de outubro de 2010

O metro é um imenso palco para a minha mente criativa...

Esta semana, no metro, uma menina de gabardine amarela prendeu o meu olhar que nem um íman. Que delírio! Uma gabardine amarela. Pois é, também desde pequenina que tenho uma espécie de fascínio pelo amarelo. Mesmo que as peças que tive em amarelo não fossem assim tantas, lembro-me de muitas delas. Mesmo que a minha mãe, quando eu era miúda, dissesse quase desgostosa que a minha cor favorita era o amarelo, eu fui fiel ao amarelo. Gosto dele. Temos química. Se há pessoas que quando vêem amarelo pensam duas vezes se compram uma peça, porque amarelo é uma cor chocante, eu praticamente esqueço a  peça e vejo o amarelo!


-hellolove.tumblr.com

Ora pois que eu descobri que o amarelo do sol (sempre a razão pela qual preferi o amarelo) é uma cor própria para quem gosta de chamar à atenção, mas sobretudo é a cor do optimismo, da felicidade, da alegria, da amizade, do idealismo, da esperança, do Verão (queridinho, volta sempre!), da imaginação, do ouro, da filosofia, da espiritualidade e da inspiração! Podia eu escolher cor melhor? Claro que omiti que é a cor da desonestidade, covardice, traição, ciúme, doença e mais umas quantas palavras pouco importantes, porque em mim, o amarelo não significa nada disto!

Mas o amarelo actualmente não é um amor, é uma paixão, que se (re)acende de cada vez que estamos por perto. Amor é cor-de-rosa. Adoro o cor-de-rosa... Acho que é, desde há muito tempo,  a minha cor favorita. Mas se o amor é cor-de-rosa, o amarelo, como já disse, é paixão e tem química. Química que o cor-de-rosa nunca vai ter! Uma coisa é certa: apesar de gostar de todas as cores, nunca fui mulher para grandes intimidades com o azul... Essa cor que fascina tantos...

P.S. --> Também se diz que em salas amarelas as pessoas perdem a cabeça mais facilmente e que os bebés choram mais! Mas calma, em compensação dizem que o amarelo estimula a concentração.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Se há coisa que não suporto...

... (e perdoem-me os eventuais leitores do meu blog praticantes de tal acto) é ver alguém molhar os dedos na boca ou simplesmente no lábio inferior para virar as páginas de um livro, caderno ou revista. Eu juro, senhores, não é preciso! Eu nunca fiz isto e vira sempre! E nem sequer tenho uma pele com propriedades extraordinárias.



Lembro-me perfeitamente da primeira vez em que vi alguém a praticar tal acto. Estava num consultório médico, na sala de espera, a brincar numa mesa cheia de brinquedos e numa cadeira estava uma senhora a ler uma revista e a molhar os dedos. A ler uma revista e a molhar os dedos... A ler uma revista e a molhar os dedos com cuspo?

A modos que fiquei imensamente intrigada e não conseguindo ligar ou encontrar uma razão de ser para o encadeamento destas duas actividades (ler uma revista e molhar os dedos), resolvi inquirir a minha mãe sobre a razão de ser de tal actividade, ao que ela me esclareceu, "É para ajudar a virar as páginas". Eu, miúda experimentadora que era, podia ter desatado a cuspir dedos e a virar páginas. Podia, mas não o fiz, porque desde esse dia que alimentei uma pequena repulsa por essa actividade. Então só me ocorreu comentar de volta "Mas elas viram sem cuspo!"

Não é por mal, mas não gosto de ver fazer isso, assim como certas pessoas não gostam do som de talheres a bater. E hoje tive que levar com tal actividade. No metro. Uma menina (estudante de Medicina pelos materiais que consultava), virava as páginas da capa e molhava os dedos na boca. Tudo muito descarado. E eu contorcia-me (muito) e ela nem aí... Da próxima vez que molharem dedos em público, lembrem-se de mim por favor!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Post altamente fatela ao qual não resisto

Desculpem, mas não resisti: 

Luna Lovegood (Harry Potter) vs. Lady Gaga


É que podiam ser mesmo mãe e filha. Não arrisco em pensar que uma é a versão da outra  10 anos mais tarde, porque a Luna é a Luna. A Gaga é a Gaga. 

Nutro uma especial simpatia pela Luna, essa pequena personagem extravagante da ficção. Na minha doce infância enquanto lia os livros do Harry Potter antes de serem um mega-fenómeno, idolatrava-a. Imaginativa e sonhadora como eu, achava-a um máximo, a personagem mais única! Secretamente até desejava que ela e o pequeno Harry formassem um parzinho e ia fazendo figas por eles enquanto devorava páginas e páginas gulosa para que este romance se concretizasse. Nunca se concretizou nas páginas do livro, mas na minha cabeça, ui! Já tinham a vida toda escrita! Os livros, filmes e séries de outros são sempre altamente personalizados  e coloridos por mim: uma coisa é o que o argumentista, escritor, qualquer coisa de semelhante escreve, outra é o que eu penso, o que eu construo em imagens bem reais!

Pela Gaga, essa pequena personagem ainda mais extragante que a da ficção, nutro uma ligeira indiferença. No entanto, não posso deixar de opinar que gostando ou não, a senhora tem mérito, é uma grande estratega e até percebe de música.

Concluindo, as lunáticas são mulheres espectaculares. Claro que me estou a incluir nesta categoria, com muito gosto. 

P.S. --» Sosseguem que não me pareço com a Luna, nem com a Gaga. Sou uma lunática discreta.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Queridos, hoje estou com uma vontade enorme de comer...

Não sei se é por ainda não ter jantado e estar meia que esgalgada de fome e a comer o que posso pelas narinas que inspiram profundamente o cheirinho que já vem da cozinha, mas hoje estou com a mania que tenho que ir comer alguma coisa boa antes de ir dormir.

Ocorreu-me ir comer um cachorro à Ribeira. Mas ir à ribeira agora é uma estupidez... Sobretudo só para ir comer um cachorro. Ainda se fosse a tempo de ir ver o espectáculo de fogo de artifício que hoje por lá acontece, era uma coisa... Agora ir à ribeira para ir comer um cachorro? Não...

Depois ocorreu-me ir comer um gelado à Cremosi, fundamentalmente porque um gelado é uma coisa boa e porque já passei por dito estabelecimento muitas vezes e nunca me sentei para comer. Mas é uma parvoíce ir comer gelado nesta altura do ano e duvido que eles tivessem gelado ou seja o que for à hora a que lá chegasse.


Logo a seguir ocorreu-me ir ao McDonalds. Um cheeseburguer vinha mesmo a calhar. Mas o único McDonalds que me ocorre que esteja a uma distância percorrível e acessível fecha às 10 da noite. 


Mau... Alguma coisa tem de ser! Mas atenção que sou uma menina muito saudável. Maior atenção ainda: as pequenas extravagâncias aplicam-se apenas a momentos extraordinários.

Edit: Acabei de jantar e já não me apetece nada disto. Sou uma mulher feliz como estou. Estão a ver? Afinal sou uma senhora de gostos muito simples.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O meu conceito de amor

Continuando com o assunto de ontem, o meu conceito de amor é este:

misslouiesexo.tumblr.com
Inicialmente duas pessoas, mão na mão uma com a outra, dispostas a cometer loucuras e a descobrir o mundo juntas. Duas pessoas quase cegas, provocadoramente a contagiar, a acreditar no infinito e a prometê-lo. Se a minha concepção deste amor fosse uma música, era, sem dúvida, esta: [se não conhecem esta música vão conhecer, meus docinhos que as minhas preciosas informações não devem cair no vácuo]

Anda comigo ver os Aviões
Levantar voo,
A rasgar as nuvens,
Rasgar o céu.

Anda comigo ao porto de Leixões
Ver os navios
A levantar ferro,
Rasgar o mar.

Um dia eu ganho a lotaria,
Ou faço uma magia,
Mas que eu morra aqui.
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti.
E que eu morra aqui
Se um dia que não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti.

Anda comigo ver os automóveis,
A Avenida,
A Rasgar as curvas,
Queimar pneus.

Um dia vamos ver os foguetões levantar voo,
A rasgar as nuvéns,
Rasgar o céu.

Um dia eu ganho o totobola,
Ou pego na pistola,
Mas que eu morra aqui.
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti.
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua só pra ti.

(...) 
Mas a minha mais verdadeira noção de amor é a do amor-sobrevivente. Do amor que não cai com os anos, do amor que não morre (adormece só às vezes), do amor que não se desgasta, do amor que não se cansa, do amor que se abraça constantemente, para o melhor ou para o pior. Não sou (só) do amor instantâneo, do amor que se esquece, do amor químico com prazo de validade, do amor quente, do amor que apetece sempre. Sou do amor de todos os dias, que nos estraga a maquilhagem, que nos dá dores de cabeça, que nos faz duvidar e que até algumas vezes nos dá vontade de desistir! Sou do amor quente e do amor assim-assim. Sou do amor investido e vivido. Do amor que nasce e adormece - várias vezes. Sou do amor que acontece... Não sou de um amor feito, muito menos de um amor perfeito.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Se há coisa que me fez confusão a propósito do aniversário da SIC...

... foi uma coisa que nada tem a ver com a SIC em si, mas com o ser humano, ou mais propriamente com as relações humanas. Tudo porque uma revista decidiu fazer uma rubrica sobre os casais SIC e eu constatei que, neste momento, está tudo descasado!

Assim fica dificil continuar a acreditar no amor eterno, meus senhores! Caramba, aguentavam só mais um bocadinho... Não gosto disso do amor eterno enquanto dura. Gosto do amor eterno para sempre. Gosto de, ingenuamente ou não, acreditar que há alguém com quem posso ficar sempre, sem me fartar, sem cair na tentação de cobiçar o próximo. Mas assim... No estado actual das coisas são menos os casais que duram do que aqueles que não duram! É quase um estado normativo da humanidade, não durar. Mas porquê? Parece que tudo pensa como o meu amigo B. que costuma dizer, "As relações para toda a vida foram feitas para quando as pessoas duravam até aos 50 anos.".


domingo, 10 de outubro de 2010

Devo estar com um problema sério ou post que só as mulheres entenderão...

Está provadíssimo que as mulheres e as compras têm uma relação especial. Claro que ir às compras ao supermercado não conta! Comprar laranjas não tem mística nenhuma.... Por outro lado, só nós sabemos qual é a sensação de entrar numa loja, olhar para umas calcinhas, um casaquinho ou uma pequena camisola e sentir uma química, uma conexão imediata! Só nós sabemos o que é ouvi-la sucurrar em doce encantamento "Sou tua, sou tua...".

Perante tal declaração nós atiramo-nos até à dita peça com a velocidade possível (não vá alguém nas redondezas estar a ser embalado por encantamento semelhante) e murmuramos "Pois claro que és minha pequerrucha. Por onde andaste este tempo todo?".

Está destinado, andam por aí perdidas muitas peças que são do meu guarda-roupa e que certamente têm inscrito na respectiva etiqueta "I belong to Mary Jane", com um coração no fim.

Tudo isto é muito bonito, mas eu ontem fui às compras e não ouvi cântinho nenhum. Nenhum, nenhum, nenhum... Nem um muito longínquo. Só vi roupa pendurada, amorfa, sem vida e sem química... Conclusão: ou eu estou com um problema sério ou o Inverno é mesmo uma seca.

sequinmagazine.blogspot.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Pérola das declarações amorosas

Estou com uma dúvida existencial. Devo chamar a este post "Pérola das declarações amorosas" ou "Como transformar a expressão «cara de cu» num elogio..."? Votem no vosso preferido mediante a reflexão profunda sobre o seguinte micro-diálogo:

Eu gosto de tudo em ti, mas gosto mais do rabo...

[Cara de poucos amigos ]
Isso quer dizer que gostas mais do meu rabo do que da minha cara? E que se me chamares «cara de cu» isso é um elogio?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Hoje dói-me muito o coração...

... porque eu tenho uma segunda mãe, a quem eu chamo avó.

A minha avó hoje insistiu 5 vezes que era Sábado depois de rectificarmos vezes sem conta, calmamente, que era Sexta.

A minha avó esta semana fez o almoço às 9 da manhã.

A minha avó repete-se muito.

Hoje dói-me o coração porque dói o coração à minha avó (ela olha para o chão e chora) e dói-me muito o coração porque quero muito ajudá-la, mas nem sempre sei como.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu amo-te, disse uma grande mãe

"I love you,"
said a great mother.
"I love for what you are
knowing so well what you are.
And I love you more yet, child,
deeper yet than ever, child,
for what you are going to be,
knowing so well you are going far,
knowing your great works are ahead,
ahead and beyond;
yonder and far over yet"

Carl Sandburg, The People, Yes, 1936

Não sou mãe, mas tenho uma grande mãe e o amor de mãe é uma coisa que me aquece o coração e que, simultaneamente, me assusta de tão incondicional.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estou a ficar vermelha como um pimento...

Estou a ficar vermelha como um pimento...

O meu pai está na sala dele com um senhor que não conheço. Só sei que é um senhor porque o meu pai está a falar com ele como tal. Sei também que não conheço e que é um senhor porque entre o discurso interminável do meu pai, que parece uma rela e não se cala, ele vai murmurando uns insípidos "pois", "sim". E eu aqui a fervilhar tão "sípida"! Já os imagino a invadir a minha sala...

Estou a ficar vermelha como um pimento.

Descuidado como o meu pai é vai trazer o senhor aqui à minha sala, ou não acontecesse isso com o jardineiro quando ele tem de cortar as trepadeiras da minha varanda! O meu pai trá-lo aqui como se nada fosse quando estou com aqueles micro-pijamas de Verão (calção e topzinho) e depois ainda pergunta quando o repreendo ,"Qual é o problema? Podia ser roupa de praia..."

ESTOU A FICAR VERMELHA COMO UM PIMENTO!

Enquanto isso vou pensando nas múltiplas posições em que me posso pôr para ocultar o estado em que está a minha bela face. Pôr a echarpe sobre a cara? Ai não que vou parecer louca... Pôr as mãos na cara e os cotovelos pousados sobre a mesa do pc e manter um olhar lunático e fixo dirigido ao pc para que o senhor não fixe a minha testa descoberta? Oh, não... Nada disto, vou mas é fingir que está tudo bem. Não será ninguém importante.

Estou a ficar vemelha como um pimento, mas não é bem isso que me preocupa, porque neste momento estou branca como a cal e esse tipo de figura é que me preocupa.

O que é que vou fazer? Acho que vou limitar-me a esperar que o meu pai potencialmente entre e pergunte: M., o que é que tens na cara?

Kate Moss (excluam só o cigarro porque não tem estilo)
Depois vou sorrir e dizer: Estou a fazer a minha limpeza facial. Rir muito. E tudo ficará bem...

Edit: O estaminé está em obras a preparar o visual Outono/Inverno. Portanto, não estranhem qualquer roupagem estranha.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tendência Inverno 2010/2011: folhado

Já por si é um máximo mudar o armário da roupa de Verão para a roupa de Inverno...
Já por si é um máximo estar a lamentar a cada pecinha que mudo que a roupa de Verão é muito mais bonita que a roupa de Inverno, que é muito aborrecida.
Já por si a mudança de estação do meu armário é uma tarefa cansativa na qual gasto cerca de uma hora de energia.

Pois que tudo fica melhor quando tenho a minha irmã sentada na minha cama a assistir aos desenvolvimentos e perante o meu desânimo comenta "Até tens muita roupa de Inverno! E gira...". E rapidamente acrescenta ,"Só não podes andar assim tipo folhado, «fuuu» (som e gesto expressivo de algo a inchar), com montes de camisolas umas por cima das outras".

Por isto, meus senhores, é que eu gosto mais do Verão. Pelo menos exibo uma figura delgada e irrepreensível e não pareço um folhado entre camadas e camadas de roupa. É que uma pessoa tem frio, 'tá? Eu nasci para suportar calor insuportável, mas não para suportar frio insuportável, por isso não ando por aí com malhinhas leves ou camisinhas  a fingir que se está muito bem e que é Verão. Assim, a menos que a coisa mude muito ou que o Inverno não venha tão gélido, não me vejo a renunciar à tendência folhado tão cedo!

Verão leve - 2

 vs

Inverno folhado - 0

domingo, 3 de outubro de 2010

Palavras com vida: sintoma

Há palavras que têm uma força quase humana e incomodam-nos, interpelam-nos, desassossegam-nos, insurgem-se e ameaçam-nos como numa discussão bem real. Há, portanto, palavras às quais nos tornamos alérgicos. Eu, pessoalmente, hoje não posso com a palavra sintoma que me apareceu na descrição de um caso. Sintoma, para mim, vem de doença. Doença física. Doença de médico. Doença muito má. Sintoma é quase um "Sinto-me em coma!", já pensaram?

carinabarreto.tumblr.com
Por isso, olha lá sintoma, vamos conversar directamente: eu não gosto de ti, acho-te detestável e mórbido, como um buraco atrevido que irrompeu numa meia perfeitinha a anunciar que já lhe resta pouco tempo de vida. Podes também não gostar de mim, a miúda do mundo cor-de-rosa, mas terás de me ouvir porque se realmente existes, convém que nos entendamos, mesmo que seja pelo ódio. Mesmo que a custo eu tenha que deixar de sentir este mesmo ódio e entender que a palavra "sintoma" existe em Psicologia*  e que não há problema nenhum... Só não vai ser hoje que vamos fazer as pazes, ok? Porque sintomas lembra-me médicos e batas brancas e psicólogos não usam batas, nem curam sintomas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Dramas de uma estagiária

Eu, que já confessei aqui que odeio supermercados, estava longe de imaginar que o meu futuro passava por eles. Não, ainda não sou caixa do Lidl, como um colega meu pressagiou divertido no dia em que anunciei que ia seguir Psicologia, mas a Psicologia ligou-me, inevitavelmente, a supermercados. Tudo porque no meu local de estágio a minha cantina é o Pingo Doce. Como me falta o carro as opções não são muitas: ou o Pingo Doce ou um dos cafés que lá tem perto. Perante estas opções, como comer uma tosta mista ou uma fatia de pizza ao almoço não combina muito comigo (pelo menos não todos os dias), lá se afirma ele, grande e majestoso. Torna-se inevitável não ouvir um "Pingo Doce, venha cá" e eu vou arrastada por tal cântico... Vou e dou graças a Deus por ser um supermercado pouco movimentado àquela hora, porque se fosse muito movimentado já estava a dar em louca entre os frescos, a cafetaria e aquela luz radiante de supermercado! Vá lá que também não há música de supermercado!

Mas o cenário não é negro, meus amigos! Há vantagens. Tenho aprendido sobre refeições de supermercado como nunca: as refeições mantém-se no fresco e são aquecidas uma vez, por mim! Quer dizer, por mim não, pela senhora simpática que lá está todos os dias. Também já aprendi que aprovo a lazanha de atum, o bacalhau com natas e o arroz de pato. Sei que o prato mais caro que comi foi o bacalhau com natas e o mais económico é o arroz de pato. Aprendi também que podemos comer uma refeição sentadas na cafetaria do Pingo Doce: basta passar pela caixa para pagar e voltar a entrar.

Em suma, se não aprender nada de muito interessante durante este ano, posso concluir que pelo menos, vou tornar-me especialista no Take away do Pingo Doce.

Pingo Doce - o meu sítio do costume (e desta? lembravam-se?)