Saí a conduzir a alta velocidade e guiei sem sequer ver o caminho numa pressa de chegar nem sei bem onde. Esqueci travões e nada nem ninguém me obrigava a parar. Acontecia tudo como se fosse suposto, natural, o processo esperado (ou conveniente?)... Segui instintos e pulsões temporárias e dirigi em estradas onde existiam sempre atalhos para chegar a todo o lado rapidamente. Estradas lisinhas, sem buracos, feitas com muita ligeireza pois não pareciam conduzir a nenhum lugar estranho. Mas, de nem ver o caminho, tive o fim esperado: rapidamente me senti sem nada. Depois, apareceram as lombas que, mesmo quando ignoradas, quando aparentemente invisíveis, me obrigaram a abrandar. Obrigaram-me a olhar para o raio do caminho (mas caraças, tudo o que eu não queria era parar e olhar!) e perceber (agressivamente perceber para mim que tenho a mania que sou muito certinha, independente, controladinha, menina do meu nariz!) que estava a patinar, e que não fazia a mínima ideia de onde estava e do que estava a fazer. E adoro lombas de todas as vezes em que não as suporto por me obrigarem a parar e a sentir-me.
E pronto, acabo este post, na linha dos posts existenciais, com a sensação de que é dos piorzinhos de sempre, cheio de metáforas incompreensíveis e que preferia não sentir, mas acabo-o também com a certeza de que tinha de ser.
Rapariga, esquece essa sensação do "é dos piorzinhos de sempre", adorei as metáforas que usaste.. :)
ResponderEliminarEu gostei! Ah... e acho que as lombas tb gostam de ti...
ResponderEliminarbeijinhos
é, às vezes precisamos de uns abanões para voltar à realidade da vida... como as lombas na estrada :)
ResponderEliminarQual piorzinho! Eu gostei muito das metáforas utilizadas ;) todos nós precisamos de lombas que nos abram os olhos
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