terça-feira, 31 de julho de 2012

Contada por vocês #6 [2º aniversário do blog]



No meio de muitas que vi e que pensei que podiam apropriar-se, escolhi esta porque mostra os dois lados da moeda, os contrastes de um mesmo cenário, talvez os opostos.
No desenho, vejo-te nos dois lado da árvore pois penso que serás uma pessoa que, não sendo de extremos, consegues ocupar os dois lados, o preto e o branco, o nada e o tudo.
Quero, com isto dizer, que te imagino uma pessoa equilibrada mas, ao mesmo tempo, capaz de ver as coisas nos dois sentidos... Espero estar a fazer-me entender :)
Além disso, esta imagem transmite-me paz e liberdade, alguma harmonia e também força... E, sempre que vou ao teu blogue e leio os belíssimos textos que escreves, é assim que me sinto:
apaziguada, calma. Identifico-me imenso com o que escreves, é brutal! E depois tens uma subtileza na escrita, um dom para fazer as palavras correrem de tal forma... É fabuloso!
É muito bom ler-te, acredita. Tu inspiras e, no fundo, foi também isso que esta imagem me ofereceu - inspiração.
Parabéns pelo blogue, espero que continues com o teu maravilhoso toque para a escrita!

pela Pam

Eu gostava de estar a dormir...

E a minha cabeça apreciaria imenso estar ali pousada no belo e firme colchão. O problema reside apenas no espaço de 4.7GB dos DVDs que posso gravar para cada grupo. Já estou em sub-sub-sub-selecções!

Estado: 3 de 5 compilações feitas

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Acho que vou tomar um café...

E detesto tomar café à noite. Mas não vejo fim para a minha.

Mais, tenho um disco externo a ameaçar falecer a qualquer momento, cheio de ficheiros corrompidos, e milhares de fotos para organizar até amanhã. Até amanhã não à tarde mas de manhã pela fresquinha.


Stay tunned que se entretanto o stress não me consumir vou dando notícias dos progressos.


P.S. - A gerência também agradece mais respostas à poll de ontem.

domingo, 29 de julho de 2012

Poll: qual é a melhor praia do Algarve?

Ora digam lá todos que eu estou em prospecção.

Meti-me em trabalhos (SAFEM-ME!)

Uma das principais lições que tenho tentado instruir a mim própria ao longo deste ano é não prometer coisas sem ter a certeza que as posso cumprir. Pois que ontem os meus seguidores atingiram a bela marca dos 500 e a pessoa que perfez este número reclamou prémio pelo acontecimento, à moda do que se faz nestas circunstâncias. Eu, fiadinha que ao ser mencionado este número se ia dar a fuga habitual, assegurei ao Pedro P. que poderia ponderar (vá lá, afinal não prometi!) este prémio no dia seguinte se o número de seguidores não se alterasse. Isto certa que um de dois eventos ia suceder:

A) um ou dois seguidores iriam dar de frosques;
B) o Pedro fez um mero comentário casual, nem daria pela minha resposta ao seu comentário e os meus dias prosseguiam na máxima tranquilidade.

Eis o inesperado: o Pedro, que até tem ar de gente séria embora a foto de copo na mão levante algumas suspeitas quanto a este facto, lembrou-se, voltou a reclamar o prémio e, assim como quem não quer a coisa, até sugeriu uma oferta portentosa que tivesse de ser enviada via CTT. Vai-se a ver e quer que salte eu de um caixote... Portanto, mais vale fugir a esta opção também e ponderar alternativas.

Acontece que estou em bloqueio criativo e a qualquer coisa de txanam para ofertar a este seguidor não surge. Portanto, meus queridos, se quiserem fugir é agora. Isso ou sugerir o devido recuerdo para o Pedro. Isto para me safarem.

Ou então, caríssimo Pedro, ter tantas linhas exclusivamente em tua honra é, em si, o melhor prémio que algum seguidor poderia conquistar.

Contada por vocês #5 [2º aniversário do blog]


Para mim esta imagem descreve-te porque me pareces uma pessoa cheia de vida, com vontade de seguir em frente e lutar por aquilo que queres e mereces. Acreditas em ti e nos outros com uma convicção incrível, mesmo naqueles momentos mais down, acho que és portadora de uma energia e uma bondade incríveis! Permanece assim! pela Sara*

sábado, 28 de julho de 2012

Querido belógue... (XXXIII)

Bem sabes que sou menina de agenda, e que com ela até me organizo muito bem, mas dispensei-a para descanso lá para Junho ou então suspeito que não aguentaria o meio ano laboral que lhe falta. Está decrépita por ser atirada impiedosamente para onde calhava a fim de me seguir para todo o lado. Contudo, hoje dei por mim a fazer daquelas pesquisas que fazemos quando temos muita coisa para fazer, mas não nos apetece fazer nada. A diferença é que hoje fiz esta pesquisa com um sentido útil e com o peso na consciência conhecedor do que estava verdadeiramente a fazer. Pesquisei por coisinhas para gestão do tempo. Acontece que a maior parte das coisas que encontrava eram tão bonitinhas que achei que ia perder mais tempo entretida em não perturbar a beleza já existente naquelas tabelas do que a efectivamente bem gerir o meu tempo. Até que txanananm... encontrei uma toda supimpa e que já se encontra descansadinha no meu colo, mas sem exageros das outras em que para uma mesma semana se usavam  5 diferentes entre enumeração das tarefas a concretizar e sua apreciação. Esta é só para eu registar metodicamente o que ando a fazer com o meu tempo... Aguardem, aguardem...

Querido belógue... (XXXII)

Há momentos em que acho que habito com gente menos racional. Hoje quando acordei julgava que eram 10 da manhã. Era quase meio dia e o meu pai invadiu bruscamente o meu quarto e, com voz de trombone de quem já está acordado há 6 horas, exclamou "Ainda estás a dormir?! Olha, que eu às 12h10 quero sair.". O senhor já não sabe que para mim não é agradável acordar com alguém aos berros, quanto mais ter que sprintar para acordar... Mal sabe ele que estava a ter um daqueles sonhos imensamente estranhos que pode fazer questionar a nossa normalidade! Tudo ingredientes para um início de dia agitado.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Para vocês, pequenitos

Os olhos pesam-me. O meu corpo insiste a afundar-se no sofá. Estou cansada.

Hoje só vim cá dizer que amanhã, os pequenos mais recentes que têm feito tanto do meu dia têm uma quase-despedida, têm um momento para dizer "olha só para mim" aos papás como tanto gostam. Não é uma grande peça, nem sequer uma obra prima. É provável até que seja uma coisa cheia de falhas e em que se põem muitas vezes os pés pelas mãos, mas é o final de 5 semanas, e mais uns diazitos que aí vêm, de mais uma experiência que faz deste um dos anos mais singulares de sempre. Os sítios e as coisas não me fazem falta, fazem-me falta as pessoas. Não sei se algum dos "graúdos" que conheci me vai fazer falta até porque há a promessa (para cumprir ou não) de nos continuarmos a ver por aí, mas sei que, apesar de em momentos ter sentido que não dei tudo o que podia ter dado, vou sentir falta dos mais pequenos. Vou sentir falta dos abraços matinais, vou sentir falta das 20 perguntas ao mesmo tempo, vou sentir falta de ter 5 de cada vez agarrados à minha cintura, vou sentir falta de ter 2 a puxar o meu braço para a direita e 3 a puxar para a esquerda, vou sentir falta de vos passar a mão pelo cabelo, vou sentir falta do "Posso ser eu? Posso ser eu? Posso ser eu?", do "Escolhe-me a mim! Escolhe-me a mim! Escolhe-me a mim!" ou do "Podemos fazer outra vez?", vou sentir falta de ter que engendrar joguinhos para os sossegar e entreter a todos nos dias em que nada ouvem e nada os pára, vou sentir falta até de pensar que agora os putos têm todos nomes giros. Vou sentir falta, sim...

Não sei se amanhã vou chorar, porque acho que até as lágrimas estão secas de cansadas, mas vai ser um dia de deixar um bocadinho do coração certamente...

Contada por vocês #4 [2º aniversário do blog]




"escolhi esta porque achei que se enquadra contigo. porque sei que tens a tua fé, que acreditas, tal como eu. e sei que por isso consegues ir buscar forças quando pensas que já não tens, consegues ver a beleza das coisas simples... és blessed :)", pela Hermione
Pela i., que sabe que eu agora sou um às na condução 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Música do momento #4


Melhor de cada vez que a ouço.
Porque acredito que não, não leio demasiados livros, nem vejo demasiados filmes, como alguns alvitram. Aquilo em que acredito é verdade. E que fique escrito se alguém mais tarde precisar de fazer prova: vou fazer o melhor livro e o melhor filme. Para os outros até pode não ser. Na realidade não precisa sequer de estar cheio de tiradas lamechas ou frases marcantes! Mas será meu. Será dele. Muito nosso.
icanread.tumblr.com

terça-feira, 24 de julho de 2012

Contada por vocês #3 [2º aniversário do blog]

Pela PandaDeixo-te uma imagem que a identifiquei contigo e com o blog por ser feminina, bem disposta e ter cores pastel que predominam aqui. 
Pela sophia e do próprio tumblr uma frase que diz ter muito a ver comigo.
Novamente pela sophia.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os dias sem ti

Já não te ouço a rir à gargalhada quando me vês a navegar por entre lágrimas no fim de um filme, aquela gargalhada completamente estúpida, desmedida, descontrolada, quase cantada num tom de voz que não era o teu, mas que enchia a sala. Aquela gargalhada que me fazia esconder a cara e pronunciar um "Pára", enquanto insistias "Olha para mim". Mas, mesmo sem ouvir a gargalhada, continuo a chorar em todos os bons filmes; continuo a detestar a mentira e a ficar fora de mim quando percebo que alguém importante me mentiu; continuo a não dizer palavrões e a preferir disfarçá-los, inclusivé em exemplos; continuo a trabalhar fora de horas, mas tiro muito mais horas para mim, tantas vezes porque me forço a isso, é verdade; não faço muito bem ideia para onde vou e não tenho planos nenhuns a longo prazo e isto já é diferente, porque antes, tu sabes, sabia muito bem para onde queria ir e onde queria ficar... Continuo a acreditar em Deus e a gostar de ir à missa ao domingo e, durante muitos domingos, ainda te procurei lá ao meu lado. Sim, ainda procurei o sorriso terno que costumávamos trocar, ou o teu simples olhar no horizonte (provavelmente estarias numa das reflexões filosóficas do momento - como encaixam os dentes uns nos outros?; ou a conjecturar o que irias fazer no nosso próximo aniversário, oferecer no Natal...) e o meu ar tranquilo por te ter ali ao lado. Durmo muito menos horas. Já não são as religiosas 8 do costume. Geralmente 7, às vezes umas 6 e meia... Não porque não consiga, felizmente tenho caído no sono muito bem... Continuo a acordar com dores de cabeça quando durmo horas a mais. Bebo muito mais café, um a dois por dia. O telemóvel continua a tocar várias vezes por dia, mas já não espero uma chamada ou uma SMS tua. Já não vejo o teu carro estacionado, todos os dias que cá estou, na minha rua. Vejo diariamente o do T., que ultimamente tem feito com que ao fim-de-semana sejamos o número habitual à mesa: 7. Comecei a ver filmes sozinha. Ainda não experimentei ir ao cinema sozinha, mas há-de ser dia. Continuo a ficar completamente electrizada e transfigurada quando danço, mas agora faço-o sempre sozinha. E percebi que consigo.

domingo, 22 de julho de 2012

A viragem ou as coisas que se vão

Assumi que tudo ficaria na mesma. É apenas uma pessoa que sai. Com a pessoa, no entanto, saem gestos quotidianos, saem elementos de rotina, que não são só isso, elementos casuais e básicos, mas parte do que sou. Por isso, penso, é normal que às vezes ainda me sinta um bocadinho às aranhas porque começa um novo eu, que a pouco e pouco se vai desprendendo do que era teu.
Sem ti recordo umas quantas coisas que faziam de mim alguém diferente contigo. Na pressa dos dias, até podia enviar a mesma mensagem todos os dias, "Bom dia [inserir nome artístico]. Já estou a ir para X". sem estar a ornamentar com o quão maravilhoso e único eras na minha vida. Contudo, sabe, e acho que sabias bem, que de cada vez que te enviava esta mensagem dizia quão aconchegada me sentia por te ter na minha vida, por te poder contar, todos os dias, que estava a ir, ou em alternativa, que já cheguei. Era bom perguntar-te "Quando vens?", na certeza de que estavas ansioso por vir. Era bom abrir-te a porta todos os dias e era difícil fechá-la, quando não ficávamos juntos, e ias embora. Não me lembro de um dia em que, mesmo apesar do sorriso e abraço final descontraído, não tenha pedido interiormente que ficasses. Por isso é que gostava de te ver desaparecer no elevador (deixar de ver quando tivesse mesmo de ser), praticamente só de cabeça pendurada para fora da porta quase fechada; por isso é que, às vezes, sem nunca teres sabido, ia para a janela da cozinha seguir a tua trajectória através de candeeiros que parcamente te iluminavam. Um dia, mal sabia eu, apagariam mesmo. E para orientar o meu caminho? Só eu mesma.

Contada por vocês #2 [2º aniversário blog]

Querida Mary, quando li o teu desafio, a primeira imagem que me apareceu na ideia foi esta que anexei ao email.
Tu, mais do que muita gente neste blog-mundo (e mundo não-blog), és menina de arregaçar as mangas e lançar mãos à obra para a conquista dos teus sonhos e para lutares pelos teus objectivos e ideais!

E é isso que esta imagem me transmite! Alguém que não tem medo de "subir ao escadote, de martelo em punho" e agir! Nunca me pareceste menina de ficar à espera que as coisas aconteçam

De ti, sei que és uma mulher de garra, de ir "à luta", de "fazer acontecer". E ainda assim, uma sonhadora, uma romântica, uma apaixonada.


Sublinhei duas coisas aqui na mensagem da ...Ju..., porque me fez muito bem lê-las. Preciso muito de fortalecer estas características que talvez já tenham sido mais minhas do que são agora.

Música do momento #3

É pop, é comercial. Mas, ainda assim, faz-me pensar. É o que um dia esperei que fizessem por mim. É o que hoje estou disposta a fazer.

sábado, 21 de julho de 2012

Contada por vocês #1 [2º aniversário blog]


Esta foi a imagem que me saltou logo à cabeça quando li o que pedias.  Acho que não há nada que se denote mais no teu blog do que essa tua capacidade para sonhar, mesmo perante as adversidades, e nos fazer sonhar também. Sempre despretensiosa, com um "sorriso no que escreves" (eu sei que soa estranho, ok?) e uma leveza enorme nas palavras, mesmo nas mais duras. Acho que é mesmo isso que define um sonhador, essa capacidade de ser sempre alguém leve, divertido, meio "aluado".
E que tenhamos sempre assim, tal como o e-mail do blog diz, uma Mary Jane in the sun! :)

Pela M..

Ia comprar um bikini


Música do momento #2


Pequeno segredo sobre mim: I can really shake 'em down
Segredo maior para ti: Se me fizeres dançar, tens aí não o trabalho feito, mas certamente um bom atalho para o meu coração. Vá, disponibilidade para aprender também conta. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Música do momento #1


Tenho um problema com favoritos ou preferidos, já sabem, mas tenho músicas de "momentos". Músicas que ouço mais em determinada altura e que me estão frequentemente no ouvido. Esta tem estado em repeat

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O problema de estar sempre "cá dentro"...

... é que às vezes não nos conseguimos pôr "cá fora" e ver o que os outros vêem. Cá vai uma confissão feia: não estou habituada a que as pessoas se chateiem comigo. Não o chatear de um aborrecimentozito, de uma "coisa" mal feita. Isso vai acontecendo... Falo do chatear pela própria forma como nos relacionamos com as pessoas, como somos. E fico barata tonta sem saber como reagir. Sempre fui a certinha, a direitinha, se calhar tantas vezes a que aponta erros, mas não (?) os comete. Ponto positivo: a cada dia estou a fazer-me mais mulher, acredito.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Querem, querem? (II)


- Tudo começou quando a minha irmã liga a avisar que são o J. e o A. que me vão buscar;
- Enquanto escrevo estou a ouvir "This thing called love" e a pensar quem me dera estar lá em baixo, mas tenho taaanta coisa para fazer;
- Quando eu fui raptado... Hey, tu não foste raptado, tu entregaste-te!;
- Agora já se ouve "I'm in love with her and I feel fine" (não me lembro qual é o nome da música e estou muito preguiçosa para procurar);
- O que é que preferia, ter um filho gay ou homossexual?
- Em papel higiénico um poema autobiográfico "Nada me dói. Eu nada sinto. Eu não te amo. Sim eu minto". Isso é o teu poema autobiográfico? Dá cá a caneta "Com uma jola e contigo, está tudo tranquilo, puto!"
- Agora é "Yesterday"...
- Depois de se discutirem uma série de filmes. Desde Clube dos Poetas Mortos a A vida é Bela, filme que fui proíbida de ver "Vê com um cachorro quente ao lado!"; "Não!!! Não vejas.", eis que alguém comenta em relação ao Diário da Nossa Paixão: "Depois de ver esse filme estava na rua e apaixonei-me por um poste de electricidade";
- Vou lá fora buscar a guitarra e já sei que vou ser enrabado 10 vezes pelo Duke


Vão-se todos embora, vá, vá...


- Ver-te assim abandonnaaaada, nesse timbre pardaceeeento...  Nesse teu jeito fechaaaado, de quem mói um sentimeeento.

Querem que vos conte o final de tarde perfeitamente atípico que tive?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Um dia desfiz-me em lágrimas quando escrevi este texto de muitas páginas...


... hoje olho para ele como um texto engraçadito em algumas partes. Melodramático noutras.

(...)
Enfim, meu amor. Perdeste-me porque não me sentaste num qualquer banco em Paris, agarraste o meu rosto e disseste “Quero conhecer o mundo contigo”. Ou perdi-me eu, quando, por algum momento, sonhei que o pudesses fazer. Perdeste-me porque elogiaste a minha capacidade de planeamento e a tua capacidade de orientação e a nossa capacidade de funcionar juntos como máquinas. Perdeste-me porque eu não sou uma máquina. Tenho coração. Um coração frágil, mas pouco agarrado a convenções, que tu deixaste cair. Perdeste-me quando te pedi que ficasses comigo e tu continuaste a planar - não saíste, nem ficaste. À minha orientação depois voaste. E voaste bem, porque estamos aqui para ser felizes, não para fazer favores… E não podemos obrigar ninguém a ser o que queremos, a assentar numa moldura onde já não há qualquer possibilidade de encaixe. E eu sei, embora o lamente profundamente, que o vidro estalou e já não estou na tua moldura. Perdeste-me porque não me lembro da última vez que olhaste para mim apaixonado e eu lembro-me de tantas em que olhei para ti apaixonada. Perdeste-me porque deixei de me perder no teu corpo. Perdeste-me porque não foste capaz de ser o meu super-homem, que não precisava de capa, só precisava de me fazer sentir uma super-mulher, sem capa. Perdeste-me porque se não escrevi aquela dedicatória mais apaixonada foi porque não senti que fosse capaz de o fazer. Perdeste-me porque eu me perdi e esqueci-me do que te fez apaixonar-te por mim. Perdeste-me porque deixei de fazer diferença e deixaste de querer fazer a diferença. Perdeste-me quando depois daquela noite, deitada no teu colo, melosa e deliciada a pensar «afinal, isto pode dar certo», se desfizeram planos que nem sequer se fizeram. Eram planos, então? Perdeste-me porque eu não sou um prémio para exibir na montra. Perdeste-me quando perante os meus sentimentos tudo o que me disseste foi um verbalizado “LOL, M.”. LOL. Também eu pensei que íamos ficar juntos para sempre. Perdeste-me e perdi-te…
Como um dia escreveste «olhava-te e tu retribuías o olhar. Sentia-te e tu sentias-me a mim.». Agora não sinto nada. E o que mais dói é isto: o nada. Do tudo, ficou o nada porque te esqueceste que, lá no fundo, eu continuo a ser aquela miúda com 16 anos e preciso de coisas tão simples como que me parem – como quem diz, tu fazes parar o meu tempo – que me agarrem as mãos, que me sentem em mesas de ping-pong, que me segurem o rosto, que me olhem nos olhos e confessem “Eu estava a falar a sério. Eu gosto mesmo de ti.”.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Querido belógue... (XXXI)

... há uma senhora loira, de lábios coloridos, rosto pontiagudo e corte à tigela (bob para os mais fashion) que, diariamente, deve recear que lhe roube o almoço. Mais acima ou mais abaixo, na mesma rua, lá está ela sentada no banco do passageiro, de faca e garfo imersos no seu tupperware. Eu que, perdida na lua, às vezes não dou por nada, nem por ninguém poderia passar por esta cena, que a bem dizer não tem nada de estranho, perfeitamente indiferente não fosse a senhora ficar prostrada em estátua à minha passagem (congela mesmo, qual cena teatral dramática!) e revirar depois o olhar em sentido ascendente na minha direcção como que a espiar quase discretamente o perigo.


Assim quase isto, mas em Bob

domingo, 15 de julho de 2012

Alguém é servido?


Queridos todos, comunicado importante:

2 anos, 492 seguidores, 667 mensagens (a contar com esta), mais de 101000 visitas e aqui estou eu. Na certeza de que este é um sítio que dá acesso às profundezas do meu ser. Às vezes desconfio que quem me segue regularmente me conhece melhor do que as pessoas com quem estou diariamente.


O ano passado, para esta mesma data, pedi que elegessem uma só palavra para me definir. O resultado está à vista ali no belo layout do blog. Este ano vou dar mais trabalho aos que eventualmente ao trabalho se derem. Queria que elegessem uma imagem que para vocês me caracterize e, por consequência, o espírito deste blog. Podem, conforme a inspiração ou não, deixar algum comentário à imagem eleita. Apelo à escolha de uma imagem representativa do todo que vocês conhecem e não apenas do momento actual (ou escolhia já tudo uma imagem de alguém com termómetros na boca e corações à volta)! Podem deixar directamente o link para alguma imagem na caixa de comentários ou eventualmente poderão dar-se ao trabalho de enviar uma para o emílio (vulgo, e-mail).

Obrigada e aguardo as centenas de participações!

sábado, 14 de julho de 2012

Querido belógue... (XXX)

... estou a protestar com o meu corpo e a rosnar-lhe um "Vamos lá a parar com a brincadeira". Não é que estou aqui, cada vez mais deitada e menos sentada no sofá, com os olhos a ameaçar fechar? Tudo bem que foi a primeira tardada de piscina. Tudo bem que desenvolvi inúmeros exercícios aeróbicos e anaeróbicos com vista a manter tudo riginho e no sítio e estive umas quantas horas non stop dentro de àgua, mas é cedo demais para aterrar! Entretanto os meus olhos percorrem a prateleira. Que tal escolher um livro e ir lê-lo para a cama para a coisa parecer menos dramática? Não gosto de repetir, mas talvez alguns não tenha ainda lido com a maturidade certa, no momento certo...

A minha relação com o meu cabelo

O meu cabelo é um cabelo que não dá trabalho nenhum - vamos excluir os 15 minutos do meu dia que despendi hoje a desembaraçar nós. E não dá trabalho nenhum fundamentalmente porque nem me dou ao trabalho: seca sempre naturalmente seja Verão ou Inverno. Não que seja curto, até porque neste momento estou preparada para ser a próxima Pocahontas; muito menos por ser liso e disciplinado. É tudo menos liso. E o que desejei eu ali nos píncaros da adolescência ter um cabelo, como diria um primo meu, escorrido, caídinho, bem comportadinho! A ondulação desregrada do meu cabelo perturbava-me, portanto amarfanhava-o, quase todos os dias, num rabo de cavalo que constrangia a sua rebeldia.

Actualmente tenho uma relação de amor-amor com o meu cabelo. Acho que é mesmo assim - se olharmos as coisas com outros olhos, elas correm o risco de se tornarem mais bonitas. Confesso que há dias em que ele ainda me irrita, mas na maior parte deles - esteja um ondulado rebelde ou um cacheado bem desenhado - não o escolhia de outra forma... Mesmo  que assuma vida e forma própria, todos os dias. Hoje foi daqueles dias em que olhei para o meu cabelo e desejei congelá-lo tal como estava: um cacheado ligeiro, pouco volumoso e mais caído, quase perfeito e cada vez mais dourado pelo sol. Receita? Um bom banho de piscina. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Loiro, moreno, careca, cabeludo...

Porque é que estás a demorar este tempo todo? Tenho procurado por ti, todos os dias.

Loiro, moreno, careca, cabeludo, especial, capitão, policial, ladrão... Um dia vou encontrar-te, tal como os miúdos encontram o par num jogo de palmas: em segundos. Um dia vamos brincar à cabra cega... Vais surgir, tapar-me os olhos, beijar-me qualquer pedaço de pele que esteja a rápido alcance e dizer "Estou aqui". Tens todos os ingredientes, sem ter nenhum deles. És uma doce contradição, um sabor agri-doce, um quero-não quero, um já não há volta a dar. Vais arriscar fazer tudo o que eu não gosto e fazer-me gostar disso. Vais ser aquela qualquer-coisa, aquele código intransmissível que, sem eu perceber muito bem porquê, me faz preferir o action man a um ken, um grunge-rock a um pop-comercial, por muito que à partida os últimos fossem mais a minha cara, mais directamente de acordo com o que supostamente quero. Mas não. O que me interessa é a diferença que vai fazer com que resgates e arrebates o meu coração como jamais alguém o fez.

Eu? Eu vou olhar para ti e dizer-te que sou do tamanho do teu abraço... Depois vou passar horas, enquanto dormes - sempre enquanto dormes - a delinear com o olhar a tua boca, o teu nariz, os teus olhos, o teu corpo... Não suspeitas da admiração que sinto por ti. Posso mesmo chamar-te meu? 

Não te espero com flores no regaço, mas vou ver-te com elas todos os dias. Does that make me crazy? Probably


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Querido belógue... (XXIX)

... tu sabes o quão dramática era a situação. Por muito que pés na areia estivesse bem, pés com areia em contacto com algumas superfícies, como uns vulgares chinelos de praia, nem pensar. Era limpar até ao último milímetro e assistir a tumultuantes mudanças de humor caso algum aspecto falhasse. Mas há momentos fantásticos em que nos apercebemos que grande parte dos nossos tiques são meras picuínhisses que podem desaparecer perante tarefas "básicas" que implicam uma deslocação de prioridades. Por exemplo, quando temos que garantir que um grupo de crianças está presente, está bem, tem tudo, que trazemos tudo e este conjunto de actividades não se compadece com sentar à sombra da bananeira a limpar os pezinhos, as nossas prioridades mudam. Esta semana fui duas vezes à praia (será que fui?) e vim, portanto, com os pés cheios de areia. A cada passo que dava repetia para mim "sobrevivi" - sou exagerada, eu sei. E senti-me heroicamente bem a fazer uns pés com areia valer efectivamente o que valiam. 
Não sei se fora do campo de férias vou continuar a olhar para feridas como agora comecei a olhar, ou se pés com areia em contacto com determinadas superfícies vão deixar de me fazer confusão, mas pelo menos entendo um bocadinho melhor aquilo que costumam dizer "Quando tiveres filhos, essas manias passam-te todas". Não são meus filhos, mas para cada pai uma criança é especial e tem muito valor. Foi nesta condição que todas elas me foram confiadas, quero acreditar. E é também de acordo com esta condição que merecem ser tratadas independentemente de todas as manias.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Se calhar penso de mais

"Pensamos sempre demais - pelo menos tu. Era o que eu te dizia: «Pára de pensar. Acabas por não entender nada.»

Uma paixão inocente - incapaz de acabar. Um céu de onde o azul não desertasse, colado pela força da justiça. Amavas a amizade, com uma devoção de segurança. A amizade resolvia a efémera arbitrariedade do amor. Cachopa tonta. Como se o prazer que eu sentia ao olhar os teus cabelos revoltos, dançando-te pelas costas, se pudesse explicar.

Tu não querias mudar o mundo; querias um mundo perfeito em que os afectos fossem sólidos como casas. Mas também as casas morrem. Que farias, quando descobrisses que o mundo nunca muda, ou pelo menos não muda como tu queres?"
Fazes-me Falta, Inês Pedrosa

Se calhar penso de mais. Mas pelo menos antes só sabia pensar demais! Agora penso de mais. E a Inês Pedrosa comete o mesmo erro que eu cometia. Sinto-me reconfortada.

sábado, 7 de julho de 2012

Quinta-feira fiz 24 anos

Com 24 anos não me imaginava casada, mas imaginava-me de mão dada no fim de todos os dias. Imaginava-me de pés descalços estendidos no sofá e sobre alguém que não se importaria de os suportar. Imaginava-me de face caída num ombro forte que sentisse que jamais me ia deixar cair. Imaginava-me a saber de cor uma pele, um cheiro, uma voz, um abraço, um beijo. Imaginava-me a fixar olhares, minutos, momentos, histórias. Imaginava-me a doer de rir. Imaginava-me a deitar-me e bastar-me esticar um braço para sentir um corpo, o teu corpo, ao lado. Imaginava-me a prender uma respiração ofegante que dá mais sentido à minha. Imaginava-me a piscar o olho à sorte de te ter ao meu lado. E mesmo que só saiba piscar um dos olhos, sabe que esse é o teu.  É o esquerdo. O do coração. Imaginava-me a prometer um "para sempre" que há algum tempo atrás risquei do dicionário. Não por não acreditar que pode existir um "para sempre", não por não querer efectivamente que seja, mas sim por ser, para mim, um desejo demasiado forte e sincero para se andar por aí a trair. 

Tenho pressa. Tenho pressa de fazer, dizer e viver coisas pirosas. Pressa de como diz o Bryan Adams ver as minhas criancinhas por nascer nos teus olhos. Mas tenho tempo. Porque és só tu.

Espera. Digo a mim própria. 

E espero porque tu vais valer a pena, porque tu vais ser o "para sempre" ou o "até que a morte nos separe" ou qualquer coisa menos dramática que só se diz uma vez na vida. A verdade é que para lá destas poesias, espero principalmente porque é mais fácil esperar do que enterrar sonhos. É mais fácil esperar do que dizer a mim própria: pára de sonhar, não vai dar. Diz que as coisas que valem a pena não são um pudim instantâneo. E hoje não vou porque um dia irei contigo.

Com 24 anos, pela primeira vez, não anunciei o dia do meu aniversário aos quatro ventos, não andei a espalhar sorrisos e tive um dos dias mais adolescentes de sempre: senti-me profundamente infeliz e sem motivos para tal. Fui birrenta e mimada. Porque estou à tua espera.


E quem fez de tudo para fazer deste dia um dia especial não merece que fique guardado de má forma. Fica, pois, a memória de, à meia-noite, ouvir guitarras à minha porta e um coro de 14 marmanjos (des)afinados entoar "Friends will be friends".

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cenas do quotidiano (I'm alive!)

Ora, só para comunicar que estou viva. Quase que a máquina parava no outro dia, mas não parou. Uma dor aguda terminou assim que me apercebi do tempo de espera que me aguardava para ser atendida no hospital! Nos entretantos, podemos dizer que expandi horizontes, e se antes passava a minha vida com adolescentes de shorts micro e cai-cai e que, portanto, faziam, declaradamente, da escola a sua praia, agora passo os meus dias com crianças e alguns adolescentes, vá, todos vestidos em condição decente e de sapatilhas nos pés. Será assim até ao final do mês de Julho.

De resto, eu continuo com a mania de que não tenho tempo para nada, acho que estou cada vez mais naba na condução, tenho uma música maravilhosa na algibeira para uma das minhas artes, e a minha irmã e o namorado continuam a chatear-se tantas vezes quantas aquelas em que fazem as pazes. Nisto insitem em trocar, à despedida, 20 beijos ruídosos. E 20 de eu não exagero! E ruídosos de é mais ruído em série do que beijo, de certeza! Eu já experimentei. Só consigo fazer tal roído de lábios em biquinho de pato. Contenção, meninos. Até pode ser uma private fofa, mas a casa inteira não quer assitir, está bem?

É tudo, antes que diga mais coisas parvas.