sábado, 27 de julho de 2013

Esta coisa de ter uma estrelinha

Às vezes acho que tenho uma. E que se calhar todos temos e que éramos bem mais felizes se houvesse um GPS interno que nos traduzisse em linguagem clara e directa o que é, onde está exatamente e como a realizar o melhor possível. Esta estrelinha é uma coisa tão forte que é daquelas coisas que nascem connosco e não que se formam ao longo do crescimento. Ainda ontem à noite discutia isto. Porque às vezes sinto que é como se esta estrelinha, que está aqui prostrada no meu peito ou sabe-se lá onde, não impedisse o meu caminho caso esteja a seguir outras rotas, mas se encha de luz e de brilho e de um "não saias mais daqui" gritados ao coração se por acaso estou na rota certa. E quando brilha, brilha de uma forma tão sem esforço, como se aquilo que faço em determinadas circunstâncias fosse exatamente o que é suposto... Talvez tenhamos jeitinho para várias coisas, vocação para várias coisas, mas a estrelinha é aquilo que nos é tão inato que é provavelmente das coisas mais verdadeiras que há em nós. A minha estrelinha é a minha veia artística. A minha tendência a parecer um bicho bem diferente de mim, mas, na verdade, exatamente igual a mim de cada vez que piso palco. Acho que a minha veia artística era coisa para andar atada a mim estivesse eu onde estivesse. A diferença é que, por exemplo, se tivesse nascido noutros sítios a forma de eu a expressar seria ligeiramente diferente, mas ela estaria lá tenho quase a certeza.

E isto faz-me pensar que talvez seja no palco que a minha vida tenha de acontecer. Mas que talvez este palco em que habito agora seja demasiado pequeno para ela acontecer. Talvez venham aí grandes mudanças...

1 comentário:

  1. identifico-me com tua reflexão. Penso que a entrelinha seria mesmo uma ótima opção para nos entendermos de vez, ou pelo menos melhor do que hoje!

    Abraço grande!

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