sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A importância e valor da "caça"

Conversas recentes fizeram-me trazer para cá esta reflexão: qual é o problema de andar à caça? Da minha parte só queria dizer que não vejo problema algum em andar à "caça" desde que ainda não se tenha encontrado a presa. Quero com isto dizer que continuar aos tiros quando já se tem sustento é, para mim, grave. Por outro lado, alguém que não tem sustento andar sempre aos tiros é só normal - quer dizer, é uma tendência natural, enquanto não comemos, caçamos! Basicamente, e deixando-me de metáforas da selva, nascemos para ser emparceirados. Quanto ao facto de se desconfiar de quem dispara muitos tiros só quero frisar 3 pontos:

Ponto 1. Está bem, quando se dá muito nas vistas é foleiro porque a pessoa dá ar de estar desesperada e não verdadeiramente interessada. E seja para relação, seja para uma voltinha na cama, o nosso lado que gosta de se sentir on top of the world gosta de sentir um interesse diferenciado. Mas cabe referir que são raras as pessoas que conheço que ficaram verdadeiramente interessadas ao primeiro olhar. Se alguém se deixa perfurar com a bala mais do que queria porque se aproximou em demasia isso já são outras matemáticas.

Ponto 2. Está bem que pode parecer que a pessoa não sabe o que quer e (grande notícia!) o mais certo é não saber mesmo, mas pelo menos anda à procura. E isto não é mau porque defendo que geralmente só quem procura encontra e, às vezes, só depois de longos treinos, e de se disparar muitas vezes, é que se acerta na mira, certo? Claro que há os do primeiro olhar, os abençoados pela sorte e que conheceram a alma gémea no comboio e nunca mais se separam. Mas é preferível deixar o factor sorte onde pertence - na sorte - e fazer o que a cada um compete.

Ponto 3. Está bem que a pessoa pode andar a disparar vários tiros em simultâneo porque só quer uma pessoa que lhe aqueça a cama. Neste caso repito pois o que já aqui disse, querer só ir para a cama com alguém não é mau nem faz de alguém má pessoa desde que a outra pessoa saiba qual é a linha de jogo e decida, conscientemente, se, a partir daí, quer ou não.

Concluindo, nem sempre o problema reside no caçador, mas a presa também tem um valor importante, deixar-se caçar ou não e, quanto a isso, para quem não quer ser apanhado desprevenido, não tenho grandes receitas, provavelmente é manter os olhos bem abertos - para que os movimentos do caçador sejam devidamente considerados! - e o coração fechado - que dizem que isto da emoção estraga tudo. Quando valer a pena o risco - porque há vezes em que vale - então uma pessoa pode e deve escancarar tudo.

7 comentários:

  1. Também não vejo problema algum em andar à "caça". É algo biológico e como tal natural!

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  2. Concordo absolutamente! Caçar demais não faz o meu género.. Mas também não sou uma presa fácil :p

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  3. Mas quem é que não anda à caça e quem não gosta de ser caçado independentemente do objectivo final?! Quem?! Ninguém, e que diz que nao é porque está a mentir.

    Falsos puritanismos e púdicos/as fingidos/as já não dá para aguentar.

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  4. Eu não penso bem assim, não que eu condene que vá à caça. Simplesmente acho que por vezes quando menos procuramos encontramos..

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  5. nunca fui de andar à caça, nem de me deixar ser caçada às primeiras. sou mais pela teoria das almas gémeas que, um dia, sem procurar, se encontrarão :)

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  6. Não sei como se processa essa coisa da "caça", é que normalmente sou sempre a presa...
    Beijinhos e bom fim-de-semana!

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