sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Fim de 2011 rehab III - balanço geral

2011 foi um ano que me moeu e que me doeu um bocadinho. Na verdade, ainda dói quando penso no que foi, no que é e no que poderia ter sido. Mas, e sem pensar muito, que faz mal, o que desejo é que, em 2012, se desfaçam as confusões, as ilusões e sobretudo as desilusões que marcaram o lado negro do meu 2011. 


Mas acima disso, desejo fundamentalmente que venham momentos óptimos como os tantos que afinal guardo na memória deste ano:
  • os vários momentos no grupo de dança; 
  • as semanas com boleia para o estágio e companhia de dia e de noite;
  • Paris em Fevereiro;
  • as festas dançantes ao longo do ano todo; 
  • o dia 28 de Março de 2011; 
  • a última queima das fitas;
  • o discurso;
  • o baile de finalistas; 
  • as 3 semanas no Algarve metade-ócio/ metade-trabalho;
  • a cidade insuflável;
  • o casamento da A.;
  • os vários momentos no grupo de teatro;
  • as pessoas, como sempre; 
  • as conversas; 
  • as músicas;
  •  a conclusão com excelência, sublinhe-se, do curso;
  •  os planos e sonhos para o futuro...


Nos últimos dias tenho cismado que 2011 foi dos meus piores anos de sempre. Depois desta lista só me pergunto: foi mau?! Não. Foi desafiante. Muito. Chamar-lhe mau parece-me estúpido e abusado da minha parte, porque já passei por anos com acontecimentos bem mais dificeis e mais marcantes: mortes, doenças, etc, etc, etc... Concluo é que às vezes os anos mais desafiantes não precisam de ser aqueles em que coisas piores acontecem, como tendemos a pensar, mas aqueles que exigem mais de nós em termos de crescimento e este, sem dúvida, exigiu.

E a música de fundo para inspirar good vibrations: I can see clearly now - Marisa Monte

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hoje foi dia de dentista...

... e o dentista deve ser o único sítio onde vejo as pessoas de bata branca - excluindo a farmácia - e resisto de forma incrivelmente brava, mesmo que seja eu o alvo directo da acção. Tão brava que mesmo hoje - depois de já lá não ir há muito tempo - ao mínimo sinal de dor só pensava - estás parva ou quê? este é o único sítio em que tu exibes dignamente toda a tua coragem! Afinal, já aqui falei do meu dentista, e pela empatia que ele estabelece com as pessoas, merece que eu me sente lá, sem problemas nem complicações, pelo que se alguma vez o paro (o que é raríssimo) é porque está a doer mesmo. De resto, aguento tudo sem pestanejar. E se alguma coisa me está a fazer confusão desdramatizo. Está alguém a mexer na minha boca com instrumentos que fazem ruídos estranhos. E depois? É aquele senhor. Ele mandou-me lavar bem a boca e vou ter que bochechar e cuspir ali de forma pouco elegante? E depois? É aquele senhor... Bocheco vigorosamente! Porque... é ele! É aquele senhor que me encoraja com os seus "muuuuuuito bem" e "valentona". E tão bem eu me sinto com alguém que reconhece o meu valor enquanto brava, destemida, segura, forte, "valentona" (mesmo admitindo que ele possa dizer isto quando só está a fazer cócegas num dente), que hoje, sentada naquela cadeira , quando ele diz no fim daquela pequena intervenção cirúrgica inesperada "Hoje só trabalhei superficialmente, mas tu aguentaste tão bem que acho que da próxima vez vamos fazer tudo sem anestesia. Aliás, estou seguro que não vais precisar dela." só me perguntei, Caraças, será que devia ter gritado alguma vez? Passados 10 minutos desdramatizei. É aquele senhor...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A minha mãe vai ficar orgulhosa...

... porque de cada vez que ponho lixo reciclável no lixo normal - o que corresponde a 75% das vezes (shame on me, I know) - a minha mãe formula um pequeno sermão, em tom de lamúria profunda, cantando que não separa o lixo por ela, nem por mim, mas pelos meus filhos. Pois eu hoje, na continuação da radical arrumação ao meu estabelecimento de lazer e trabalho - que é como quem diz a minha sala cá de casa - estive a arrancar todas as folhas sobrantes de cadernos antigos. E fiz uma bela resma, uma bela resma que me servirá para rascunhos! E não, mamã. Não fiz isto pelas tuas economias, que acabam por estar relacionadas (neste momento, aliás, completamente) com as minhas, mas pelos meus filhos. No fundo, como tu insistes, fiz pelo planeta que as minhas crias habitarão. Claro que o facto de já não ter 13 anos, mas mais 10 em cima, e de não precisar de um caderno (na moda, de preferência) por disciplina, para anos mais tarde ver sobrar um absurdo de folhas, ajudou bastante para este maravilhoso passo hoje encetado.


Esta poderia ser a bandeira da campanha da minha mãe pela recilagem

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Maravilhoso ou macabro?

As pessoas têm tanto um lado maravilhoso, como um lado lunar. Todas. Sem excepção. A nós cabe-nos, mais vezes do que julgámos, a escolha de qual dos lados queremos conhecer/ ver. Ou seja, conscientes das duas partes, podemos decidir em qual delas nos devemos/ queremos focar. Isto vai tanto de nós para os outros - quero conhecer o melhor que ele/ela tem, fazer despertar nela todo o potencial que tantas vezes fica guardado por falta da apreciação desejada ou quero é descobrir se ele corta bem as unhas dos pés e se vai pela 50ª vez deixar o jornal em cima do sofá - como de nós para nós. Neste último caso, é importante sublinhar que mais do que uma relação, um trabalho, uma doença, uma nota num teste ou exame nós somos a relação que temos com cada uma destas coisas. Se decidirmos ver o pior e encarnar o pior, nada nos irá impedir...



Ao longo da minha vida tenho insistido no lado maravilhoso. Mas é mais frequente - sua parva, temos de calibrar isto! - que o use de mim para os outros do que de mim para mim. Se usá-lo de mim para os outros me traz vantagens? Nem sempre. Mas, pelo menos, por trás das minhas lentes cor-de-rosa, o mundo é sempre bonito... E ainda que exista já quem me dê no toutiço e me faça levantar os óculos às vezes, porque, bem vistas as coisas, com o transe desta luminosidade, às vezes passar-me a perna é mais fácil do que parece, insisto no potencial. A verdade é que se decidisse vestir as lentes negras, todos os dias, não era a pessoa que sou. E provavelmente eram muito menos as pessoas dispostas a aturar-me. Provavelmente menos as pessoas que entram na minha vida... Por isso na vida, minha gente, o ideal no fundo é isto: vê-la pelas lentes que nos são mais favoráveis e ter ao nosso lado quem de vez em quando nos faça trocar as vistas...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Dictum et factum

Dictum et factum - oferecer postais às pessoas mais importantes da minha vida. Eis um deles:

Querida mamã,
(...) Lembro-me da forma como guardavas, com o maior carinho, cartas e desenhos que eu ou a M. te fazíamos e, embora não o diga todos os dias, reconheço-o e valorizo-o. Lembro-me de, já na escola primária, escrever sobre a "caixa das rosas" onde todas as nossas recordações estão guardadas. Hoje acredito que poderá ter sido essa mesma "caixa das rosas", com tudo o que simboliza, a trazer-me muitas das coisas que sou hoje. Porque afinal sou ambiciosa (fui sobretudo a nível escolar, tu sabes...), mas nada materialista (gostar de marcas caras é uma coisa que se insere noutra categoria!). O fundamental é que acho que na vida fiz sempre escolhas de coração e talvez tenha aprendido isso contigo já que, desde pequenina, pela forma como valorizaste sempre mais as minhas cartas, do que os presentes que comprava, ensinaste-me isso: a valorizar os afectos, o que vem do coração. Por isso, quando tu dizes que eu sou exigente, eu diria que sou apenas simples e que o que se está a tornar realmente exigente - e talvez essa seja a raíz de muitos problemas - é as pessoas perceberem que o mais simples é o mais importante. E por isso, nesta época natalícia, vou esquecer que às vezes exageras e dizes disparates para realçar a grande pessoa que és e que valorizo.

Vou falar-te do orgulho que sinto quando digo que és a pessoa que mais lê que eu conheço, quando digo que dominas um maior número de línguas estrangeiras do que eu ou que sabes quase tantas letras de música decor como eu (ainda para mais na generalidade tens um gosto musical requintado e não "atonyzado" como tanta gente da tua geração; por isso, juro que até te perdoo aquele Natal em que me ofereceste um "best of" do Bryan Adams, quando eu ainda nem sabia quem era o homem, só porque tu própria o querias para ti). Vou falar também do orgulho que sinto quando digo que apesar de ferveres em pouca água nas verdadeiras e traiçoeiras lutas que já enfrentaste tens uma força, uma coragem e uma habilidade para combater incomportáveis.

Fundamentalmente quero que te lembres de cada vez que estiveres a sentir-te mais triste ou zangada que podes estar tudo isto, mas alguém que me ensinou o que é o amor, a força e a coragem não pode ser nada disto.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pelo Natal, dou-vos o meu gesto favorito, é claro

Hoje, já sem tempo para muito, quero dar-vos a todos abraços!
Um abraço quentinho àqueles que gostam de mim e àqueles que nem tanto (porque um dia vão gostar =p)... 
Um abraço apertado a quem gosta de toque e um abraço imaginário aos que não são muito dados a apertões. 
Um abraço encorajador aos que estão stressados com os últimos preparativos e um abraço reconfortante àqueles que apesar de algum stress, normal, sabem que a sensação reconfortante final de ter a família reunida vale a pena.
Um abraço a quem me pisca o olho apenas hoje e um abraço reconhecido a quem me visita diariamente e ainda se dá ao trabalho de comentar regularmente.




E finalmente, duas recomendações para a banda sonora da época:
-Santa Baby - Earth Kitt, porque I've been an awful good girl this year e é um clássico charmoso e divertido
-All I want for christmas is you - versão David Fonseca, porque representa o melhor que o Natal deve ser/ter

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Missão Natal 2011: vivi um filme realizado pela Camaleoa

A Missão Natal 2011 surpreendeu-me como eu nunca pensei vir a ser surpreendida. Só não chorei porque estava preocupada com os "ataques" mais selvagens do Duke e ainda atónita com tudo. Mas foi, provavelmente, a maior e a melhor surpresa de Natal que já tive. E era para não participar nesta aventura... Para ficar de fora e sem qualquer problema, porque entusiasmou-me verdadeiramente organizar e pensar nas surpresas que iriam ser proporcionadas. Acabei por participar devido a alguns "problemas técnicos" que impediram o amigamento originalmente pensado, mas estive longe, muito longe, de imaginar aquela que iria acontecer comigo. Hoje, tocaram à campainha e perguntaram "É a M.?" e, não queria acreditar, quando do lado de lá ouço que é a minha mãe Natal. Isto está mesmo a acontecer? Alguém arriscou percorrer terras perdidas no mapa para chegar até mim? Não consigo dizer outra coisa: foi de livro, foi de filme. E por outro lado não consigo deixar de pensar outra coisa: só podia ser a camaleoa. Tão peculiar no que escreve, tão distinta nos comentários que faz sempre. Obrigada. Um obrigada genuíno embora nunca seja suficiente para expressar o que isto significou para mim. Enfim, dizer só que é através de gestos como este que o Natal se torna mágico. E cada vez me convenço mais que a vida pode ser um filme, basta querermos. Há gestos lindíssimos e pessoas fantásticas!

E a surpresa que me calhou? Com o entusiasmo típico da camaleoa só me apraz dizer: txinapááá, llllliiiiiinnnnda, verdadeiramente a minha cara!






Agora, que ainda mal caí em mim, espero que a amiga secreta da camaleoa esteja à altura e espero também que a camaleoa e o senhor camaleão ;) perdoem o Duke por toda e qualquer mazela provocada!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fim de 2011 rehab II

Quando nós, portugueses, fazemos boa música resultam coisas como esta.


She always finds a way to find me
I can't run away, there's no way out


E do meu 2011, pegando só nesta estrofe e não na música toda, também é das lições que levo comigo. Quando queremos encontramos o outro facilmente - não há desculpas, há muitos meios - mas pode ser igualmente fácil desencontrarmo-nos, intencionalmente ou até (e para mim foi sobretudo difícil isto) sem querer, sem sequer dar por isso. 
E é não só fácil desencontrarmo-nos com os outros, mas também desencontrarmo-nos connosco mesmos. Por isso, este Natal, decidi que vou dar uma coisa a tantas pessoas que me rodeiam e que vejo diariamente: postais. Postais não apenas com meia dúzia de palavras derivadas da intenção de desejar boas festas, mas com aquilo que aquelas pessoas são de melhor ali escarrapachado, porque às vezes as pessoas têm muito e valem muito, mas não o mostram . Porquê? Talvez não se sintam valorizadas e consequentemente deixam de revelar o que de melhor há na sua essência porque deixam de o sentir e de o saber como souberam nos seus melhores dias. Talvez sejam apenas contingências, circunstâncias que nos fazem ir adiando "coisinhas" que afinal são as grandes coisas que podemos fazer. Been there, done that... Por isso, bloggers que me lêem a falar, falar, eu vou fazer! Prometo. E pessoas da minha vida, nomeadamente mamã e papá, porque me tenho irritado muito convosco nos últimos tempos e vocês comigo, por tudo e por nada, preparem-se, porque eu chegarei até vocês. E chegarei porque há pessoas que por muito que nos enervem, não saem, ficam sempre, e pelos mais diversos motivos, estão cravejadas no nosso coração.

Fim de 2011 rehab I

Seguem-se uma série de posts de reflexão sobre o meu 2011, quiçá sobre a minha vida. Este é só o primeiro, puramente introdutório. Os seguintes virão porque preciso de pensar. Daí o nome do post: fim de 2011 rehab. 2011 ficará definitivamente marcado como dos anos mais duros e desafiantes da minha vida em termos de exigência ao nível de crescimento pessoal. Não obstante, começo por dizer que vivi 2011 com uma convicção que levo para o resto da vida:


Para além do que está na imagem acrescentaria, quero viver e fazer viver. Quando era mais nova dizia que o meu sonho era ficar na história. Ver o meu nome escrito onde mais tarde tantas outras pessoas o relessem, o vissem, o respeitassem, o recordassem. Queria, no fundo, viver para além da vida. À medida que fui amadurecendo perguntei-me: para quê? Há tantos nomes muito lindos, que respeito profundamente, por aí espalhados em nomes de ruas, em títulos de livros e filmes, escarrapachados nos programas escolares e no fundo (naquele fundo dos sentimentos) o que é que eles me dizem? Quase nada. Então, mudei de filosofia. Passei a querer viver na vida e não depois dela. E a querer fazer viver e não apenas sobreviver quem me rodeia, porque descobri que  preciso não de ficar na história daqueles que não me conhecem, mas apenas de ficar na história daqueles que me rodeiam, daqueles a quem quero bem. E não haverá nada melhor do que viver e sobreviver através da sua consideração, da sua história de mim e memória carregada de sentimentos. Não preciso do meu nome numa rua, nem de uma estátua em minha honra.Valerá mais ouvir expressões pejadas de sentimento a meu propósito dos meus pais, dos meus avós, dos meus tios, dos meus primos, dos meus amigos, do meu namorado, do meu marido, dos meus filhos, dos meus sobrinhos, dos meus netos... Valerá mais saber que neles deixei uma verdadeira marca. Uma marca de amor. E se algum dia merecer o meu nome em qualquer história, será por este traço distintivo que sempre me moveu, tão distintivo e por outro lado tão comum, o amor. Seja a uma pessoa, seja a uma arte. Para mim, só assim é que faz sentido. Com amor. E a ser com e pelos outros.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O amor assusta o medo

O amor assusta o medo. As palavras que te digo vêm de longe. Passam por mim como se não fosse ninguém. São flechas a rasgar o ar em volta. As palavras que te escrevo são tuas muito antes de serem minhas. És tu que as escreves em mim. Com o fogo nos teus dedos.
(...)
O amor leva-me contigo para um lugar onde não há ninguém. Onde não cabe mais ninguém.  Um lugar interdito aos curiosos. Um esplendoroso deserto. O amor é louco. Forte como a morte. Impertinente como uma criança mal educada. Uma criança selvagem.

Pedro Paixão  in   A rapariga errada

sábado, 17 de dezembro de 2011

Já está... Feito o grande dia, voltei

E às vezes os dias que julgámos mais importantes na nossa vida são só isso, dias. Um dia que veio a seguir ao outro. Se valem é sobretudo pelas pessoas, que estão sempre connosco, que nunca nos deixam e que essas sim, mais do que qualquer evento sem vida, fazem com que a emoção nos acompanhe.


Foi só um dia. Mas talvez no futuro o vá recordar e dizer que foi um dos dias - às vezes sou assim, só valorizo ao retardador. E para já só tenho a sensação estranha de que nada aconteceu e que não tarda nada vou estar outra vez a atravessar as portas daquela faculdade.

E sim. Correu tudo bem. Maravilhosamente bem, diria :)



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quero vida de cão

Este é o meu pensamento. Mas é só no momento, porque assentando bem os pés na terra, acho que não trocava. Agora neste preciso momento, em que o nervoso miudinho já é companheiro do dia não consigo pensar de outra forma.
E todo este pensamento assumiu forma num cenário idílico que não fazia prever tal desfecho. Ora, enquanto fazia e desfazia diapositivos de power point, deleitei-me a observar o meu cão que repousava, focinho pousado sobre a cauda... A princípio, mesmo o ressonar dele acalmou-me, "Ah, que coisa tão bela e plácida, um ser vivo a dormir". Deixei-me levar e relaxei... 

Ai, que bom, as coisas principais da vida não são uma apresentação de power point para a DT, são a fome, a guerra, as doenças, essas coisas... 

Ai estou a ficar tão crescida!

2 minutos depois já não posso ouvir mais este ressonar, porque o que eu queria mesmo era ter vida de cão. Estar a fazer uma neverending apresentação em que além da base final ainda não estar pronta há sempre retoques para fazer acoli e acolá? Ninguém merece...


domingo, 11 de dezembro de 2011

Ricardo Garcia e o pai: o momento de A Voz de Portugal

No programa A Voz de Portugal, mais do que de uma voz - não obstante a qualidade de tantas que já por lá ouvi - fiquei MUITO fã de uma família. E mesmo que o mais provavél seja nunca mais ver o Ricardo Garcia e o pai por aí estou a torcer por eles. Porque o pai do menino e o menino são uma delícia.






O pai a dançar de forma vibrante durante a actuação do filho e com a palavra "orgulho" escrita no olhar.
As lágrimas e os aplausos do pai no final.
A chegada do filho já sabendo da derrota na batalha.
O abraço entre os dois.
As palavras sentidas, correctas, ainda que com muita emoção:
- Sempre em cima! Não há crise, hum?
- Não, pai.
- É sempre em cima.
- Apenas mais um dia. Apenas mais um dia, pai.

E o carinho marcado e evidente em todos os gestos que chegam a dizer mais do que as palavras disseram. Da minha parte, 3 palavras, em Inglês, porque tudo foi digno de uma grande cena no cinema: This is love.


E pronto, assim me declaro uma melosa da pior espécie.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O que é que se faz ao medo? A receita.

Ao longo do meu crescimento houve muita coisa que o meu pai exigiu que fizesse antes que eu pedisse. Assim o meu pai parece um ditador - que é só um bocadinho! Da última vez que lhe disse que ele não o era e que, por isso, não tinha de fazer as coisas só porque ele achava que era assim que fazia sentido, quase que soltou chamas pelas narinas! 
Na verdade, pelos 6 anos, a idade em que o meu pai achou que eu devia aprender a nadar, a andar de patins em linha e a andar de bicicleta, exigia e incentivava com uma tal convicção e entusiasmo que não dava muito espaço ao medo. Eu sabia: ia ser bom, ia ser divertido, ia ser incrível porque depois o meu pai também ia fazer tudo comigo. Além disso, ia fazê-lo feliz e isso, só por si, era muito importante para mim. 

Se não havia muito espaço para o medo, a verdade é que, não raras vezes, ele estava lá. Nas vezes em que o meu pai largava o meu fato de banho e deixava que eu desse umas braçadas na piscina. Nas vezes em que o meu pai largava o pano com que me arrastava para ir experimentando o deslizar dos patins para deslizar sozinha. Nas vezes em que largava a parte de trás da bicicleta com que me empurrava e me deixava a pedalar sozinha. 

Uma certeza: ele ia estar lá para me segurar (ou para me levantar se eu caísse!). Assim que me sentia a ir ao fundo, a mão dele estava lá, assim como um comentário "Ehehehe, boa!", que é como quem diz "Engoliste não sei quantos litros de água, mas estás a ficar crescida e eu estou orgulhoso". Assim que me sentia a vacilar nos patins ouvia um "Alto!" e sentia um braço que surgia sei lá de onde a agarrar-me. Sempre que caía da bicicleta ouvia "Pronto, não foi nada, são só umas esfoladelas. Já vamos fazer o curativo!". E é assim que se cresce: enfrentando o medo. Medo vamos ter muitas vezes na vida. Portanto, papás de hoje, não é a evitá-lo ou a escondê-lo que se protege uma criança, mas ensinando a conviver com ele, ou então um dia mais tarde, quando se aperceberem que cresceram num micromundo familiar cujos desafios (sempre por outros resolvidos) não correspondem aos desafios que elas terão de enfrentar no mundo real, a queda será bem mais dramática. O que é que se faz ao medo? Usa-se um capacete e umas joelheiras.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Potencial para o melhor e para o pior

A próxima sexta-feira, dia 16, tem potencial para ser um dos dias mais stressantes e terroríficos da minha vida. Para ser um daqueles dias em que já não sei bem o que estou a fazer, em que parece que já não ando de um sítio para o outro, mas que levito, que voo, ou, quiçá, que me teletransporto porque com a agitação fico incapaz de me lembrar de todos os meus passos. A melhor parte? Tem muito potencial para ser um dos melhores dias da minha vida também, porque vou ter de dar muito de mim, seja a nível físico, ou a nível psicológico. E se a coisa correr bem sei que me vou sentir muito bem comigo própria.


Consultem comigo a programação:
  • Estreia de uma peça de teatro. Não estarei em palco, mas sou responsável por quem lá está.
  • Primeira exibição de dança com o meu grupo actual.
  • E... e... o evento D. ou, mais precisamente, o evento T. ou DT. Os seguidores mais atentos certamente saberão o que é este evento a que me refiro e cujo nome me esquivo de pronunciar não vá trazer maus ventos!
E pronto, se na próxima semana me virem por aí esquisitinha, a fugir das palavras ou a arremessá-las (que é um termo bem mais giro e popular do que atirar!) como se só palavras pudessem matar, já sabem... E eu sei, avisar não serve de desculpa, mas apoia a compreensão, espero eu!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O meu coração ficará no Porto

Disse isto o "general sem medo", Humberto Delgado.

Durante muito tempo pensei que esta cidade me era indiferente, porque sempre soube bem de onde era e sempre fui fiel às minhas paixões, às coisas que se enraízam em mim e se tornam a minha casa. E eu não ia trocar a minha cidade, por nenhuma outra cidade, mesmo que desde os 11 anos já não residisse efectivamente na minha cidade mas numa aldeia próxima. 

Já hoje eu sei que o Porto não me é indiferente porque em 5 anos de vivência começou a fazer parte de mim e posso lá deixar um bocadinho do meu coração. E, mesmo sem a minha autorização, a verdade é que ele fica. Fica na Rua do Mirante. Na Rua Académico Futebol Clube. Na Rua Dr. Manuel Pereira da Silva. Na Rua das Musas. Na Rua de Sacadura Cabral. Na Rua dos Bragas. No 77, no Piolho, nas Galerias de Paris. No Café Progresso, no Lado B, no Diú, na sangria tropical do Pimenta e Chocolate. Nas noites dançantes junto ao rio e na Casa da Música e nas Caves Taylor. Nas paragens de metro do Bolhão, da Lapa, da Trindade, do IPO, do Hospital de São João e de D. João II. Na ponte D. Luís de todas as vezes em que mesmo atravessando-a quase todos os dias não resistia em contemplar aquela paisagem. Na Fonte dos Leões. Nos Aliados. Principalmente no chão dos Aliados quando me sentei lá no dia do último cortejo a ver tudo de uma perspectiva diferente. Não era suposto? Passou a ser. No Queimódromo. Na praia de Matosinhos. No Parque da Cidade. Em todos os sítios onde, numa das noites mais especiais da minha vida, larguei pegadas. Em todas as corridas entre a Rua de Santa Catarina e a Batalha. Na Cedofeita agitada de início de dia, com muitos palavrões à mistura, ou no sossego e candura de um final de tarde, em que os palavrões se substituem pela escuta das gaivotas e de vozes mais meigas por entre telefonemas "Amor, já estás em casa? Eu só estou a sair agora!".




Um dia largámos num certo sítio emblemático para a minha instituição de ensino uma t-shirt que dizia "Estivemos e estaremos aqui". Hoje eu digo, estive e estarei em todos estes sítios.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Carta à irmã Natal

Querida manita,

Como este ano fui uma irmã dedicada (não te cozinhei tantas vezes como tu cozinhaste para mim, mas, tu sabes, o meu horário era bem mais complicado) e atenta a todos os teus passos (não te esqueças que fui a primeira a abraçar-te assim que te consagraste senhora doutora!) e, fundamentalmente, porque estou sempre pronta a abrir a goela a teu favor se alguma coisa não te corre de feição, chegadas a esta época do ano, não será demais pedir um pequeno recuerdo, mas, em plena época de crise, não se pedincha, procura-se obter coisas úteis. E eu preciso de uma mala nova, tu sabes. Uma mala de Inverno. E tu tens bom gosto, eu sei, portanto, vais considerar uma destas pequenitas:
Zatchels
Zatchels
DKNY

ASOS
Misako
ASOS
Cambridge Satchel Company
Miss Sixty
Eu sei que algumas saltam fora do teu orçamento, e que isto não é anti-crise, é pró-tua-crise mas eu tenho solução! Primeiro: não sou assim tão exigente, só precisas de dar uma! Segundo: compramos a meias. A meias também não dá? Pronto, tu dás 25% ou 30%. Que é assim como quem compra uma carteira nos saldos, o que também é bom, porque saímos sempre a achar que ganhamos qualquer coisa! E verdade seja dita, há aqui cada piquena que é tão a minha cara que não vamos resistir.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A leitora de almas?

Gosto de pessoas. Eu sei. Já disse isto muitas vezes e pode parecer absolutamente banal: todos gostamos de pessoas. Mais de umas do que de outras, é certo. Mas eu diria que gosto de forma diferente. Gosto com muita atenção - não propriamente a atenção de mimo, mas de curiosidade. Observo-as atentamente e cuido delas, mesmo que nem sempre o faça de forma explícita. Quando o faço mesmo de forma explícita na maior parte das vezes não peço retribuição. Uma excepção. Há pessoas em quem detecto alguma coisa de diferente e a essas, sim, peço sempre algo em troca: que se mantenham na minha vida, ainda que saiba que também eu sou responsável por essa manutenção. E peço-lhes que fiquem por duas razões muito simples:


1) Encontramos pessoas todos os dias, mas não encontramos as nossas pessoas todos os dias. Aquelas que encaixam tão bem no nosso mundo... Então, quando as reconhecemos não as podemos deixar escapar, seja de que maneira for. Filosofia de vida!

2) Não sei cuidar sempre, às vezes também preciso que cuidem de mim, pelo que preciso de ter boas tropas prontas a entrar em missão. 


Hoje aprendi que as pessoas sabem que eu cuido delas. Mesmo quando não o digo explicitamente e que podem retribuir, sem qualquer pedido, da melhor maneira possível: Acho que és das pessoas mais sensíveis que conheci até hoje! Há pessoas que conseguem ler a alma dos outros! E tu és uma delas: não me esqueço do abraço que me deste no final daquela reunião... E pronto. Com estas palavras algures num e-mail, o meu dia fica feito.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Coração ou mulher nua de costas?

Há um pequeno fenómeno que eu não compreendo. Este <3. Sou só eu que vejo neste pseudo-coração uma mulher nua de costas? Talvez seja uma questão de perspectiva. Agora que olho demoradamente, até consigo fazer emergir um fenómeno de habituação e ver o coração perfeitinho, mas das primeiras vezes que via este símbolo das duas uma:

- ou me parecia só um traço e um 3 (cá coração? Isto não é coração em lado nenhum!);
- ou me parecia um rabo, ou melhor, uma mulher nua de costas (as costas e o rabo).


Conclusão. Gestalt. É a Gestat: a forma como nós organizamos a informação de forma quase inconsciente dá-nos aquilo que vemos. Também há quem veja na imagem abaixo só a senhora velha e há quem veja só a dondoca nova.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Pode ser um abraço?

Há quem goste de beijos. 
Eu sou pelos abraços. Pelos abraços sentidos e não pelos abraços casuais.
Pelos abraços sem fim. Pelos abraços que nos encorajam. Pelos abraços que nos amparam. Pelos abraços-íman dos quais quase magneticamente não conseguimos fugir. Pelos abraços com força ou simplesmente por braços que nos passam suavemente pelas costas. Mas sobretudo sou pelos abraços que nos fazem acreditar que o mundo começa e acaba nos braços de quem nos envolve. Esses mesmo que nos fazem acreditar que se o mundo acabasse ali não precisávamos de mais nada. Que mesmo sem palavras nos dizem, como se fossemos crianças pequenas, ansiosas pelo colo daqueles que definem a nossa barreira de protecção face ao desconhecido: já passou, está tudo bem, foi só um sonho mau.
E eu quero mesmo acreditar que nos teus braços tudo pode passar, porque os teus braços são do tamanho dos meus, e quando os meus não tiverem força para levantar, sei que estão lá os teus para puxar por eles. Pode ser um abraço? Agora?


sábado, 3 de dezembro de 2011

Memórias de nós #4

You could be happy and I won't know, but you weren't happy the day I watched you go

Um dia prometeste e desejaste apagar todas as minhas lágrimas. Dizias "A coisa que mais detesto é ver-te triste. (...) o mais importante é a tua felicidade e por ela faço tudo, mesmo que seja com outra pessoa"

Is it too late to remind you how we were, but not our last days of silence, screaming, blur

Um dia soubeste muito bem o que querias. E de todas as vezes que pedi para não te iludires, pois quem eu queria não eras tu, murmuravas "Só tenho medo de perder a tua amizade, porque tu és especial demais para não te ter na minha vida." e enfrentaste aquele que dizes ter sido o ano mais penoso da tua vida. Aquele que dizes que não repetias por nada.


You could be happy, I hope you are. You made me happier than I'd been by far

Um dia deste-me a certeza de ser diferente, mesmo que já não fizesse diferença. "Há uma coisa que não muda nestes anos todos... O teu olhar doce, diferente, de menininha... Tens um ar de menina que nunca perdes."


Somehow everything I own smells of you


Um dia deixei-te entrar na minha vida como não deixei ninguém e sem que me apercebesse, mas sempre permitindo, pintaste da tua cor e do teu cheiro tudo o que é meu.


Do the things that you always wanted to
Without me there to hold you back, don't think, just do
More than anything I want to see you, girl

Take a glorious bite out of the whole world



Um dia desejaste para mim sempre o melhor "Tenta ser sempre feliz, pois tu mereces, M." mas isso ficou perdido num caderno amolgado e enrugado pelo tempo.


P.S. --» Sob pano de fundo esteve You Could be Happy dos Snow Patrol, porque me lembra uma caixinha de música cujo som nos embala, mas que se vai perdendo com o tempo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Apesar de todo o meu porte atlético...

... ainda não tenho vocação para bombeira. Por isso todos os amiguinhos que ainda não confirmaram recepção do e-mail de amigação para a Missão Natal de 2011 toca a fazê-lo até domingo sob pena de, se não o fizerem, o vosso amiguinho ir parar às mãos de outro amigo mais dedicado. A vossa sorte é que ainda tenho (alguma) vocação para polícia e vou dedicar-me a verificar se está tudo em ordem!


Para posts mais bonitinhos têm o de hoje à hora de almoço :)

O amor é imperfeito

Um dia prometo que vou deixar de escrever posts sentimentalistas.  Hoje não é o dia. E muito por culpa da M que escreveu sobre o "P.S. I love you", aquele filme que me fez chorar do início ao fim. A M. falava do surreal que era alguém escrever cartas apoiando o luto da cara metade - eu em vez de surreal acho que é totalmente a minha cara.


Posso ser um bicho estranho, mas os amores da minha vida são únicos e nunca deixam de o ser. Esquecer é uma palavra que não existe no meu dicionário. Ultrapassar talvez. Há pessoas a quem atribuí um bilhete de chegada à minha vida, mas nenhum de partida. E há muitas coisas que definem uma pessoa, mas eu não tenho dúvidas que as relações ocupam um lugar especial e central na minha vida definindo grande parte daquilo que eu sou, mesmo que não deixe de ter a Psicologia, a dança, o teatro e mais uma coisa ou outra em que decido envolver-me. As minhas relações não tiveram só momentos positivos, mas tenho facilidade em lembrar sobretudo estes, para o bem ou para o mal, e sei que foi também provavelmente esta minha memória selectiva que me foi permitindo avançar e lutar em tantos momentos: traz-me a certeza de ter tido tantos momentos que foram sublimes... E acho, genuínamente, que tenho talento para as relações. Talento que resulta tão simplesmente da vontade de fazer alguém feliz e de ser feliz. Mas, sobretudo, sei que tenho a ambição de as viver daquela forma arrebatada e, para tantos, inatingível. Vivê-las de outra forma, para mim (e sublinho para mim porque cada um tem a sua concepção), trata-se de uma relação de conveniência, abraçada ao conformismo. Durante um tempo acreditei que isto era uma evolução natural. Agora recuso-me a aceitá-lo. Continuo a acreditar no amor intemporal, porque sei que é uma coisa que existe em mim e não impossível.  E mesmo que saiba que uma relação não se faz só de momentos perfeitos porque o amor é imperfeito (e às vezes são as imperfeições que nos fazem gostar ainda mais) - e há discussões, há impasses, há dias em que se esmorece, tal como há dias em que se desperta completamente -, para mim vale a pena amar.



I just want to see you
When youre all alone
I just want to catch you if I can
I just want to be there
When the morning light explodes
On your face it radiates
I can't escape
I love you till the end


I just want to tell you nothing

You dont want to hear

All I want is for you to say

Why dont you just take me

Where Ive never been before

I know you want to hear me
Catch my breath
I love you till the end

I just want to be there
When were caught in the rain
I just want to see you laugh not cry
I just want to feel you
When the night puts on its cloak
Im lost for words dont tell me
All I can say
I love you till the end

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

10 razões para me orgulhar de mim mesma

Porque às vezes precisamos de combustível para não desabar...


1. Sei que não sou uma pessoa fácil e que nem sempre estou de bom humor, mas sei que sou mesmo boa pessoa, que não dou facadinhas a ninguém e que sou a primeira a aparecer com os meios todos nos momentos de maior necessidade.
2. Sei que espero sempre o melhor de tudo e de todos, mas também sei que estou disposta a perdoar quando as coisas não correm tão bem e a tentar perceber o que se passou.
3. Sei que sou ingénua e que às vezes deixo que as pessoas brinquem comigo mais do que deviam, mas também sei que se não fosse assim não era possível continuar encantada pelo ser humano como sou e a achar que cada pessoa tem um potencial imenso e é a coisa mais fascinante com que me deparo.
4. Sei que nem sempre tomo as decisões certas, mas tenho feito o caminho e, mesmo que às vezes quase arrastada, hei-de chegar ao destino.
5. Sei que nem sempre dou na medida do que peço, mas se peço tanto é porque sei o que quero e porque acho mesmo que o mereço. Tal como nas vezes em que não dou, é porque não posso mesmo.
6. Sei que nem sempre estive presente da melhor maneira para muita gente, mas quando estou presente procuro dar tudo e cuido muito de quem gosto, mesmo que às vezes se esqueçam que também preciso de ser cuidada.
7. Sei que tenho dúvidas existenciais que não lembram a ninguém e que questiono muito e tudo, mas também sei que é o esclarecimento dessas dúvidas existenciais, desses nadas que podem fazer tudo, que fazem com que as coisas tenham outro significado e valor para mim.
8. Sei que nem sempre me sinto forte, e que muitas vezes faço depender o meu valor do valor que sinto (ou não) que as pessoas me dão, mas isso também significa que valorizo quem está ao meu lado.
9. Sei que não tenho dado o meu melhor e que não estou a trabalhar como devia, mas sei que trabalhei muito e bem durante muito tempo e que também tenho de me dar um desconto.
10. Sei que nem sempre tenho os pés assentes na terra, mas tenho a certeza que não via tão longe se não tirasse os pés do chão.

Por isto tudo, mesmo nos momentos mais difíceis e nos dias como hoje, em que me sinto muito frágil, orgulho-me de quem eu sou.