É esta uma das pérolas que as pessoas dizem umas às outras nestas alturas acompanhadas de pancadinhas nas costas. Mas, a bem dizer, fenomenologicamente a morte é anti-natura, sem o ser. Porque não é nada como a coisa mais normal da vida que a pensamos. Se todos nós andássemos com este pensamento atrelado todos os dias - que é natural e que pode acontecer a qualquer momento - basicamente não vivíamos ou viviamos mais, não sei. Nisto, talvez todos vivamos agarrados ao mito de que vamos durar para sempre e de que as pessoas que nos rodeiam também, por muito que saibamos perfeitamente que toda a gente morre e por muito que já tenhamos frequentado uns quantos velórios, alguns de pessoas bem próximas.
É por isso talvez que quando vejo um corpo inerte, de uma palidez tenebrosa, com as mãos pousadas muito direitas uma em cima da outra e ainda um véu transparente a ornamentar isto tudo o meu pensamento, para além de todas as emoções, é sempre "Isto não é nada suposto e é a coisa mais anormal de sempre", por mais que seja supostamente normal.
eu sou daquelas pessoas que sabe que um dia vai morrer, mas nao tenho medo da morte em si. Aceito desde á muitos anos que um dia irei partir...e nao gosto de ir a velorios nem funerais mesmo que sejam pessoas conhecidas, eu respeito quem morreu mas os velorios sao na sua maioria uma fantochada. É quase como uma ida a missa, fala-se de tudo menos do morto. E depois hoje em dia um funeral fica muito caro, há muita exploraçao com a dor de quem sofre uma perda.
ResponderEliminarÉ um processo natural da vida, agora o que vem após a morte ai sim é um dos maiores enigmas. Eu encaro a morte apenas como uma "passagem", não necessariamente o "fim"... Estou convencido que há algo mais além do outro lado...
ResponderEliminarBeijinhos
"Death is a natural part of life" - Master Yoda
ResponderEliminar:P
Mais do que a morte o que a mim me faz confusão é o ritual fúnebre, o velório, a igreja, os milhares de flores...
ResponderEliminarClaro e o dinheirinho que custa um funeral ainda me faz mais confusão.
Faço das tuas as minhas palavras...
ResponderEliminarE depois há corpos estendidos e inertes que se imprimem nos nossos olhos como marcas de água, presentes em tudo o que vemos.
ResponderEliminarA minha não me mete medo e embora sabendo que inevitavelmente acontecerá não costumo pensar muito nela; a dos outros é que me dói...
ResponderEliminarEpá!! fenomenologivamente!! que palavrão:P
ResponderEliminarhá até correntes filosóficas que dizem que a morte não devia constituir problema para o ser humano, porque enquanto vivos não fazemo a menor ideia do que seja a morte, do ponto de vista de experiência e quando motos, não podemos ter outro estado, estar de outra forma estando a vivê-la, por isso, nem vale a pena preocupar-mo-nos com ela.
quanto ao que vou dizer de ti, como tens ali ao lado, não sei que diga, mas que fico curiosos de ver a menina de salto alto, isso fico.
Eu encaro a morte como outra coisa qualquer! Um dia há de chegar a minha vez, por isso deixa aproveitar cada segundo aqui. É um facto comprovado, nunca ninguém voltou!!!
ResponderEliminarehehhehehehhe
Kiss**
Não gosto nada de pensar nestas coisas :S
ResponderEliminarPrefiro ver as pessoas como eternas, para não viver no medo de as perder. Talvez isso me leve a cometer certos erros, mas prefiro esses à constante antecipação de perder alguém.
E nunca sei o que dizer quando alguém se vai. Por isso prefiro simplesmente não dizer nada.
Acho que esse ritual (que é no fundo o que descreves e não a morte em si) é que é anti-natura e anti-tudo.
ResponderEliminar