Acho que todos - pelo menos quem gostar de praia, e de natureza e ar puro - sonhamos com a nossa casinha em frente ao mar, com um portão no muro das traseiras a sair directamente para a areia... Eu não sou excepção. Acontece que mais do que as características de um local, como sempre eu valorizo as pessoas que cabem dentro desse local: crianças de cabelos ao vento, um homem que apetece abraçar a todo o momento, os avós em tardes de domingo e tantos outros.
Podia ter mais cinemas, mais opções de centros comerciais, universidades ao virar da esquina, as discotecas da moda, mas não tem. Podia ter praia já aqui ao pé, mas não tem, só a 30 minutos de carro. Podia ter um rio de perder a vista, mas não tem.
Tem um rio, sim, mas que mais parece um riacho. Tem um cinema no único centro comercial, tem duas universidadezinhas pequeninas perto, tem barzinhos familiares e discotecas estranhas. Tem os sítios onde cresci. Tem escolas cheias de vida. Tem iniciativas dinâmicas. Tem várias lojinhas de tudo e mais alguma coisa. Não tem muita confusão, só a suficiente. Não tem trânsito infernal.
Essencialmente tem TUDO o que é preciso: as minhas pessoas. Tem um sentimento de pertença como não encontro em mais lugar nenhum.
Por isso, eu sei que até posso vir a apaixonar-me por outro sítio, mas, se o fizer, não tenho dúvidas, foi o coração que me levou até lá.
*Este post resulta desafio proveniente de 2 blogs: INESperado e Suspiros. Vou responder-lhes, mas dar-lhes ligeiramente a volta. Salto os 11 factos que devia apontar sobre mim, porque estão contidos algures noutros desafios e até em alguns posts. Quanto às questões, que me foram especialmente dirigidas, serão respondidas à semelhança do que fiz hoje num único post, porque muitas vezes são perguntas que dão vontade de brincar com as palavras!
concordo com a frasa, a nossa casa é onde está o nosso coração. há sitios tão lindos para morar mas se o nosso coração é feliz no nosso canto melhor ainda, há outras coisas que nos preenchem mais importantes.
ResponderEliminarBjokas
Tudo o que é preciso, ou seja, o mais importante :)
ResponderEliminaré mesmo. eu antes gritava aos sete ventos que queria sair da minha terra, mas hoje só penso numa casinha a dois, seja ela onde for :)
ResponderEliminarjá viste o filme os Descendentes? Há lá uma casa, que dá para a praia, que é uma coisa de sonho. Mas por outro lado acho que é isso mesmo que dizes, home is where the heart is...
ResponderEliminarMary Jane, quando o sentimento de que "Home is where the heart is" surge é quando sentimos que de alguma forma crescemos por dentro, e valorizamos aquilo que na verdade tem mais valor...
ResponderEliminarBeijinho para ti!
Home sweet home! :D
ResponderEliminaré tão bem ter-se esse amor às raízes :) mas, sem dúvida, o melhor sítio para estarmos é onde estão as pessoas que nos são mais importantes!
ResponderEliminaré verdade que só precisamos das nossas pessoas pra nos sentirmos em casa. Por isso me sinto tão bem na (nossa) cidade de estudante, na casa que é dividida e da vida que partilho com todos eles. Mas também é verdade que em mais nenhum lugar me sinto tão em casa como na minha terra, onde conheço tudo e tenho os meus amores ao virar da esquina.
ResponderEliminarEntão a casa do meu bisavô é um frasquinho com éter no hospital universitário! :|
ResponderEliminarTenho andado um bocado ausente da blogosfera porque o tempo é algo que me foge por entre as mãos de uma forma inexplicável, no entanto hoje tive tempo de te vir espreitar e gostei de ver que te inspirei para escrever respondendo, de forma indirecta, ao meu questionário ;)
ResponderEliminarQuanto à filosofia aqui defendida concordo perfeitamente