segunda-feira, 29 de abril de 2013

O indivíduo veio aos morangos

Hoje. E eu, pelos passitos desde sexta-feira, já andava a antecipar que viria. A verdade é que o faz com cada vez menos sofisticação. Eu, em contraste, sinto-me a crescer em afastamento, mas a aumentar em sofisticação. Então lá dei o toque de classe ao pedido de morangos e numa verborreia ligeiramente mais longa, não muito mais, disse mais ou menos o seguinte "É pá, eu até gosto de morangos, mas gosto mais com chantilly.".

sábado, 27 de abril de 2013

Chegou o grande momento...

Imaginei-me num quase-desmaio, porque desmaiar de verdade nunca aconteceu e eu achei improvável desmaiar; imaginei-me num repente mais empolgado, de dedo em riste, a pedir o livro de reclamações, porque somos todos muito críticos, mas não no sítio certo; imaginei-me até a proclamar inflamada "Se é consigo eu não vou, vou já embora!" e todo um rol de mini-dramas que couberam numa viagem de carro de casa à clínica de análises. Isto porque, da última vez que fui tirar sangue - só das coisas que mais detesto no mundo e universo incluído - e de ser picada vez à vez nos dois braços, com a tipa a repreender-me como se eu tivesse culpa de ter veias que não apareciam e ainda, a descrever, ao detalhe - a mim que olho para a luz para não ver seringas e sangues e pois claro que está visto que não dava para as drogas - que o sangue até esguichava para fora, mas não ia para a seringa, eu decidi que não havia de ser ela a tirar-me sangue.

E não foi. Não foi porque, lucky me, quando cheguei não estava lá ela. Não estava lá ela, mas estava uma jovem criatura a quem anunciei, pendurada num balcão em que não precisava de me pendurar de todo para ser vista e ouvida, que me sentia muito mal a tirar sangue. M-u-i-t-o m-a-l m-e-s-m-o (para o caso de dúvidas restarem).

A senhora/menina/mulher tratou-me com o carinho de quem trata uma criatura 10 anos mais nova do que eu (ou mais) e das duas uma, ou achou que eu era uma criatura de tal idade pela aparência jovial ou achou que as atitudes se tratam conforme se exibem e eu, com o medo de uma miúda, merecia o tratamento de uma pequena miúda. E assim foi, deitadinha na maca, lá ela me apertou o braço e esperou pacientemente, enquanto me esfregava um algodão no braço, que uma veia decidisse aparecer. Assim que apareceu foi de uma vez só.

Ia embora e a entrar, com ar de quem estava pronta para me devorar viva, apareceu A OUTRA! Pensei cá para mim "Querias, bitc.... Ahhhh, espera que sou uma rapariga educada. Querias, mas fica para a próxima!".

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sem qualquer espécie de ironia, conheço a criatura mais fofa à face da terra

Mesmo que não goste da palavra fofa. É a minha avó. O meu avô anda com uns sintomas esquisitos, sintomas esses que podem ser evidência de uma doença muito grave, tal como podem não significar nada de preocupante. Estou com fé nesta última hipótese até porque o meu avô é uma pessoa muito viva e ativa. Enquanto os exames não estão todos feitos e não há resultado, vai-se tentando apaziguar a minha avó que, como é costume, para não incomodar ninguém, nega qualquer espécie de preocupação para logo a seguir estar a denunciá-la:

- Ó vó, não vale a pena estares a preocupar-te... Pode não ser nada.
- Não, filha, achas? Eu não estou preocupada. Está tudo bem...

[silêncio enquanto se vê um pouco de televisao]

- Ai, ando com um mau estar, com uma dor aqui a moer-me no peito...

No momento doi-me um bocado da dor dela. A pensar em retrospetiva não evito uma breve gargalhada... Tanto nos quer proteger, mas acaba por se confessar!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A tua mãe vai saber sempre mais do que tu, surpreendentemente até acerca da tua própria vida

Mesmo quando chega o dia de ires à tua primeira consulta médica de rotina sozinha, acaso que nem estranhas a partir do momento em que já dás por ti, regularmente, num carro a conduzir seja para onde for (o tal feito que mais adiaste durante a tua vida), e que dares mais este passo sozinha te parece natural e nem tens necessidade de marcar o dia particularmente, porque não te marca, nem te faz sentir perdida, nem crescida, percebes que há coisas que nunca mudam, e que as mães são sempre mães, quando encontras perto da tua cama um bilhete (que por acaso não viste antes de ir à consulta) com um conjunto de sintomas que experimentaste ao longo deste ano e que poderia ter interesse expôr ao médico. 

E sim, eu não referi metade das coisas que a minha mãe tinha na lista.

Não gostava da Inês Castel-Branco

Parecia-me só uma tipa enjoadinha, com tendência a emitir gritos irritantes, com um riso estranhamente agudo e que, de vez em quando, fazia/cantava (não sei) músicas pseudo-pseudo com o Tiago Bettencourt.

Depois vi a Inês Castel-Branco no Vale Tudo, histérica, empenhada, empolgada, a festejar, a bem viver e pensei que tem um jeitaço, um piadão natural que poucos ali têm e que além de ter um jeitaço a dedicação dela, o raio da paixão e carpe diem (é pá, queria uma palavra menos vulgarucha) com que ela abraça tudo, faz dela (aparentemente) o tipo de pessoas que muito aprecio.

E pronto, queria sublinhar e sustentar a minha teoria de que as grandes paixões se dão é à segunda vista.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Até nem sou de não gostar de pessoas...

... mas hoje, quando cheguei a casa, fui comer dois morangos "à minha moda", isto é, como quem come cerejas (i.e., não corto, mas como o morango inteiro até às folhitas). O mais relevante é que os trinquei imaginando que trincava drasticamente uma certa pessoa. Hoje talvez ainda não trinque nada, mas um dia hei-de trincar e estar cá para mais e melhor.

Há momentos na vida em que não podemos afundar-nos na nossa aparente pequenez e falta de importância para quem até queríamos ter alguma importância - mesmo que quiséssemos essa importância só numa perspetiva egoísta -, mas devemos acreditar que um dia vamos ser maiores e ter, precisamente, tudo aquilo em que acreditamos. Hoje, mínima, trinquei os morangos para compensar um desgosto menor. Amanhã hei-de ter uma salada de frutas!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Agitam-se as àguas...

As águas do meu futuro profissional estão a começar a agitar-se... Sim, que a minha vida profissional é a única coisa que agita neste momento. E algo me diz que se eu me mexer um bocadinho mais por mim, em vez de estar sempre a fazer para o sítio onde estou, imersa nas tarefas para o trabalho que me parecem sempre mais importantes do que a promoção pessoal e profissional futura, existirão novas linhas a desenhar-se.

domingo, 21 de abril de 2013

O sportinguismo afinal é uma questão intelectual

A mãe, que constitui a minoria sportinguista cá de casa, no meio de 3 benfiquistas advoga, na tentativa de justificar como o Sporting é um clube maior: 

- Não, o que eu sei é que ser do Sporting não é para qualquer um, está visto. É o clube com mais nível em Portugal...

E logo avanço eu:

- Ah, então já percebi tudo, o Sporting não é um clube de futebol/desportivo, é um clube intelectual.


Sem vida louca

Pois que é domingo e eu não fui ontem para a vida louca. Acordei, portanto, a horas relativamente dignas para aproveitar o dia.

Os planos para esta semana constam, para já, e para ser prática, em dois pontos essenciais:

- Aproveitar de forma mais proveitosa o meu tempo, isto é, nos meus trabalhos ser mais eficaz na forma como os desenvolvo: começar  com um pacote básico e "despachável" capaz de deixar o trabalho pronto a entregar a qualquer momento e só depois, se houver tempo, desenvolver as ideias megalómanas que farão do trabalho uma coisa fantástica.

- Despachar, de vez, o tipo que é um hot and cold, ora se encosta aparentemente super interessado ou não está nem aí. Quero uma pessoa aí-aí para mim.

sábado, 20 de abril de 2013

Breve resumo de dias loucos

Tive uma semana louca, a tradução ficou uma treta e ontem fiquei a achar que uma das coisas que pensei nunca vir a fazer na vida (meter-me na política) pode bem vir a acontecer...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Anúncio especial - as minhas pernas amanhã vão ao léu

Vou de mini-saia, pela primeira vez, para o local de trabalho. É simples, de tecido, mas ainda assim algo me diz que vou andar o dia todo a puxá-la para baixo. Costuma-se dizer que quando não nos sentimos bem com uma vestimenta, é melhor deixá-la pendurada, mas pááá, trata-se de auto-educação. Vejamos, a saia é mesmo boa para circular com este tempo, é linda de morrer (podem comprovar abaixo na imagem), não nasceu para sair do armário só na praia e a emancipação feminina já há muito se deu aparentemente. Tenho que me deixar de pancas...

Primeiro beijo

Dos gelados, claro. Enquanto devoro um Magnum do primeiro beijo, pela primeira vez, ocorre-me refletir que não sei como é que o primeiro beijo pode ser o melhor da vida de alguém. Especialmente o primeiro-primeiro beijo é de um improviso descoordenado que está longe do nosso auge do bom - especialmente se ocorrer com dois estreantes. Podem falar da emoção. Eu sinceramente já não me lembro bem da emoção do meu. E na maior parte dos primeiros beijos fiquei com a sensação de "É pá, vamos ter que afinar isto" porque o primeiro beijo de um casal é sempre um beijo de aprendiz, uma adaptação a diferentes estilos interpessoais nesta matéria. Por outro lado, estou a ultimar uma outra teoria, quando o primeiro beijo corre logo bem, depois tudo o resto será altamente compatível. Quando o primeiro beijo corre mal, há uma forte probabilidade de que tudo o resto fique aquém das expetativas. O intermédio é o mais misterioso, tanto a coisa pode afinar, como pode morrer ali.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Há lá melhor coisa que um beijo...

... atirado por um camionista, com fartos caracóis negros e tez morena, em plena auto-estrada? A possibilidade de nos voltarmos a ver é quase nula e este é, pois, um momento que ficará cristalizado para memória como se tivesse mais tempo do que aqueles escassos segundos que durou. Se a minha parte de falsa sonsa se preparava para gritar impropérios de que os homens não podem ver um rabo de saias, são feios, porcos, maus e vulgares, a outra de pessoa verdadeira e que sabe que há coisas naturais e maravilhosas na vida, como a coleção de tiradas poéticas vindas diretamente do andaime ou de locais de onde a poesia parece sair de uma forma tão fluída, responde com um sorriso-riso genuíno, pela piada que a situação despertou, e porque, é pá, um mimo, mesmo que seja a (des)propósito dos nossos atributos físicos sabe sempre bem. E senti-me com ainda melhor aspeto do que já me sentia a passear uma túnicazinha primaveril.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O melhor trapinho: o meu óculo de sol

O meu óculo de sol - e é o meu óculo de sol porque uma amiga minha é filha de "ópticos" e eles não dizem "os óculos", dizem "o óculo" e há que ser tecnicamente correta - dá-me um ar de diva. Ou é isso, ou ajuda-me a ver a vida através das lentes de uma diva ou das lentes do que uma diva parece ser mas na realidade não é - um ser quase etéreo. A verdade é que, com eles pendurados quase na ponta do nariz, e mesmo que os de hoje sejam Parfois, tão leves, que nem sei se são de sol, se são só uns aros à volta da cara, a vida parece mais doce e mais leve, e mais flores e primavera e calor - mesmo que efetivamente ele ainda não exista. Isto é, lá para Outubro, com esta temperatura, bem são capazes de me ver de camisolão. É tudo tão bom e tão sol e tão amarelo (era a minha cor favorita da infância) que quase que esqueço o facto de o IPMA, isto é, a coisa da metereologia, mar e tal, estar a anunciar-me um fim-de-semana a dar para praia há 15 dias e depois, com a volta dos dias, negar-me sucessivamente esse deleite. Talvez nem sequer fosse à praia, talvez não me pudesse ajuntar às massas que publicaram no facebook piquênálmoços frente ao mar, bejecas vista-mar, e outros, mas, no minimo, ia esticar-me lá fora a ver se mudava ligeiramente esta transparência...

domingo, 14 de abril de 2013

Nobody said it was easy...

Estou embrulhada com a construção de uma introdução em inglês há dois dias. Escrevi 2 páginas. Provavelmente acabará com o triplo. E era suposto eu traduzir o programa inteiro que acompanha esta introdução, e que tem nada mais nada menos que 50 páginas, este fim-de-semana. Achava eu, que sempre tive facilidade para as línguas, que ia ser fácil... Empurrãozinho positivo: a partir de agora vai ser o triplo da velocidade, foi só uma questão de sintonizar pensamento.

sábado, 13 de abril de 2013

Mais da mesma confissão

Um dos maiores orgulhos que tenho na vida é o facto de ser eu a construtora do meu próprio caminho. Às vezes é difícil não ter muletas, nem facilitismo. Às vezes parece custoso chegar ao fim-de-semana e estar de agenda no colo, mas depois tenho momentos de grande realização e de dizer para mim própria you go girl. Há lá maior prazer do que aquele de quando me sinto a estrela maior e a grande autora da minha própria vida. Há lá maior prazer do que sentir que os meus dias são dignos de história e que estou exatamente onde quero estar...

icanread.tumblr.com
E depois vem o M. e destrói a minha perspetiva de que encontrei exatamente aquilo em que me realizo e que tem as minhas necessidades pessoais todas lá dentro:

Tu és extremamente adaptável, dizes isso sempre... [Mary Jane com súbito ar de desânimo] Mas é bom!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O mundo nas costas, a vida a correr e sempre mais

Tenho sempre a mania que tenho o peso do mundo sobre as minhas costas e que a minha vida se faz a correr (pronto, ponham a coisa num plano mental...). Sei que faço muita coisa quando o que fiz há uma semana parece que aconteceu há 2 meses pois o que já fiz durante esta semana já dava para outro mês inteirinho. Hoje senti verdadeiramente que esta corrida efetivamente anunciada com prazo, mas sempre ansiada sem prazo, terá o seu fim quando alguém me pediu para ir assistir a uma das atividades que desenvolvo porque tinha de se "inteirar" do que eu faço. É chato sobretudo porque enquanto dou tudo agora, tenho de pensar - por entre tempo onde parece sempre que não há tempo - no que vou fazer a seguir quando o que tenho para fazer agora me consome completamente e se acumula na agenda. Às vezes penso se deveria desinvestir. Penso se deveria abandonar projetos que têm pele minha e servirão apenas para um outro alguém tomar como seu. Penso se deveria entrar em modo de funcionamento mínimo e de amealhar apenas o que vem. Mas depois penso que por mim, que acho que mesmo que fique em desânimo, será sempre temporário, por eles - os meus anjos na terra que me fazem sentir capaz de uma vida perto deles - não tenho outra forma de ser, que não sempre mais...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Instrução de vida 8 (1508)

1508. Don't live with the brakes on.

Irónico deparar-me hoje com esta instrução. Primeiro de tudo porque não sabia o que queria dizer brakes e tive de ir ao tradutor ver o que era. Em segundo lugar, porque além desta casual incompreensão "prática", acho que não sei mesmo viver com as brakes on encarando a coisa de forma metafórica. Só travo quando a vida ou a exaustão me travam. Hoje, que me sinto a navegar no mar de informação que trouxe, com vontade de explorar um mar ainda mais infindável de informação só me sinto capaz de travar para cumprir as horas de sono. E dou por mim a não ter tempo de fazer tudo o que quero.  Estou desgastada. O que posso dizer é que este desgaste significa que a minha vida vai bem e quem me dera que fosse assim para sempre. Se pudesse, e se com muito jeitinho além de me elogiarem me escancarassem a promessa segura de cheques mensais, fazia isto para o resto da vida.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Duas formas de encarar uma experiência nova

Nestes dias que de tão cheios nem consigo selecionar o que deles contar, aprendi essencialmente que há duas formas de encarar uma experiência nova (e talvez mesmo todos os dias):

1. Tirar o máximo partido, envolver-me e participar em tudo e pensar depois - se isso de pensar sequer se der e se não for substituído por um sentimento de felicidade e integração plenos - se por acaso posso ter feito alguma figurinha.

2. Ficar, a medo,  recolhida a ver e ouvir os que parecem tão melhores do que eu, tão mais experientes do que eu, e pensar - depois, só depois pensar - em tudo o que não foi, em tudo o que não fui e que podia ter sido se, por acaso, num golpe de asa, me esquecesse do medo e se me chegasse plenamente à frente.

Sabem qual foi a que eu escolhi, não sabem?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Não é sexta-feira

Ou pelo menos não a sério. Esta semana eu não vou ter fim-de-semana, vou disparada para formações. Amanhã às 10horas começa a primeira. E que drama que é... Estou em sofrimento profundo, podeis calcular! Vou deitar-me cedinho pesarosa.


P.S. - :)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Caro P., eis algumas palavras improváveis

Provavelmente não sabes. Provavelmente nunca saberás também, mas de todas as figuras masculinas @ work és aquela que mais prende o meu olhar. Não és daquelas atrações que faz uma pessoa desconhecer o universo em que se situa, não és sequer uma paixonite. Até porque a falar muito a sério talvez não soubesse o que fazer contigo. Talvez não houvesse o que fazer contigo - tens ar de quem se afunda no sofá ao domingo. Lá no fundo acho mesmo que tu és profundamente antipático,  seco e eventualmente amorfo, pois do alto desse olho azul e ar internacional raramente te vejo os dentes. E ainda que não sejas desarranjado, és um sporty-beto - não sei dizer se tens um estilo sport, se beto - nas fotografias que te tiro a ti e a todos, destaca-se que tens a típica pose trôpega e desajeitada de quem não se olha ao espelho com frequência. Quer dizer... Eu não olho assim tantas vezes e sai melhor. Às vezes dou por mim a ponderar se a vida te corre mal... Se tens uma namorada chata que te dá cabo do juízo. A pensar que rapidamente te enrolava numa mantinha, qual cachorrinho, e experimentava ver-te um sorriso. Cada pessoa tem a sua maneira de estar e de ser. Tu pareces verdadeiro. Isso para mim é o principal. E és um mistério. Nunca te saberei a história. E sabe que é por isso que te admiro. Aprecio-te sobretudo pelo silêncio e discrição. Aprecio-te por não babares descaradamente por cada rabo de saias - deves ser dos espertos, de babar de fininho e de babar melhor... E a verdade é que os "miúdos" - e o que eles dizem conta muito - te chamam "amigo P.". Talvez exista ali um coração.

Hit me once, I'll hit you twice, ou mais um post ao Santo mais popular dos últimos tempos

São Pedro quase que te perdoo os dias mistos com que nos tens brindado. E quase que te perdoo essencialmente pelos fins de tarde que tenho apanhado à saída do trabalho. Estou absolutamente apaixonada. Tem-me apetecido pegar nos patins em linha, que estão no baú há séculos, e desatar a rolar por aquela rua vazia de trânsito. É panca de quem tem saudades do Verão, mas está (ou parece estar) um sol tão quente que quase me sinto capaz de me desnudar na hora e rumar à praia. Óbvio que era pôr-me em bikini e ver o termómetro a voltar aos valores normais. mas ao fim-da-tarde tenho sentido aquela felicidadezinha boa que nem dores de cabeça moídeira - as mais leves e chatas da história - perturbam este estado. Enquanto isso, e já que a primavera não vem, brinco eu a ela. É ver-me de t-shirtzinha por baixo do casaco a ver se puxo os calores do Universo. Se o Universo não vem até mim, vou eu ao Universo...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Depuralina e Penteados

Vender, na publicidade, Depuralina e ter nome de Magda Penteado (?), independentemente da pessoa não ter culpa do nome que tem e poder ser muito competente, parece-me uma combinação bizarra e com resultados improváveis e provavelmente nocivos em termos de marketing. Eu, que só estava a ouvir o anúncio, quando escutei o apelido "Penteado" olhei imediatamente para o anúncio porque desatei logo a evocar hairstyles e quis observar que tal o penteado da Penteado. E, assim de repente, só  e apenas para poder escrever este post de forma informada dei por mim a perguntar "Mas o que é que ela vende mesmo?". Ser Depuralina ou uma nova gama de iogurtes era igual par o efeito. Ou então eu é que estou a perceber mal a cena: por se chamar Penteado, todos nós vamos querer saber o que ela vende... A mim foi para escrever este post. Outra pessoa pode ter outro motivo qualquer. E há motivos que a razão desconhece!

Instrução de vida 7 (878)

878. Never risk what you can't afford to lose

Um dia não soube o que isto era, trinquei a minha sorte e ela cuspiu-me de volta e foi bem feito. Há coisas que não merecem riscos; há coisas que merecem uma constante postura constructivo-defensiva e de cada vez que a pensamos balançar, nem que seja um mílimetro devemos pensar bem se implica algum risco de perda e se implicar devemos pensar se a podemos perder. Se a perdermos, como eu já perdi, devemos pensar que o ritmo não se recupera em 2 dias. Na verdade só agora me sinto a voltar a escalar a montanha, com bons e breves momentos de I'm on top of the world...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Percebo que de facto me estou a tornar uma velhaca...

... daquelas ranhosas e alheias às novas tecnologias quando é o meu pai que me tem que vir orientar - orientar só, vá, que eu sabia fazer - enquanto faço pela primeira vez uma transferência interbancária pela internet.

Os meus posts mais belos...

... são os menos comentados, como o dos patins, de domingo, zerinho de palavras fofas a comentar a epopeia que ali está. Não vos recrimino. Nem blogs com palavras curtas tenho tido tempo de ler, quanto mais bloggers que mal abrem o editor desatam a escrever não um post mas um capítulo. Raio da catraia que não se contém... Eu estou a treinar para fast-blogger, juro. Esta é uma prova.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Apetece-me dançar o hula-hula, que tal?

Estou com um entusiasmo tal decorrente de uma descarga mental de ideias para aplicar em contexto profissional que sinto que além de estar a levitar nesta cadeira, a qualquer momento poderei levantar-me e começar a fazer uma de duas coreografias, de complexidade extrema e de loucura profunda:

1) o hula-hula;
2) um corridinho à índio de mão na boca.

São ideias porreiras as que me escalam pelas minhas artérias acima, mas surgem encavalitadas no monte de outras coisas que tenho para fazer - às vezes o processo criativo é mesmo assim, invade-nos quando temos montes de outras coisas, supostamente mais importantes, para despachar ou seja o que for. Bem me lembro da história de um cantor, já não sei qual era, a quem às vezes parecia que nada saía quando estava exclusivamente dedicado a escrever, mas em situações inusitadas o seu génio criativo desatava a gritar.

As minhas ideias também são umas inconvenientes e às vezes não têm noção do tecto, ou do chão. Se calhar estão grandes de mais. Se calhar estão altas de mais e vou dar um grande trambolhão. Mas uma vez, numa dessas imagens motivacionais que se apanham por aí on a daily base eu li qualquer coisa como isto se as tuas ideias/sonhos não te assustam, não são grandes o suficiente portanto vou é despachar este e-mail já hoje para a coordenadora ler de manhã de fresquinho e para não o esquecer pelo meio dos 5 e-mails com as coisas que tenho efectivamente que fazer, mas ainda não fiz porque perdi várias horas só a projectar e sonhar. Ufa, nota-se que escrevi de um fôlego só?

She's only happy in the sun

A tia Maya diz que me vou matar a trabalhar, mas que a semana vai ser para lá de boa. Espero que não existam maroscas no horóscopo.

No caso de qualquer eventualidade, fica aqui uma música para lá de boa que não me canso de repetir e que dá, aliás, título a este post.