sábado, 31 de agosto de 2013

Ser adolescente aos 25 (post interdito às almas masculinas que por aqui deambulam)

Há dias que parece que nascem com intenção de nos matar. Uma pessoa é acordada ao meio-dia e sente que são umas 7 da manhã. Ainda há uma aparente meia hora atrás se acordava com uma coçeira valente provocada pelos mosquitos que depois de um Julho descansado se lembraram da sua reles existência em Agosto. Azar dos azares lembraram-se também de que, à falta de melhor pedaço, provavelmente eu sou doce. Mais, as pessoas estão todas nas suas vidas espetaculares de sábado, a fazer coisas espectaculares, ou pelo menos assim mentem os seus sorrisos fotograficos. E eu estou em casa de onde não me apetece sair o dia inteiro. Noite incluída. Apetece-me saltar este dia. O que é que acontecia se eu saltasse? Diz que há um derby hoje, já a decorrer, e parece que o mundo fica mais entusiasmante por causa disso. Não fica. Está igual. E eu estou parece que não estou. A cabeça parece fora do sítio. Se o corpo acordou parece que a cabeça se recusa e anda aí num vagar estúpido e decadente a deambular no ar. Sim, estou em tdm, não tpm porque a situação já está em curso. Em curso e com uma pujança infinita!

Ahhhh, dias em que nem eu própria me aturo, que delícia!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Eu, amante sazonal de sestas, me confesso

No Verão gosto muito da sombra da bananeira. Seja ela efetivamente a sombra, seja outro canto qualquer para fechar os olhos e tirar uma sesta. Eu, esquisitinha no que toca a matérias de sono profundo, adepta ferrenha de escuro e silêncio totais, no que toca a sesta, embora um barulho ensurdecedor me perturbe, tolero muito melhor pequenos ruídos e até barulhinhos. A luminosidade quebra-se com um simples fechar de olhos. Mas atenção tem de ser mesmo sesta o que estou a fazer - a tradicional, de minutos e não de horas. Porque isso de dormir 1 ou 2 horas já é sono profundo e a probabilidade de acordar com uma telha monstruosa de sono interrompido é total. Já a sestinha que faço, idealmente com uma duração entre 30 ou 40 minutos, sabe-me pela vida. Às vezes tenho a sensação que só apago durante uns 15 minutos perdida por entre pensamentos que se confundem já com sonhos, mas a sensação de desnorte com que acordo - sei lá que dia é, se é de tarde ou de manhã - confirma-me que dormi qualquer coisinha. Acordo retemperada e livre de males de sono.

Sexta-feira ocupada

A minha agenda, por falta de verificação mais aguerrida durante a semana, encheu-se catastroficamente nesta sexta-feira! Diz que há algumas horas e várias pendências, mais um pedido ajuda de uma pessoa do coração, que à moda de boa samaritana, vai galgar todos os outros pendentes para o topo de prioridades. Raça da miúda que até quando não tem nada que fazer arranja sempre lenha com que se entreter!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Como almoçar com estilo

( e pôr a mãe a servir de modelo involuntário)

O meu autismo laboral está em fase regressiva

No que toca a hábitos de trabalho sempre fui um bocado autista. Gosto do meu espaço, dos meus hábitos, do meu silêncio imperturbável. Por outro lado, trabalhar com massas à minha volta a perturbar a minha linha de raciocínio sempre foi coisa para me dar ataques de coceira. Muitas cabeças geram mais ideias, mas também fazem perder mais tempo, além de que - tique dos tiques - fazem muito barulho, causam muito ruído mesmo sem barulho (pela atração da observação de qualquer atividade humana de que padeço!), e a minha imaginação e capacidade de produção ao nível da genialidade estancam. Na faculdade tive forçosamente de me habituar, os trabalhos de grupo são uma constante. Mas arranjei estratégias. Tinha sempre um momento de trabalho individual precedente - levava a lição antecipadamente estudada para não ter que o fazer nos momentos de ruído sem barulho. Depois, fazia sempre uma pós-reflexão ao que o grupo tinha feito. Por outro lado enquanto trabalhei tinha mais 2 pessoas comigo no gabinete, mas além do tempo que passava no gabinete ser muito escasso elas também eram dadas ao silêncio produtivo e haibutei-me rápido ao tac-tac-tac de computadores alheios. Estou a fazer avanços produtivos portanto.

Cúmulo dos cúmulos, ultimamente até já vou trabalhar para o café! E neste aspeto tem sido bom porque sem deadlines impostos por profs ou patrões, que agora na minha condição de desempregada não tenho, nos meus momentos autistas rumo ao emprego ideal também sou dada à falta de produtividade. No que toca a método o trabalho de café está, portanto, a funcionar. Impõe-me um horário que de outra forma talvez arrastasse. Se não fosse o café talvez só começasse a produzir lá para sexta, entretanto ia preparando... Além disso o café impede-me de momentos de maior distração porque, quer dizer, uma pessoa com ar sério, rodeada de pessoas com ar sério a fazer coisas sérias, e que depois passa o tempo no facebook e em cenas aleatórias dá mau aspeto. E mesmo que seja verdade aquilo que o meu paizinho postula - que vou fazer em 3 dias uma coisa que faria em 2 horas - ao menos respiro pessoas e tem sido bastante agradável. Ficar na cave a longo prazo era bem capaz de ter efeitos nocivos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Qual é o mais fiel companheiro de Verão?


Sim, e esta é também uma forma de dizer que o blog se está a modernizar e imagens do meu dia-a-dia serão mais frequentes.

domingo, 25 de agosto de 2013

O verdadeiro motivo do espezinhamento aos AVECs

O da maior parte das pessoas acho que é o facto de eles se virem passear em carrões (alugados, diz-se) e parecerem chiques até ao eterno momento de consolação malévola e declarada em que um membro da 3ª geração (leia-se, avô ou avó) fala com eles em português interrompendo o brilharete que estavam a dar em francês. Naquele francês que é a culpa de eu nunca ter tido boa pronúncia a francês: tem que se aspirar o ar pelas narinas (não inspirar) e quase mudar de voz e, consequentemente de personalidade, para se falar bem.

O meu motivo de espezinhamento é o síndrome coitadinhos-dos-portugueses que são tão fracos e tão debéis que se falar outra língua vou parecer de uma espécie superior mais merecedora de atenção, e que, portanto pode pavonear-se. É isto que me irrita, esta quase vergonha de ser  português, como se de um grave defeito se tratasse, que lhes sinto - embora eles possam nem sentir e seja a minha própria interpretação que dá cabo de mim. E se não é vergonha, a melhor justificação é que é o próprio reconhecimento de que português em Portugal, no Verão, é só português e que um inglês é um Inglês, um francês, um Francês com direitos a pavoneio e salamaleques em instâncias balneares a que um português nunca terá direito porque, enfim, está em casa, e desenrasca-se e aparentemente não há que o conquistar (não?!). Neste ponto, os AVECs tanto me irritam como chego a conseguir perdoá-los um bocadinho se funcionarem neste raciocínio. Não perdoo totalmente porque não consigo ser coitadinha portuguesinha e nunca vestiria um AVEC ou uma inglesa (a pronúncia seria mais aceitável) para ser melhor tratada. Dramática e saudosista como sou acho que nos momentos em que viesse a Portugal  ia querer gritar e berrar o meu português condoídamente silenciado e abraçar tudo o que de mais português há. Isto por muito que sentisse o país como a chaga de uma ferida inglória que nunca sara. O bom português ama Portugal, mesmo quando parece uma entidade personificada que só nos trata mal.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Estado da vida selvagem

Às vezes na vida é realmente importante fazermos coisas que pensávamos que não faríamos por medo ou comodismo. Se não houver qualquer motivo há sempre aquele de nos sentirmos mais confiantes e destes momentos, além de outras vantagens que nos trazem, serem uma espécie de abraço de nós para nós. Sao em suma uma valente pancadinha nas costas e um "Sobreviveste sem humor de cão a (afinal) 5 dias de campismo selvagem". Agora estou de férias em condições mais civilizadas, tomo banhos de àgua quente e já não lavo louça em casas de banho publicas, mas a minha presença aqui continuará a ser ocasional. Nestes momentos uma pessoa não pode ficar à espera de entrar, tem de estar totalmente.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ora. . .

. . . então quem me vem ajudar a terminar as malas?