Porque é que os homens querem sexo e as mulheres precisam de amor? - divagações acessórias

Dos 4 livros que trouxe para ler nas férias, só devorei um. Não é meu hábito. Costumo ler a bom ritmo, sobretudo na praia, mas com o calor que se faz sentir aqui no Alvor e Algarve fora, creio, torna-se impossível aguentar 10 minutos em terra. Ora, esses 10 minutos servem para secar depois do banho e findos esses 10 minutos é impossível não estar em brasa. As noites, essas têm sido passadas em amena cavaqueira, pelo que a leitura é adiada. Ainda assim, quando arranjo um tempinho o livro que neste momento me entretém é aquele cujo título serve também de título a este post (mesmo que não tenha quase nada a ver com o post em si) e que foi escrito pelo casal Pease: Allan e Barbara. Um livro light e técnico q.b..

A minha leitura, como praticamente tudo o que faço acordada, serviu de mote para as minhas divagações e neste caso o tema foi filhos. À medida que os anos passam a vossa perspectiva acerca deste assunto não muda? Quando era uma criança sonhadora e ingénua, como hoje continuo a ser mas numa medida menos acentuada, queria ter três a quatro filhos. Filhos estes que imaginava tendo como principal modelo os meus nenucos. Estes apresentavam-se sempre muito lavadinhos, sem constipações, sem dores de dentes, sempre caladinhos, sempre bem vestidinhos, comiam quando eu queria, muito seguidinho e sem bolsar, dormiam quando eu queria, choravam quando eu queria, faziam cócó quando eu queria e, mais importante, existiam quando eu queria! Quando me apetecia outra brincadeira, os meus filhos passavam ao estado da inexistência. No fundo, eu sabia muito bem que tratar de um bebé a sério não era assim tão simples, porque, como todos nós, de vez em quando convivia com bebés a sério, mas também não havia de ser tão complicado. Então sonhava ter filhos cedo, não muito depois dos 20, ou então seria uma mãe velha! Ora, segundo os autores do livro que eu ando a ler, a idade média do primeiro filho nos países do ocidente localiza-se actualmente nos 30 anos.

Hoje, já eu passei dos 20 há dois anos e continuo a gostar de crianças e, cada vez mais, a delirar e babar com bebés. Porém, para já, limito-me a gostar de crianças. Ter crianças não faz parte dos meus planos tão cedo, de modo que consigo imaginar-me a fazer parte da média actual. Além disso, também o número de crias que penso ter diminuiu de três a quatro, para de um a dois. Mais do que em termos práticos, que já todos sabemos, penso sobretudo na preparação emocional. Hoje sei que antes de estar preparada e disponível para ter uma criança eu tenho que saber tratar de mim, tenho que me conhecer bem a mim e tratar de mim já dá tanto trabalho! Nem vos digo nem vos conto! Ter filhos, claro que é multiplicar-nos no amor e numa carrada de outras coisas bonitas, mas ter filhos também é amadurecer, ser capaz de abdicar, em muitos casos, dos nossos próprios desejos e necessidades para nos darmos, como nunca, ao outro. Mas isto sou eu a falar, sem experiência e sem a influência das teorias que o curso me tem dado. Quem percebe verdadeiramente do assunto, alerta-nos cada vez mais para os problemas ao nível da fertilidade: nos últimos anos passamos demasiado tempo a prevenir a fertilidade e pouco tempo a promovê-la de modo que, actualmente, 1 em cada 6 casais não consegue ter filhos como a mãe natureza manda, tendo que recorrer a outros meios. Exercitai pois a vossa fertilidade e, homens, não usem boxers justos!

P.S. --» Eu esqueço-me que hoje um blog se quer estilo facebook, com posts frequentes, mas curtos, e estendo-me interminavelmente, mas eu tento controlar-me, eu juro!