sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Dizer que não

É um desporto que tenho praticado com mais frequência. Seja pessoalmente, seja por telefone. Ainda não estou mestre na arte de dizer que não e ficar tranquila da vida. Porque quando digo que não só por ter de de tratar de coisas minhas que estou a priorizar, tenho ali segundos de achar que estou a ser má, reles e egoísta. Estes segundos acontecem sobretudo quando do lado de lá se ouve aquele "Não?" suave, frouxo e descrente de quem tinha o sim por certo. Aí uma voz mais forte do que eu, exclama antes do pensamento e de qualquer travão de censura do mesmo "Não, hoje não tenho hipótese.". Esta frase sai tão determinada e lançada do lado de cá que inibe qualquer tentativa do lado de lá que sinto que ainda poderia virar o meu "não" para um "sim" ou para um "deixa lá, eu dou um jeitinho!". E o problema é que eu estava sempre pronta para dar jeitinhos. Mas chega de jeitos. E, convenhamos, não estou a ser egoísta. Houve coisas que adiei na minha vida, para fazer aos/pelos outros, que me atrasaram a vida toda, por isso chegou a hora de não poder fazer tantos jeitos para andar eu para a frente.

3 comentários:

  1. Dizer que não também me custa, mas é algo que é necessário também, senão as pessoas aproveitam-se de nós. Não é fácil, mas se não pomos nós os travões, qualquer dia não temos vida, andamos só a tratar da vida dos outros.

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  2. Dizer que "não" é mesmo, por vezes, uma arte. Conheço pessoas que passam a vida a lixar-se por nunca o dizerem... e depois passam o resto do tempo a queixar-se.
    Eu não domino a arte por isso faço o melhor que posso que é dizer automaticamente que não, mas passados uns minutos fazer um screening da situação e acabar por dizer sim. Não é uma arte aprimorada, mas é melhor que nada.

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  3. Eu também tenho tentado dizer mais vezes não, para o meu bem!

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