Hoje acordei com uma música velhinha sob pano de fundo "Here I go again on my own". E é irónico, porque não estava com o cúmulo da energia e esta música parecia estar ali, inteligentemente, sob pano de fundo, num crescendo, para me acordar. Às 9 da manhã mal chego às escadas que dão acesso ao ginásio pergunto-me se vou ser capaz. As pernas param a pedir licença antes de avançar cada lanço, na dúvida se de facto é aquilo que deviam estar a fazer ou se era de direito estarem ainda no sossego dos anjos...
No, I don't know where I'm going
But I sure know where I've been
No ginásio, o meu estado de vigília vai retomando à normalidade, mas nas pausas daquelas músicas que me cabe dançar e interpretar, lá voltava...
Tho' I keep searching for an answer
I never seem to find what I'm looking for
Estou numa fase incerta, com tendência para abalar mais daqui a uns meses. Mais do que não saber o que procuro, não sei para onde vou... Mas sei que tenho feito coisas que me fazem ser mais de mim, sem me perder, todos os dias. Depois, também sei que são as fases da minha vida com menos direcção, mas altamente investidas, como é esta, que acabam por me trazer as coisas melhores....
Here I go again on my own...
Hoje tenho mais uma actuação. E hoje será por mim. E estou segura comigo. Na verdade estou segura também com elas. Mas terei de ser eu por mim porque estou tantas vezes sozinha na fila da frente. E tenho a certeza que sou capaz.
Sim, o piso pode ser em traves de madeira mal acabada, com farpas e pregos à mistura mas vou estar lá eu por inteiro. Por muito que o palco não escorregue quando devia escorregar, por muito que exista o risco de sair de lá com a pele verdadeiramente assada, eu vou estar lá, no meu melhor, porque hoje estou leve. E vou fazê-lo pelas vezes em que, em miúda, alinhava casas na areia e desenhava estradas de acesso com a ponta dos dedos na certeza de que havia sempre forma de chegar às casas. Um dia eu vou chegar a casa e hoje estou cá para vingar todas as vezes em que, nos últimos meses, disse a mim própria que não o faria. Na verdade, queria a chave antes de sequer ter a porta de entrada... Hoje não lamento os tropeções, ficam para trás os "e se?" e traço o futuro...
Este é um dos blogues que leio há mais anos. Tenho acompanho o teu percurso e tenho adorado o quanto o blog cresceu (e creio que tu também).
ResponderEliminarSó agora comento (e sou seguidora) porque só agora criei eu própria um blog - onde falo de assuntos sem grande importância mas que me estavam a importunar o coração.
Continua o excelente trabalho pois eu adoro ler o que escreves!
Beijinhos
http://as-paginastantas.blogspot.pt/
muita merda *
ResponderEliminarDe certo que te irás encontrar mais cedo ou mais tarde, até lá, muita merda para os espectáculos.
ResponderEliminarp.s: tens um desafio no meu blog*
beijinhos
não sei se o que havia para acontecer já aconteceu, mas boa sorte! :) e espero que corra (ou tenha corrido) bem. Quando fazemos as coisas com gosto e por nós, se der errado ao menos tentamos e nunca é um passo em falso.
ResponderEliminarInspiraste-me! Realmente o que importa é fazermos as coisas para nós e por nós! Que tudo corra bem!*
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