Estava a fazer uma limpeza nos rascunhos... A passear pelos posts que ficaram por publicar, nos que ficaram por acabar, nos que apenas título tinham e ficaram por escrever. Um deles era este. Este iniciado e terminado. Acho que nunca o publiquei porque não tinha distanciamento suficiente. Hoje olhei para ele de uma forma completamente apaziguada, serena e achei que podia dar-lhe vida.
E hoje, por muito que já não estejas aqui, não quero palavras amargas, nem assumir que estava errada.
Prefiro pensar nas mãos dadas...
Prefiro pensar nos dias em que vivi o futuro, e em que perguntava o que é que os nossos filhos teriam de herdar de mim e de ti (os olhos, indiscutivelmente, os olhos!).
Prefiro pensar em todas as vezes que dançámos juntos e na certeza que tínhamos de que por mais gente que estivesse à volta, aquele momento era vivido só por nós. Aquele nós sagrado, secreto, que não precisava de se ver para sentirmos que era uma identidade física distinta.
Prefiro pensar naquela mão dada, firme, como quem dá uma certeza a carregar para a vida "Vai correr tudo bem..."
E prefiro porque isto lembra-me que tive o privilégio de te ter, tive o privilégio de ser contigo e tive o privilégio de nos ser.
O teu sapatinho pode já não encaixar no meu pé, mas fui Cinderela.
Gostei imenso do texto.
ResponderEliminarAdmiro imenso o saber aceitar as coisas, ou ter-mos a distância e a sapiências de as analisar-mos depois, sem rancores,com boas memórias.
É bonito continuares a reconhecer o valor que davas à relação. Há muitas pessoas que pelo simples facto de a história de Cinderela ter um fim, menosprezam tudo o resto que as fez tão feliz. Penso como tu.
ResponderEliminarAdorei a última frase :)
ResponderEliminarAdorei o teu texto...ainda bem que pensas assim, porque, infelizmente, há muita gente que se torna negativa e não valoriza os bons momentos passados com alguém que nos deixou...
ResponderEliminarmuito bonito. tão simples e tão autêntico. porque é impossível apagar um Amor assim da nossa vida, ele deixa sempre qq coisa em nós porque inevitavelmente molda-nos.
ResponderEliminarque texto lindo, Mary!
ResponderEliminarExacto!:) quando algo acaba deve-se manter a recordação do que foi bom... por algum motivo se partilharam tantos momentos!
ResponderEliminarbem, que palavras lindas!! obrigada!
ResponderEliminar"(...)O teu sapatinho pode já não encaixar no meu pé, mas fui Cinderela." <3
ResponderEliminarO teu Mundo aí dentro está resolvido (ou parece estar). Que mais poderemos querer que a alma solta e quieta? :)
ResponderEliminarLindo texto <3
ResponderEliminaré bom recordar e nunca deixar de acreditar no amor...
ResponderEliminartodos nós vivemos, em algum momento da nossa vida, o nosso próprio conto de fadas. E é bom ver que apesar de ter acabado guardas boas recordações e tens uma perspectiva tão saudável em relação ao que acabou. Não é por ter tido fim que deixa de ter tido valor.
ResponderEliminargostei :)
ResponderEliminarGostei muito :)
ResponderEliminarE é bom saber e sentir que nem tudo o que acaba tem que ter uma carga negativa e pesada :)
Que texto fantástico! Que forma maravilhosa de ver as coisas, espero sinceramente um dia também conseguir. Adorei :)
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